Horizontes e Classificação de Solos: Guia Completo

Horizontes do Solo

• O: Essencialmente orgânico em diversos graus de decomposição. Ocorre sobre um horizonte mineral e em condições de boa drenagem.
• H: Ocorre sobre um horizonte mineral e em condições de má drenagem.
• A: Horizonte mineral superficial ou logo abaixo de O ou H.
• E: Horizonte logo abaixo do A. Apresenta cores claras e textura mais arenosa.
• B: Horizonte abaixo de um horizonte A ou E que sofreu intensa transformação pedogenética.
• C: Horizonte abaixo do horizonte B ou A. Pouco influenciado pelos processos pedogenéticos.

Por que Organizar a Informação sobre Solos?

Para ser compreensível e útil, lembrar de nomes e propriedades importantes, e aumentar a informação local.

Por que Classificar Solos?

Organizar o conhecimento para habilitar a investigação, providenciar conhecimento para estabelecer relações entre solos e o seu ambiente, e estabelecer grupamentos para fins de interpretações utilitárias.

Princípios de Classificação de Solos

• Indivíduo: Menor corpo natural que pode ser definido como algo completo.
• População: Coleção de indivíduos.
• Classe: Agrupamento dentro da população de solos de indivíduos similares.
• Indivíduo Modal: Relação entre indivíduos que melhor representa as características dessa classe.
• Nível Categórico: Agrupamento sucessivo de indivíduos em classes em diferentes níveis.

Sistemas de Classificação de Solos

• Genético: Baseado nos processos de formação de solos.
• Natural ou Taxonômico: Baseado em todas as propriedades dos solos.
• Técnico ou Interpretativo: Baseado em características selecionadas para seu uso com determinados fins.

Classificação Natural ou Taxonômica

São elaboradas, fundamentalmente com base nas características do solo: atributos e horizontes diagnósticos.

Classificação Técnica ou Interpretativa

Organização dos indivíduos de uma população em grupos que visam um objeto, uso ou atividade especializada.

Classificação da Aptidão Agrícola das Terras

Objetivo: Interpretar mapas de levantamento sistemáticos de solos, nível de reconhecimento; indicar a obtenção do máximo benefício das terras; orientar para planejamentos regionais, estaduais e nacionais, relativos à utilização agrícola das terras.

Classificação da Capacidade de Uso das Terras

Adaptabilidade para fins diversos, sem que sofra depauperamento pelos fatores de desgastes ou de empobrecimento.

Objetivo: Definir sua máxima capacidade de uso, sem riscos de degradação do solo por muito tempo; possibilita o planejamento de práticas de conservação do solo, ao nível de propriedade ou de empresas agrícolas, ou para pequenas bacias hidrográficas.

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

1. Ordens
2. Subordens
3. Grandes Grupos
4. Subgrupos
5. Famílias
6. Séries

Materiais do Solo

• Material Orgânico: Constituído por compostos orgânicos apresentando proporção variável de material mineral.
• Material Mineral: Formado por compostos inorgânicos, em vários estágios de intemperismo. O material do solo é considerado mineral quando não satisfazer os requisitos exigidos para material orgânico.

Outras Características

• Saturação por Bases:
  • Alta saturação (eutrófico, >50%)
  • Baixa saturação (distróficos, <50%)
• Plintita: É uma mistura de argila, pobre em carbono orgânico e rica em ferro, com quartzo e outros materiais, que sob ciclos alternados de umedecimento e secagem endurecem irreversivelmente, formando a petroplintita.
• Superfície de Fricção ou Slickenside: São superfícies lisas e lustrosas, com estrias paralelas, em agregados de solos constituídos por argilominerais expansivos, são produzidos pelo deslizamento e atrito da massa do solo causada pela expansão e contração por umedecimento.
• Cor e Teor de Óxidos de Ferro: É utilizado para diferenciar classes de solo. Cores brunas ou amarelas estão associadas à presença de goethita, cores vermelhas estão associadas à mistura em diferentes proporções de hematita e goethita.
• Solos Hipoférricos: Baixo teor de óxidos de ferro.
• Solos Mesoférricos: Médio teor de óxidos de ferro.
• Solos Férricos: Alto teor de óxidos de ferro.
• Solos Perférricos: Muito alto teor de óxidos de ferro.
• Grau de Decomposição do Material Orgânico: Utilizado para discriminar solos da classe organossolos.
  • Fíbrico: Material orgânico pouco alterado constituído por fibras.
  • Hêmico: Material orgânico em estágio de decomposição intermediário entre o fíbrico e o sáprico.
  • Sáprico: Material orgânico em estágio avançado de decomposição.
• Cerosidade: Consiste numa fina película de argila depositada na superfície dos agregados conferindo-lhes aspecto lustroso e com brilho graxo, é resultante da migração de argila iluvial.

Tipos de Solos

• ARGOSSOLOS: Solos que apresentam horizontes B textural com argila de atividade baixa imediatamente abaixo do horizonte A ou E. Se apresentar horizonte plíntico, o mesmo não está acima e nem é coincidente com a parte superior do horizonte B textural.

  São solos profundos a muito profundos, bem drenados, sequência de horizontes (A-Bt-C ou A-E-Bt-C), argila de atividade baixa.

• CAMBISSOLOS: Solos rasos a profundos, bem a imperfeitamente drenados. Sequência de horizontes A-Bi-C ou O-A-Bi-C. Horizonte B incipiente. São diferenciados em função da acumulação de material orgânico.
• CHERNOSSOLOS: São solos rasos a profundos. Sequência de horizontes A-B-C. Horizonte A chernozênico. Apresentam teores razoáveis de matéria orgânica. Alta fertilidade: saturação por bases maior ou igual a 65% e alta CTC.
• ESPODOSSOLOS: (Texto incompleto no original)