A História de Jonas: Desafios e Superações de um Jovem Surdo

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O filme retrata a narrativa de um garoto surdo que foi diagnosticado, erroneamente, como deficiente mental e, por isso, ficou durante três anos em uma fundação, expulso do convívio social e do contato com outros surdos. Assim que o erro no diagnóstico foi descoberto, constatando-se que o garoto era apenas surdo, os pais puderam levar o filho para casa.

A partir desse instante, podemos ver o drama da família, que não sabe como agir em relação à deficiência do garoto. Em busca de ajuda, os pais se mostraram perdidos, a ponto de aceitar qualquer informação, como quando Jonas ingressa em uma escola onde o uso de sinais não é permitido, nem mesmo em casa, e os surdos são obrigados a oralizar, ou seja, sua especificidade é ignorada.

A presença do filho surdo gerou um visível desequilíbrio na família. A ausência de informação entre pais e filho provocou a falta de autoridade e impossibilitou a imposição de limites. A carência de informação também causou frustração em Jonas que, em alguns momentos, teve como reação a agressividade. Além disso, a vergonha de ter um filho surdo também pode ser percebida e causou, inclusive, a desunião dos pais do garoto.

A narrativa de Jonas nos permite entender diversos aspectos da surdez, como as dificuldades e perigos enfrentados pelos surdos, como quando Jonas se perde na cidade, e também nos possibilita compreender o quanto a informação é essencial e como a língua de sinais é relevante e fundamental para o surdo. Esse fato é muito bem retratado quando a mãe de Jonas entra em contato com outros surdos adultos e os vê se comunicando e se divertindo, ou quando seu filho começa a aprender os sinais e percebe que existem outros como ele.

A partir do filme, podemos perceber como os surdos foram tratados de maneira equivocada durante muitos anos, em um passado muito recente. Ainda, foi possível observarmos que ser surdo não é apenas não ouvir.

A Cultura Surda: Uma Perspectiva Diferente

Ser surdo é perceber o mundo de uma forma diferente, o que gera a necessidade de uma cultura diferente. Nós, ouvintes, não podemos exigir que os surdos se adaptem à nossa forma de ver o mundo. É preciso respeitar as características e necessidades da pessoa surda.

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