h3: Verificação vs. Falsificacionismo e Revoluções Científicas

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Diferenças entre Verificação e Falsificacionismo:

Verificação: Aumento do número de casos para confirmar uma hipótese, tornando-a verdadeira e de maior valor científico.

Falsificacionismo: Uma hipótese só é relevante se for improvável que se confirme.

Críticas ao Falsificacionismo:

  1. Assim como as teorias são falsificáveis, os fatos de observação também podem ser usados para soluções falsas. Devemos distinguir entre as declarações públicas e percepções particulares de observação. Válido somente se forem públicas, realizadas por diferentes indivíduos e que fornecem o mesmo resultado.
  2. Se o método falsificacionista é aplicado consistentemente, muitas teorias atuais seriam descartadas.
  3. Uma teoria científica é muito complexa, composta por diferentes elementos. Se uma teoria é falsa, pode ser apenas um componente que falhou, mas qual?

Kuhn e a Teoria das Revoluções Científicas

A história da ciência mostra que o modelo de Popper não reflete a realidade. Os cientistas se apegam às suas teorias. Em cada teoria científica existe um núcleo imutável: o paradigma. Um quadro conceptual de pressupostos metodológicos e teorias interligadas que abre o campo de visão de uma comunidade científica específica, formando seu mundo (cosmovisão).

Fases:

Pré-ciência: Sem paradigma definido, os cientistas coletam dados e desenvolvem teorias que tentam interpretar a realidade. Às vezes, dois ou mais modelos competem até que um se imponha, eliminando os outros. Há uma falta de acordo sobre questões-chave e constantes debates entre os cientistas, gerando muitas teorias.

Ciência Normal: O paradigma aceito pela comunidade científica desenvolve o trabalho regular dos cientistas: realizar e ampliar o paradigma por novas investigações exaustivas; desenvolver a resolução de problemas regida pelas regras do paradigma. Não há críticas ao paradigma dominante.

Crises: Eventos e experimentos geram contradições: anomalias com o paradigma estabelecido. Uma anomalia grave é causa suficiente para substituir o paradigma por outro. A anomalia é grave quando afeta os fundamentos do paradigma, quando dura muito tempo e quando atende a vários critérios. As crises são mais graves quando um paradigma rival é radicalmente diferente do antigo, alterando a forma como o mundo é visto. O abandono de um paradigma (Revolução Científica) e a adoção de um novo pela comunidade científica ocorrem quando o número de anomalias é insustentável e a comunidade científica começa a aceitar a possibilidade de que o paradigma oficial está errado e o paradigma alternativo ganha força. Após um período de luta, o velho paradigma é substituído pelo novo, e então se entra em uma fase de ciência normal.

Exemplos de Paradigmas:

Paradigma criacionista, Teoria do Big Bang, Deus cria o homem e a mulher, paradigma evolutivo.

Problema da Crise:

Cientistas não estão dispostos a derrubar todo o trabalho de suas vidas. Buscam soluções concretas sem abandonar o paradigma, com explicações alternativas para essas anomalias surgindo na periferia da pesquisa, o que implica que um paradigma alternativo está tomando forma.

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