Imperialismo e o Golpe de 64 no Brasil
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Imperialismo
Política de expansão de poder e dominação de um estado sobre outros. Justificativa de levar civilização e cultura aos povos considerados “não evoluídos”.
Japão
Após um tratado com os EUA, o Japão passa por um período denominado Era Meiji, centralizando o poder em torno do imperador, proporcionando um período de industrialização e modernização econômica. Ocidentalização do país: mudança da capital, escolas de modelo europeu, nova constituição. Tornou-se um país colonizador na corrida imperialista.
EUA
Em vez de anexar territórios, os EUA focavam na influência econômica e política. Após a vitória na guerra contra a Espanha, receberam as Filipinas e Porto Rico como propriedade. Cuba passou a ser influenciada pelos EUA. A Emenda Platt permitia intervenção militar caso os interesses americanos fossem contrariados (política do Big Stick). Influência no Panamá: apoiaram a construção do Canal do Panamá, garantindo seu controle.
Tipos de Imperialismo
Formal
Dominação política e econômica completa sobre territórios ocupados (África e Ásia).
Informal
Dominação econômica sobre países politicamente independentes (maioria na América Latina).
República Populista: Jango e o Golpe de 64
No início da década de 1960, o Brasil vivia grande agitação política. Após a renúncia de Jânio Quadros, João Goulart (Jango) assumiu. Jango defendia medidas consideradas de esquerda e planejava reformas de base para reduzir as desigualdades sociais, como:
- Reforma eleitoral
- Reforma bancária
- Reforma educacional
- Reforma agrária (principal)
As elites, temendo perder poder econômico, adotaram medidas para enfraquecer o presidente, como a implementação do parlamentarismo, que transferiu funções do Executivo para o Congresso (dominado pelas elites). O presidencialismo foi restabelecido por plebiscito em 1963.
Para enfrentar a crise econômica e a instabilidade, Jango propôs mais reformas: controlar remessas de lucro ao exterior, democratizar meios de comunicação e estender o voto aos analfabetos. Essas propostas aceleraram a reação conservadora, criando o clima para o Golpe de 1964.
O estopim para o golpe militar foi em março de 1964, quando Jango anunciou a reforma agrária e a nacionalização de refinarias estrangeiras de petróleo.
A elite reagiu: imprensa, clero conservador e empresariado organizaram a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” em São Paulo, reunindo milhares de pessoas. Os manifestantes repudiavam as tentativas de reforma e defendiam os valores tradicionais.
Em 31 de março de 1964, os militares iniciaram a tomada do poder, depondo Jango. Em 2 de abril, João Goulart deixou Brasília rumo a Porto Alegre, e Ranieri Mazzilli assumiu interinamente a presidência. Dias depois, Jango exilou-se no Uruguai.