História da Arquitetura: Da Antiguidade à Contemporaneidade

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Idade Clássica e Média

  • A arquitetura surgiu da primeira moldagem consciente de casas, monumentos e cidades, há cerca de nove mil anos atrás.
  • Construir é um ato social que depende das relações de poder, políticas e econômicas.
  • Arte ou ciência de projetar espaços organizados por meio de agenciamento urbano.
  • No século I a.C., Vitrúvio determinou 3 condições básicas:

- Resistência

- Funcionalidade

- Beleza

  • O estilo arquitetônico reflete certos valores ou necessidades sociais, independente da obra construída.
  • Na pré-história, pouco se conhece, a não ser alguns monumentos megalíticos, que não são considerados arquitetura.
  • O estilo de uma época, de um lugar, de um artista depende de muitos fatores – religiosos, políticos, tecnológicos.
  • O desejo de ostentação foi o fator mais influente na arquitetura, monumentos ou palácios que fossem orgulho do povo ou demonstrassem a soberania e o poder de um rei.

Arquitetura na Mesopotâmia

  • Utilizavam tijolos de barro cozido que tinham pouca resistência.
  • Obras de Zigurates de Ur.

Arquitetura no Egito

  • No Novo Império, predominavam os templos com disposição axial, visão projetista que foi marcada por rios e pela natureza.
  • Aliava-se a imponência e simplicidade, cores sempre vivas com linhas muito simples e geométricas.
  • Pirâmides:
  • Dinastia III - Arquiteto Imhotep
  • Célebres: Quéops, Quéfren e Miquerinos.

Arquitetura Grega

  • Templos e teatros eram suas principais obras.
  • Artistas realistas (natureza como ela é).
  • Séculos V e VI a.C. definiam-se a forma grega (Partenon de Atenas).
  • Novos materiais (concreto armado e ladrilho).
  • Utilizada como uma demonstração de grandeza.
  • Sua evolução dividiu-se em dois âmbitos: Obras públicas e particulares.
  • Na Engenharia Civil, destacam-se os aquedutos de água e seu sistema de esgoto.
  • Expressão dinâmica de arcos.

Arquitetura Bizantina

  • Leveza e elegância.
  • Igreja de Santa Sofia.
  • Constantinopla – igrejas com plantas em forma de cruz grega.

Arquitetura Islâmica

  • Mesquitas, sua principal representação (planta quadrangular).
  • Taj-Mahal rigorosamente simétrico.

Arquitetura Românica

  • Basílicas de pedra com duas absides e torres redondas repletas de arcadas.
  • Força e solidez.
  • Material principal: Abóbada de pedra, tijolos de argamassa em forma de berço.
  • Catedral de Pisa e Igreja de São Domingos.

Idade Média e Moderna

Arquitetura Gótica

  • Existência terrena e miserável.
  • Elementos construtivos aparentes (arcobotantes).
  • Arco em ponta - abóbada cruzada - vidros em vitrais - janelas ogivais – rosetas.
  • Castelos imponentes, porém incômodos, desconfortáveis e com menor número de aberturas possíveis.

Arquitetura Renascentista

  • Retorno às formas e proporções da antiguidade greco-romana.
  • Artistas com seus nomes ligados às suas obras.
  • Início se deu com a construção da cúpula central de Santa Maria Del Fiore.
  • O termo renascimento foi usado pela primeira vez pelo historiador francês Jules Michelet.
  • Tempietto – paradigma arquitetônico do alto renascimento.
  • Dedicação à edificação de construções religiosas (Capela de São Pedro).
  • Elementos característicos:

- Colunas (dórica, jônica, coríntias)

- Capitéis suspensos

- Cornijas salientes

- Janelas de dupla abertura

- Capitéis com festões decorativos

- Altos relevos

Idade Moderna

Arquitetura Maneirista

  • Exagero e capricho em detalhes.
  • Figuras exageradas, posturas forçadas, espaço de maneira irreal, efeito dramático.
  • Transição entre renascimento e o barroco.
  • Igrejas em planos longitudinais com distribuição de luz.

Arquitetura Barroca

  • Nasceu, a princípio, como um estilo de vida, usado como forma de expressão da mensagem religiosa da contrarreforma.
  • Dinamismo, teatralidade, religiosidade e dramaticidade, movimento e luxo.
  • Diferentes efeitos visuais em fachadas e em desenhos interiores.
  • Plantas elípticas ovaladas de menor dimensão.

Arquitetura Rococó

  • Excesso de curvas caprichosas, elementos decorativos (conchas, laços, folhas e flores), buscava uma elegância requintada (anjinhos rechonchudos).
  • Estilo: Sensualidade e trivialidade.
  • Arte voltada para o belo e comprometida com o ideal aristocrático.

Arquitetura Neoclássica

  • Desenvolvimento da arquitetura nas artes decorativas (plantas quadradas, retangulares, centralizadas).
  • Estilo lógico de tom solene e austero.
  • Racionalidade, ordem e limpidez.
  • Surgem os jardins ingleses.
  • Estilo Palladiano (Casa Branca).

Revivescência Grega

  • Prussiano Shinkel, administrador – arquiteto.
  • Edifícios perfeitos para suas tarefas atribuídas.
  • Tecnologia e materiais novos.

Revolução Industrial

  • Mecanização - extinguir artesãos.
  • Arquitetos x Engenheiros.
  • Engenheiros construindo estruturas, belas e baratas.
  • Palácio de Cristal, Londres.

Idade Contemporânea

Arquitetura Contemporânea

  • Séculos XIX e XX, emprego de novas técnicas e materiais industriais, como o concreto, aço laminado e o vidro em grandes dimensões.
  • Mudança no contexto tecnológico e social da construção, fim de uma arquitetura com velhas concepções de beleza.
  • Bauhaus (centro de construção), escola formadora de pintores, arquitetos, escultores, etc.

- Sede na Alemanha, com ótimos professores atraiu inúmeros alunos.

- 1º período: com seu primeiro balanço público e a demonstração prática de suas atividades, empresas passaram a encomendar projetos, com isso seu prestígio só aumentava.

- 2º período: incentivo à cooperação com a indústria, seus alunos desenvolviam avanços que atendiam às necessidades populares, como o avanço no campo mobiliário e de objetos domésticos.

- 3º período: restabelecimento do sistema didático tradicional.

- 4º período: depois de 14 anos, o fim. Com o nazismo, a escola foi fechada e usada como centro de formação de chefes para o partido nazista.

Arquitetura Fascista

  • Início de 1937, Speer, com seus 32 anos, teve que replanejar Berlim.
  • Numa maneira neoclássica, pesada, despojada, tinha como objetivo não simplesmente impressionar, mas esmagar o espírito humano individual.

Modernismo

  • Grandiosas ideias urbanas, construção de habitações.
  • Projeto de cidades (Le Corbusier 1950 – Brasília 1957).
  • Estilo: internacional, vistoso e confiante.
  • Projeto de casa serena aberta com um pavimento (zen-budismo japonês).
  • Modernismo e a liberdade - expressão do bem-estar no exterior de edifícios, dar ao modernismo uma face humana.

Brutalismo

  • Métodos de construção lógicos, expostos e apavorados.
  • Projetos sociais de habitação com grandes metas, que não se preocupava com o social nem com o bem-estar de seus indivíduos.

Pós-Modernismo

  • Questionamento da arquitetura comercial, que começava a sufocar os centros urbanos.
  • Arquitetura “orgânica”, harmonização entre a paisagem e a arquitetura.
  • Heterogeneidade das cores, das formas e dos materiais.

High-Tech

  • Casas como obras de arte tecnicamente organizada.
  • Princípio do brutalismo.
  • Impulso na perícia industrial.

Desconstrutivismo

  • Forma extravagante e espetacular de exprimir sua oposição contra as normas de construção e de ornamentação.
  • Arquitetura moderna, que mexe com a sensibilidade de quem prefere uma forma banal.

Arquitetura do Ferro

  • A revolução industrial foi um fator importante.
  • Engenheiros inovando na construção e transportes: fábricas, armazéns, estações ferroviárias, mercados, pontes, pavilhões.
  • Matérias: tijolo cozido, ferro, cimento armado e o concreto.
  • Visão funcionalista e pragmática.
  • Gustave Eiffel – principal impulsor da arquitetura de ferro.

Material do caderno

Organização da forma e do espaço:

  • Espaço dentro de outro espaço (corredor).

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  • Espaços interseccionais (sacada).

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  • Espaços adjacentes (ligados - bloco da Fag).

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  • Espaços ligados por um espaço em comum.

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Organização Espacial

  • Centralizada.

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  • Linear.

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  • Radial.

Z

  • Aglomerada.

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  • Em malha.

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Taxa de ocupação

  • 60% do valor total do lote.
  • Se tiver 360m², irá usar 216m².

Função higiênica

  • Consumo de oxigênio.
  • Produção de vapor d'água.
  • Produção de odores.

Funções térmicas

  • Quente/frio.
  • Inverno/verão.

Formas de ventilar

  • Natural.

- Térmica (efeito chaminé).

- Dinâmica (cruzada).

  • Artificial.

Como criar ventilação dinâmica

  • Planos móveis, cuja localização, forma e área permitirão cumprir com os objetivos perseguidos.
  • Aspiradores fixos ou rotatórios colocados nas coberturas dos edifícios, que aproveitam o efeito do vento para produzir uma depressão ou efeito de sucção que promove a saída de ar por estes aparelhos.

Direção e velocidade

  • Estreitamento determinando aumento de velocidade.
  • Fluxo incidente oblíquo à edificação, velocidade maior em uma das extremidades.
  • Presença de árvores.
  • Utilização de barreiras (proporcionam ventilação cruzada).

Espaço interior

  • Direção da fachada e fluxo no interior.
  • Marquises determinam a anulação do componente vertical descendente.
  • Afastamento da marquise faz com que o componente descendente volte a atuar.
  • Direção - Placa proporcionando o surgimento de zonas de pressão distintas em uma única fachada.

Espaço Exterior

  • Barreiras de vegetação.

Velocidade no fluxo de ar interior

A velocidade e quantidade de ar a percorrer o interior de um recinto dependem:

  • Dimensões de vão de entrada.
  • Dimensões de vão de saída.
  • Velocidade do ar incidente na abertura.

Infiltração

São produzidas pelas juntas e interstícios das portas e janelas, independente da vontade do usuário.

A quantidade de ar que penetra ou sai do interior do edifício depende:

  • Comprimento total das juntas.
  • Imperfeições dos contatos entre as partes móveis e fixas das aberturas.
  • Diferença de pressão entre dois meios.

Dispositivos

Prever nas janelas e portas elementos que proporcionam o tipo de ventilação desejada.

Iluminação artificial

  • 80% da percepção do espaço é visual.
  • A aparência do local depende da iluminação.
  • Espaço e luz.

Fachadas (em planta)

  • Fachadas com cores saturadas que recebem radiação direta podem gerar efeitos visuais negativos.
  • Reentrâncias e saliências, em fachadas que recebem radiação direta, geram um efeito visual interessante.
  • Países frios (céu encoberto): praticamente inexistente radiação direta incidindo nas fachadas, logo, para destacar as composições, o uso da cor tem um papel mais relevante.

Luz Visível

  • Intervalo de comprimento de onda da radiação eletromagnética, que sensibiliza o olho humano.

Eficiência luminosa, importante devido:

  • Gastos que advêm do consumo energético.
  • Danos ambientais relacionados à produção de energia.

Posição das aberturas

  • Duplicar a área quando tiver uma janela de canto, pois tem uma eficiência muito baixa devido à sobreposição em questão de iluminação.
  • Adicionar outra janela quando o ambiente for muito comprido.

Iluminação Zenital

  • Geralmente relacionada à cobertura.
  • Maior uniformidade de distribuição de luz.
  • Obtenção de maiores índices de iluminância.
  • Manutenção é mais complexa e mais necessária.
  • Limitação de se relacionar com o canto de cobertura.
  • Investimento inicial maior.
  • Bastante eficiente em edificações com grande profundidade em relação à fachada que apresenta as aberturas.
  • Carga térmica existente na cobertura deve ser levada em consideração.
  • Tipos:

- Sheds – abertura voltada para o sul.

- Lanternins – aberturas nos dois lados norte e sul.

- Clarabóia.

- Teto de dupla inclinação - telhado envidraçado.

- Duto de luz.

Planta de localização

  • Norte.
  • Número do lote e vizinhos, nome, ruas.
  • Área do lote, projeção de cada unidade, taxa de ocupação, taxa de impermeabilidade e coeficiente de aproveitamento.

Planta baixa de cada pavimento 1:50 contendo:

  • Dimensões e áreas de todos os componentes, inclusive de vãos de ventilação, iluminação e garagem.
  • Finalidade de cada compartimento.
  • Indicação das espessuras das paredes.
  • Traços indicados de corte.

Elevação na mesma escala da planta baixa.

Planta de cobertura com indicação dos caimentos em escala 1:100.

Planta de situação (implantação) contendo:

  • Projeção da edificação dentro do lote.
  • Divisão das divisas do lote e os recuos da edificação em relação às divisas.
  • Uso externo (calçadas, piscinas, acessos).

Materiais de construção

  • Seu emprego e técnica de utilização deverão satisfazer as especificações e normas oficiais da ABNT.
  • No caso de materiais cuja aplicação não esteja definitivamente consagrada pelo uso, a ABNT poderá exigir análises e ensaios comprobatórios de sua adequacidade.

Insolação, Iluminação e Ventilação.

  • Todos os compartimentos, para efeitos de insolação, iluminação e ventilação, terão aberturas em qualquer plano abrindo diretamente para a rua, espaço livre do próprio imóvel ou área de servidão legalmente estabelecida.
  • As aberturas devem distar 1,5m no mínimo de qualquer ponto das divisas do lote.

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