História e Evolução da Área de RH no Brasil
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História e Evolução da Área de Recursos Humanos no Brasil
A área de Recursos Humanos (RH) é, historicamente, a função organizacional que se origina e evolui em resposta às condições do contexto empresarial e social que a cerca em cada período histórico. Em cada momento da história, a forma de gerenciar as pessoas no trabalho e o próprio valor relativo dos seres humanos para as empresas variam bastante.
Assim, a área de RH deriva de quatro vetores básicos:
- O desenvolvimento tecnológico e dos valores sociais predominantes em cada época;
- As teorias organizacionais e comportamentais existentes;
- As configurações empresariais, que se estruturaram de diferentes maneiras ao longo do tempo;
- As formas de organização do trabalho em cada época e lugar.
Evolução, segundo Michaellis (2002, p. 329), significa progresso, transformação lenta e progressiva de uma ideia, fato, ação, etc. É de importância considerável trazer a evolução da área de Recursos Humanos para os dias atuais, buscando entender sua trajetória ao longo dos anos. Neste sentido, a história e o desenvolvimento da administração de Recursos Humanos no Brasil estão diretamente ligados à história e evolução dos Recursos Humanos nos países desenvolvidos.
1830 a 1930
Nesta época, as práticas administrativas de pessoal restringiam-se apenas às tarefas correspondentes aos cálculos da retribuição a que os trabalhadores faziam jus em decorrência do trabalho pesado.
Através do governo revolucionário de Getúlio Vargas, são promovidas uma série de mudanças no que concerne às questões trabalhistas, tanto no que diz respeito às medidas de proteção social aos trabalhadores quanto à organização das associações de trabalhadores. Em 1940, foi criado o imposto sindical e, em 1943, foram consolidadas as Leis do Trabalho (CLT).
Criação da carteira profissional, regulamentação do horário de trabalho, definição do direito a férias remuneradas, entre outros. Nesse período, ocorreu a expansão da indústria siderúrgica, petrolífera, química e farmacêutica. Os sindicatos passaram a ser tutelados pelo Ministério do Trabalho.
Começou a ser valorizado como profissional de Recursos Humanos o administrador de empresas. Ele teve sua profissão regulamentada pela Lei nº 4.769, de 09/09/1965, tornou-se um dos profissionais mais requeridos para conferir racionalidade ao sistema econômico. Os sindicatos se fortaleceram.
No decorrer da década de 80, foram criadas as centrais sindicais: CUT – Central Única dos Trabalhadores (1983) e a CGT – Confederação Geral dos Trabalhadores (1986).
O profissional de Recursos Humanos passou a ser mais desafiado, requerendo-se dele novas habilidades, como a de negociador, bem como maiores conhecimentos referentes a teorias e técnicas gerenciais.
A década de 80 foi marcada pela recessão. Em consequência, elevou-se o número de desempregos, os trabalhadores passaram a ganhar menos e as atividades de Recursos Humanos também foram afetadas. Nota-se que, embora o movimento sindical encontre-se cindido em diversas facções, as centrais sindicais tendem a se unir, sobretudo no caso de luta contra as demissões.
O perfil do profissional especialista em Recursos Humanos também se altera. Ele passa a ser um consultor especializado dentro das empresas, a quem cabe as demandas dos demais gerentes no que se refere à gestão de pessoas.