IHM, Ergonomia, Cognição e Princípios de Design UX

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Interação Humano-Máquina (IHM)

A Interação Humano-Máquina (IHM) é a interação entre o ser humano e o computador, visando atingir um objetivo comum. É a parte de um sistema computacional com a qual uma pessoa entra em contato físico.

Ergonomia

A Ergonomia é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Ela aplica teoria, princípios, dados e métodos para projetar, a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema.

Tipos de Ergonomia

  • Ergonomia Física: Estuda as respostas do corpo humano à carga física e psicológica, como carga de trabalho ou esforço repetitivo.
  • Ergonomia Cognitiva: Também conhecida como engenharia psicológica, refere-se aos processos mentais, tais como percepção, atenção, cognição, e armazenamento e recuperação de memória.
  • Ergonomia Organizacional: Relacionada com a otimização dos sistemas sociotécnicos, incluindo sua estrutura organizacional, políticas e processos.

Cognição

Processos desenvolvidos pelo cérebro no dia a dia:

  • Atenção
  • Percepção e Reconhecimento
  • Memória
  • Aprendizagem
  • Leitura, Fala e Audição

Engenharia Cognitiva

Relacionada a sistemas computacionais, baseia-se no pensamento, ou seja, na forma como o usuário irá interpretar e interagir com um sistema.

O objetivo do designer é desenvolver uma aplicação em que o usuário crie um modelo mental parecido com o qual foi projetado.

Modelo Mental

São modelos que as pessoas constroem para representar estados físicos (ou de coisas abstratas). Não precisam ser tecnicamente perfeitos, mas devem ser funcionais.

Mapa Mental

Tipo de diagrama voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual, utilizado para a compreensão e solução de problemas, memorização e aprendizado.

Teoria da Gestalt

O cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma integração entre os elementos. É uma teoria da psicologia que considera os fenômenos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisível e articulado em sua configuração, organização e lei interna.

Percepção

Estudiosos da Gestalt descobriram certos princípios que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão de imagens e ideias.

Princípios da Gestalt Aplicados à Interface

  • Anomalia: Provoca interrupção brusca e localizada no estado de regularidade e monotonia da interface, buscando a atenção dos sujeitos.
  • Alinhamento: Todo material deve ter alinhamento dentre os três mais utilizados na edição de textos – centralizado, à direita e à esquerda.
  • Balanço: É um fator que se caracteriza por distribuir os elementos da interface para que o conjunto da imagem seja equilibrado.
  • Concentração: O nível de aproximação entre os vários elementos num plano, sendo possível gerar ênfase e/ou dirigir a atenção.
  • Continuidade: Preferência pelos contornos contínuos e sem quebra, ao invés de combinações mais complexas, mas igualmente plausíveis, de figuras mais irregulares.
  • Contraste: O contraste melhora a percepção do objeto e acentua a diferença entre ele e seu entorno. É o fator que mais seduz o usuário.
  • Direção: A direção controla o padrão de busca, conduzindo a leitura para uma região específica da tela. Na diagonal, do canto superior esquerdo da tela ao canto inferior direito, é a área onde a percepção mais se concentra.
  • Fechamento ou Clausura: O conceito de clausura relaciona-se com o fechamento visual, como se completássemos, visualmente, um objeto inacabado.
  • Gradação e Radiação: Referem-se à mudança nas formas, advinda de um critério de ordenação.
  • Harmonia: Disposição bem proporcionada entre as partes de um todo. É a unidade sem violações, com correspondência das partes e proporção conveniente.
  • Movimento, Tempo e Velocidade: O movimento é utilizado para atrair atenção, dirigir a leitura ou demonstrar crescimento e evolução do processamento (real ou ilusório). Tempo e velocidade estão diretamente relacionados com o movimento.
  • Pregnância: Por lei da pregnância, entende-se uma organização psicológica que pode ser sempre tão boa quanto as condições o permitirem.
  • Proximidade: Elementos bastante próximos entre si tendem a formar grupos percebidos pelo usuário como bloco único, acarretando a perda de individualidade dos elementos.
  • Repetição: Trata-se de um fator adotado para criar movimento e direção, graças à repetição de elementos, e que também pode gerar a sensação de harmonia e de ritmo.
  • Simetria e Assimetria: É o agrupamento baseado nas propriedades emergentes da forma, ao invés das características das partes que a constituem.
  • Similaridade ou Semelhança: Elementos são associados com mais intensidade quando compartilham de características visuais básicas.
  • Tamanho e Escala: Tamanho e escalas afetam a percepção das características físicas dos objetos, criando efeitos óticos e ilusões no observador.

Engenharia Semiótica

Está relacionada com tudo que possa ser assumido como “signo”.

Teorias Fundamentais

  • Teoria de Códigos: Orientada para a descrição estrutural dos sistemas de comunicação, contribuindo para o fenômeno relacionado com o significado.
  • Teoria de Produção de Signos: Orientada para uma série de condições sobre as quais os comunicadores geram sinais ou mensagens, contribuindo para o fenômeno relacionado com toda a comunicação.

Um Signo é tudo aquilo que significa algo para alguém. A interface do sistema é considerada uma mensagem do designer para o usuário.

Relação com a Engenharia Cognitiva

A relação entre a Engenharia Cognitiva e a Engenharia Semiótica é traçada pelo quanto o usuário consegue aprender do sistema apenas interagindo com a interface, em relação ao tempo e esforço empregado.

Interface, Interação e Comunicabilidade

Interface e Interação

Interface é o meio de relação entre o usuário e o sistema.

A interação pela interface ocorre quando, ao interligar dois sistemas, estes reagem a comandos, conseguindo estimular a percepção do usuário.

A interface de usuário deve ser considerada a parte de um sistema computacional com a qual uma pessoa entra em contato físico, perceptivo e conceitualmente.

Interfaces inteligentes tendem a utilizar conhecimentos retóricos e pragmáticos para melhor prover informação e interação ao usuário.

A Interação pode ser definida como um processo onde o usuário exerce uma ação sobre a interface do sistema e, logo em seguida, o sistema fará a decodificação dessa ação.

A Engenharia Semiótica enfatiza a capacidade dos projetistas de comunicar suas intenções através do discurso interativo da interface.

Comunicabilidade

A propriedade de transmitir eficaz e eficientemente ao usuário as intenções e os princípios de interação que norteiam a criação de um sistema dá-se o nome de Comunicabilidade.

Tipos de Interação

  • Linguagem Natural
  • Linguagem de Comandos
  • Menu
  • Preenchimento de Formulário
  • WIMP (Windows, Icons, Menus e Pointers)
  • Manipulação Direta

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