Hominização e Humanização: A Evolução do Ser Humano

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Hominização: O Processo Evolutivo

A Hominização é o processo evolutivo que levou de uma espécie animal ao primeiro homem, definido por sua capacidade de orientar sua atividade através da palavra. O ser humano é o resultado da hereditariedade e da evolução, da necessidade e do acaso. A estabilidade que o parâmetro da herança oferecia em várias espécies no mundo, no século XIX, tornou-se insignificante ao se estudar os fósseis. Os cientistas introduziram, para explicar ao mundo, um novo fator: a explicação do acaso.

A existência das espécies presentes em nosso mundo deve ser baseada na hereditariedade e também no que é fornecido pelo parâmetro aleatório, ou seja, a existência de dois mecanismos fundamentais: um intrínseco e outro extrínseco.

Mecanismos da Evolução

  • Mecanismo Intrínseco: Explicamos como, por mutação genética, alterando um ou mais genes, surgem indivíduos com características diferentes das dos progenitores.
  • Mecanismo Extrínseco: Fatores como o clima ou a ecologia determinam o sucesso ou o fracasso deste mecanismo de mutação.

Estes mecanismos fazem parte de um processo chamado seleção natural biológica. Este ato evolutivo atua sobre as unidades básicas da hereditariedade, aumentando ou diminuindo a frequência de variações genéticas, cuja principal fonte são as mutações – "erros".

Humanização: A Viragem Cultural e Social

A Humanização marca a segunda fase da evolução, caracterizada pela viragem crucial da palavra. Os hominídeos tornam-se algo muito parecido com um homem atual. Para isso, é necessária uma alteração das circunstâncias que abriria caminho para esse novo comportamento: o uso da palavra, a chance de viver protegido do meio animal agressivo e a cooperação resultante.

Fatores Chave na Humanização

A descoberta e o uso do fogo influenciaram seletivamente este feito, pois o fogo os protegia de carnívoros e permitiu que algumas substâncias usadas para o alimento se tornassem assimiláveis. Nessas duas fases da evolução, o comportamento específico levou a mudanças no ambiente que, por sua vez, afetaram o comportamento dos indivíduos.

O uso do fogo e o desenvolvimento da comunicação promoveram a evolução de nossa espécie, cujo desdobramento nos últimos 100 mil anos é maior por várias ordens de magnitude do que a seleção natural e a evolução biológica. Estas estão na base da cultura, mas uma vez plenamente desenvolvida a capacidade para a cultura, um grande número de variantes poderia aparecer e desaparecer completamente independente das mudanças nos genótipos. Há uma competência cultural, que foi essencial para o desenvolvimento de nossa espécie.

Ao permitir que o hominídeo se emancipasse do seu ambiente animal, ele se tornou progressivamente um ser humano. A configuração social da espécie não foi totalmente determinada filogeneticamente; no meio, ela não seleciona, mas protege os menos aptos.

O Papel da Colaboração e da Linguagem

No processo de humanização, o tema foi o desenvolvimento progressivo da atividade colaborativa, que estava afetando uma maior interdependência entre os membros do grupo, tanto fisiologicamente quanto na sobrevivência. Portanto, o mundo humano é essencialmente social, ou seja, o homem não pode desenvolver-se como tal se não for com outros homens.

A gestão de outros e a produção de ferramentas, tecendo uma teia cada vez mais densa entre os membros do grupo, produziram a mudança de nível que é o ritmo da atividade social. A atividade colaborativa para o progresso na produção de ferramentas foi possível a partir do momento em que a comunicação oral subiu ao nível da linguagem articulada, permitindo não só a transmissão do que foi feito, mas, acima de tudo, a sua interiorização, a formação do pensamento e a educação. A educação se tornaria cada vez mais importante.

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