Hidrovias Brasileiras: Potencial e Impactos Ambientais

Potencial Agrícola e Demanda por Transporte Hidroviário

• Alto potencial de produção agrícola:
  1. Maior produção de grãos no Centro-Oeste.
  2. A produção de álcool vem aumentando com os novos carros (PROALCOOL).
  3. Programas alternativos para a questão energética (biodiesel).
• Fatores que elevam o transporte hidroviário, pois grãos, cana-de-açúcar e álcool são cargas potencialmente hidroviáveis.

Cenário Futuro da Produção de Grãos

Os principais países em desenvolvimento produtores de grãos são China, Índia e Brasil.

Vantagens do Modal Hidroviário

Aspectos Econômicos

• Modal que transporta grandes volumes (>500.000 t/ano) a grandes distâncias (>500 km) - ideal para grãos e combustíveis.
• Com baixo investimento, as vias navegáveis ficam disponíveis para navegação durante todo o ano.
• Eficiência energética (por HP): Hidrovia: 5 t / Ferrovia: 0,5 a 1 t / Rodovia: 0,15 a 0,20 t.
• Mobiliza maior carregamento de uma só vez.

Aspectos Econômicos e Ambientais (Sustentabilidade)

Diminui a exaustão dos recursos naturais:

• Menor consumo de combustível.
• Menor peso necessário para transportar 1 tonelada de carga útil.
• Maior durabilidade nos veículos de navegação.
• Menor custo de implantação.

Aspectos Ambientais (Operação)

• Menor poluição do ar.
• Menor nível de ruído.
• Menor contaminação do sítio ocupado.
• Menores índices de acidentes fatais.

Elementos de um Projeto Hidroviário

Vias Navegáveis

• Canalização.
• Obras de regularização do leito dos rios.
• Obras para estabilidade e proteção de margens.
• Dragagens.
• Derrocamentos (remoção de rochas) de pontos específicos.

Embarcações

• Utilização de radares.
• Ecobatímetro.
• Casco duplo para transporte de cargas perigosas.
• Estratégias de tratamento de água de lastro.
• Estratégias de tratamento de incrustações nos cascos.

Cargas Transportadas

• Granéis sólidos: Grãos.
• Granéis líquidos: Óleos vegetais, combustíveis, cargas químicas.

Terminais Portuários

Impactos de Implantação

• Pequeno desmatamento.
• Derrocamentos das margens.
• Dragagens iniciais.

Impactos de Operação

• Abastecimento das embarcações.
• Lavagem dos tanques.
• Descarregamento de água do lastro.
• Vazamento de cargas perigosas.
• Lavagem das barcaças.

Fatores de Navegabilidade

• Limpeza de vegetação.
• Sinalização dos canais para navegação noturna.
• Sinalização com boias de amarração para pontos de fundeio.
• Melhoramento do leito do rio.

Elementos e Influência das Marés

• Enchente: Fluxo da maré subindo.
• Preamar: Nível mais alto da maré (maré alta).
• Estofo de enchente: Período de maré parada na preamar.
• Vazante: Fluxo da maré descendo.
• Baixa-mar: Nível mais baixo da maré (maré baixa).
• Estofo de vazante: Período de maré parada na baixa-mar.

Maior influência: Cotas (níveis de água acima do nível médio das marés).

• Amplitude de maré: Distância vertical entre uma preamar e a baixa-mar seguinte.
• Nível médio: Valor médio em torno do qual a maré oscila.
• Nível de redução (Zero hidrográfico): Nível a que são referidas as alturas das águas e as sondagens representadas nas cartas náuticas.
• Ciclo da maré: Período de tempo entre uma preamar e a seguinte (ou baixa-mar e a seguinte).
• Altura da maré: Distância vertical entre o nível do mar em um determinado instante e o nível de redução.

Influência nos portos: A manutenção das profundidades e operações pode depender do nível da maré.