História Econômica do Brasil: Collor, Plano Real, FHC e Lula

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Collor e o Congelamento de Ativos

Collor: sequestrou a maior parte dos ativos das pessoas, houve o congelamento. Qualquer valor acima de 50 mil cruzados não podia ser movimentado, estava congelado. Quando se sequestra 70% de toda a liquidez da economia, não há dinheiro para comprar ou vender, a economia parou. Ninguém comprava por medo (dinheiro estava congelado), a economia parava e começava a ter estoque. Overnight (títulos do governo), as pessoas ficaram dependentes do over, iam tirar dinheiro de lá, e os preços subiam. Então, Collor sequestra tudo. Ele não consegue controlar, descongela o dinheiro e sofre impeachment. Quem assume é Itamar Franco (emotivo), porém a inflação só subia. Ele chamou FHC para ser ministro, e este criou o Plano Real para controlar a inflação.

Plano Real e a Estabilização da Moeda

Plano Real: Todo mundo sabia o que o Plano iria fazer (diferente do Collor). A primeira medida foi o ajuste fiscal: o Brasil tinha um problema fiscal, gastava mais do que arrecadava e financiava emitindo moeda. Para mudar isso, tinham que diminuir o gasto público e aumentar a renda (medidas provisórias). Criaram o IPMF (imposto sobre cheque/movimentações financeiras). O sucesso do plano foi a introdução da URV, que era um indexador corrigido diariamente, acompanhando a variação da inflação. Assim, o mercado encontrou o equilíbrio (antes os preços estavam bagunçados por conta do congelamento). A URV mais tarde se torna o Real. Como era uma moeda nova, houve incertezas, pois não sabiam como manter a inflação baixa. Criaram a âncora cambial, o governo abre a economia, os juros sobem, atraindo capital, e o câmbio é flutuante. O câmbio abaixou muito, e as pessoas começaram a viajar. O que segurou o Plano Real foi a âncora cambial, pois manteve a inflação baixa. Ela valorizou o câmbio, incentivando as pessoas a importarem (1 dólar = 0,84 real). A inflação abaixa, e o Brasil precisa acompanhar os preços. Âncora cambial = manter preços baixos (trazer importados). Se você valoriza o câmbio e aumenta a importação, acontece um déficit elevado. Quando há déficit, tem que pagar, e se não há reserva, não tem como financiar.

Governo FHC e a Crise Cambial

Governo FHC: Âncora cambial = coloca paridade comercial, mantém a taxa de câmbio valorizada para importações, porém tira o poder do mercado interno, pois lá fora é mais barato. O aumento das importações e o aumento da oferta agregada foi o que segurou os preços, via importações. A consequência de tudo isso foi o déficit elevado/deteriorização das contas externas/taxa de juros elevadas. Sofre a crise cambial em 1999, e FHC é obrigado a abandonar a âncora e deixar o câmbio flutuar. O país não tinha mais condições de depender de capital estrangeiro (porque não estava mais entrando capital). A âncora cambial mantinha a paridade. O país precisava agora de novos mecanismos. Adotam então a introdução do tripé macroeconômico = Sistema de Metas de Inflação. É importante porque sinaliza para o agente econômico quando o governo vai mexer na taxa de juros, para controlar a expectativa (controla os agentes econômicos e a inflação). O Brasil teve que ir ao FMI pegar dinheiro emprestado e teve que adotar algumas medidas: Política Monetária, objetivo: estabilidade da taxa de juros no curto e no longo prazo. A meta é que a cada ano a inflação abaixe. No governo FHC, a taxa de juros era para atrair capital estrangeiro e financiar nosso déficit em conta corrente. A partir de agora, a taxa de juros tem como objetivo manter a inflação dentro da meta. Passa a utilizar a política fiscal = cortar gastos com investimento público para que nossa dívida interna diminua. Política Cambial deixa o câmbio flutuando, com o objetivo de dar autonomia para a política monetária, porque a taxa de câmbio é flutuante para manter a inflação na meta e deixar de depender do capital estrangeiro.

Governo Lula e o Boom das Commodities

Lula (1º governo): Ele ganha as eleições, porém assume com problemas com a dívida alta. Quem vai querer emprestar para o país? O Brasil começa a sofrer porque os investidores começam a tirar dinheiro do país, a inflação aumenta pela desvalorização cambial. Lula lança a carta aos brasileiros se comprometendo a continuar a política do governo anterior (continuar a pagar a dívida interna e externa...). Lula confirma a política econômica ortodoxa, coloca Palocci como ministro e garante que a política econômica não iria mudar nada, continua o tripé. Eleva a Selic de 6% para 13% em uma tacada, o superávit aumenta muito, para as pessoas começarem a investir, mostrando para o mundo que o Brasil tinha dinheiro. A inflação cai porque as dívidas foram duras. Quando o Brasil estava passando por toda essa dificuldade, a China começa a consumir commodities, e há uma explosão no preço das mesmas. A economia do Brasil começa a se recuperar em função do consumo de commodities da China (exportação de commodities, aumento do preço, aumento da quantidade, aumento da renda, aumento do emprego, aumento do consumo). O estímulo vem das exportações. No final do 1º governo Lula, teve o mensalão (importante porque quando estoura, Lula tem uma popularidade baixa porque a economia não crescia). A peça chave do governo Lula foi a Dilma (ela que mandava).

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