Impactos Ambientais e Mudanças Climáticas no Brasil

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Há aproximadamente nove mil anos atrás se iniciou a poluição atmosférica, onde a atividade antrópica primitiva não pode ser comparada à atual. Outra fonte antiga da poluição do ar constitui-se em queimadas feitas propositalmente em campos naturais e matas, a fim de limpar a terra para o cultivo. Somente durante a década de 1980 é que a preocupação com as possíveis mudanças climáticas tornou-se nitidamente maior, após terem sido reveladas evidências científicas a respeito, onde, em junho de 1988 acontecia em Toronto, Canadá, a Conferência Mundial sobre Mudanças Atmosféricas e, já no começo dos anos 90, surgiria forte apelo para o estabelecimento de um tratado mundial. Atualmente 200 000 queimadas são identificadas por satélites no Brasil por ano e, 24,5 milhões de m3 de árvores foram derrubadas na Amazônia somente em 2004, onde 60% dessa madeira ficaram abandonadas na floresta apodrecendo. Cerca de 75% das emissões de CO2 do Brasil vêm das queimadas na Amazônia, o que coloca o país entre os cinco maiores poluidores do mundo. Com toda essa preocupação, surge o Protocolo de Quito prevendo que, entre 2008 e 2012, os países ricos devam reduzir em média 5 % de emissão de gás carbônico, tendo como base os índices de 1990. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança de Clima, assinada no Rio de Janeiro em 1992, por 175 países mais União Européia, ratificou a preocupação com o aquecimento global. O Brasil já eliminou 82% dos CFCs.

Um clima cuja temperatura se mantém bastante elevada, acima dos padrões normais, certamente acarretaria severas conseqüências não só sobre a superfície da Terra, como também sobre a agricultura, bem como os metabolismos vegetal e animal. Isso acontece porque a temperatura age sobre o metabolismo vegetal promovendo o controle hídrico através da abertura e fechamento do estômatos bem como da evapotranspiração, isto é, a quantidade de água que é evaporada pelo solo e pelas plantas.

Somente a partir do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, foi que o homem abriu um novo caminho no ciclo do carbono, ao introduzi-lo na atmosfera com a queima de combustíveis fósseis de uma forma bastante desenfreada. Segundo Sariego (2004, p. 98) há vários anos especula-se sobre os efeitos desse aumento de estoque de carbono na atmosfera, que na década de 80 atingiu a média de 6 bilhões de toneladas/ano.

Em agosto de 1979 a expressão efeito estufa foi usada pela primeira vez por um cientista e escritor Isaac Asimov onde escreveu um artigo de caráter pioneiro comentando informações recentes sobre a atmosfera do planeta Vênus, muito quente com seus 95% de CO2 e ainda ponderou dizendo que se a poluição do ar não estaria provocando o aumento gradativo da temperatura terrestre, num processo semelhante ao que teria ocorrido, em condições naturais, em Vênus.

Há várias instituições ligadas à imprensa de forma geral e que nos últimos anos vem dando atenção especial aos problemas referentes a ações antrópicas que refletem diretamente e indiretamente ao efeito estufa e ao aquecimento global. Tais artigos trazem consigo todos os dias uma realidade até então desconhecida por muitas camadas da sociedade, porém, servem como um alerta para autoridades, ambientalistas e à própria sociedade como um todo. Diversas Instituições como o Ministério do Meio Ambiente e muitas ONGs criaram vários programas para preservar não só a natureza, mas a vida de uma forma geral.

A destruição no Brasil vem ocorrendo de forma bastante acentuada e desenfreada sem a menor preocupação, por parte da população e governo, com os possíveis impactos que serão gerados em um futuro próximo e que já estão se mostrando em determinadas re

Uma das maiores regiões do Brasil ameaçadas por intervenções e impactos de origem antrópica é a região da Amazônia.

CONCLUSÃO

Sendo assim, vemos a humanidade caminhando em um sentido que não há mais um futuro a descobrir e, sim um já descoberto e conhecido em função dos impactos que estão ocorrendo diariamente e os que ainda estão por vir através das ações antrópicas. Apesar de nós brasileiros ocuparmos um confortável 16º lugar entre os países que mais emitem gás carbônico para gerar energia e se considerarmos e contabilizarmos os gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e pela agropecuária, passamos a ser o país como o quarto maior poluidor do planeta com 5,4% do total emitido.

As queimadas brasileiras são reflexos da política corrupta que se instalou no país e que não vejo previsão alguma de mudanças. A sociedade como um todo bem como instituições que investem negócios no país também poderia contribuir através de acordos firmados como o Dolphin Safe, que garante um selo de qualidade para os produtos comercializados em relação ao tipo de pesca realizada da mesma e também como anunciado pela emissora Globo no dia 21 de agosto de 2006 através de seu telejornalismo no programa do Jornal Hoje países passarão a não importar produtos brasileiros que provenham de regiões que tiveram áreas desmatadas ilegalmente por um período de dois anos. Fatos como esse talvez force o país a fiscalizar e politizar melhor e de forma mais inteligente ações criminosas e corruptivas vistas todos os dias.

A elevação desde o início do século passado está entre 8 e 20 centímetros. Em certas áreas litorâneas, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 metros na maré alta. Estudos da ONU estimam que o nível das águas suba um metro até o fim deste século e, que cidades à beira mar, como Recife e Santos, precisarão ser protegidas por diques.

A ONU estima que 150 000 pessoas morram anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados diretamente ao aquecimento global e, que em 2030, o número dobrará.

A única solução para salvarmos o planeta e continuarmos a habitá-lo é o investimento em políticas sadias e em uma educação de excelente qualidade, só assim é que garantiremos nossa permanência no planeta.

Revolução e evolução são necessárias, mas se pararmos para refletir nas ações antrópicas desde o descobrimento do fogo percebemos uma crescente escala de destruição. A sustentabilidade se perdurou por muitas centenas de anos, e hoje, praticamente se perdeu ao longo da história. A necessidade de alcançarmos novamente a sustentabilidade é precisa e se faz necessária em caráter de urgência.

Enquanto os países que comandam a economia mundial não se sensibilizarem e realmente incorporarem a real necessidade de mudança, enquanto não pararem de pensar local somente em benefícios economicamente e politicamente vantajosos à sua nação ao invés de pensar em âmbito global, estaremos a mercê de toda a fúria que a natureza ainda nos guarda.

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