Imperialismo e Neocolonialismo: Expansão Global e Conflitos

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O Imperialismo e o Neocolonialismo: Expansão Global

O imperialismo foi uma consequência direta do processo da Revolução Industrial. O crescimento do capitalismo, a alta produtividade, o avanço tecnológico e o acúmulo de capital excedente foram grandes fatores que geraram uma corrida imperialista.

O Neocolonialismo

O termo “Neocolonialismo” refere-se à expansão imperialista dos países industrializados em direção a outras regiões, como Ásia e África. Seus objetivos eram distintos daqueles que moveram o expansionismo marítimo e a descoberta da América, focando na exploração de recursos e mercados.

A Partilha da África

Atraídos por riquezas naturais africanas, como borracha, marfim, minérios e diamantes, países europeus exploraram praticamente toda a extensão do continente. Os pioneiros foram ingleses e franceses, mas, após as unificações da Itália e Alemanha, a disputa por colônias africanas aumentou as rivalidades entre as potências europeias.

A Conferência de Berlim (1884-1885)

A Conferência de Berlim tornou oficial o processo de colonização da África, determinando que o país que ocupasse definitivamente o território pretendido deveria investir capital e colonizar efetivamente a região.

Justificativas e Impactos da Colonização

A justificativa para a violenta exploração da mão de obra era a alegação de que o colonizador estava trazendo progresso e desenvolvimento para regiões “atrasadas”, beneficiando a população local. O avanço da medicina também contribuiu significativamente para o domínio europeu; doenças como a malária, que dificultavam a presença do homem branco na região, foram superadas com a descoberta de substâncias como o quinino.

O Imperialismo na Ásia

China e Índia foram duas das regiões mais cobiçadas do continente asiático por países europeus, como Inglaterra e França. Holanda, Estados Unidos e Japão também dominaram territórios ao sul do continente asiático.

A China e o Comércio do Ópio

A China atraiu o interesse de diversas potências imperialistas. Estabeleceram-se lucrativos negócios na China com artesanato e produtos como seda e chá, que eram bastante cobiçados. No entanto, foi o Ópio o produto mais prejudicial do imperialismo estrangeiro na China, devido ao domínio imposto pelos britânicos.

O Ópio, extraído da papoula, era importante para a indústria médica, mas também podia ser comercializado ilegalmente e consumido como entorpecente pela população. O governo chinês proibiu a venda da droga, e o choque entre as leis chinesas e os interesses britânicos resultou na chamada Guerra do Ópio.

A Guerra dos Boxers (1899-1901)

A Guerra dos Boxers foi um movimento criado para protestar contra as ações imperialistas ocidentais, indicando o desejo de expulsar estrangeiros do país. Os Boxers chegaram a destruir algumas missões religiosas e a matar chineses convertidos e estrangeiros que ocupavam o país.

A Revolta dos Cipaios (1857)

A mais significativa reação contra o imperialismo inglês foi a Revolta dos Cipaios. Espalhou-se a notícia de que os cartuchos de armas por eles utilizados eram engordurados com gordura de vaca ou porco. Se a graxa utilizada nos cartuchos realmente fosse de porco, feria a crença de muitos soldados muçulmanos, pois não queriam morder os cartuchos para não ter contato com a gordura do animal.

O Imperialismo nas Américas: Doutrina Monroe e Big Stick

O interesse dos Estados Unidos na América Latina foi garantido pela Doutrina Monroe. Foi também a época de luta pela independência das colônias espanholas na América, e os EUA se apressaram em apoiar a emancipação das mesmas e condenar ações europeias. A doutrina foi sintetizada pelo presidente Monroe na frase: “América para os americanos”.

A política do Big Stick foi uma ação do governo dos EUA sob Theodore Roosevelt, resumida na frase: “Falar manso, mas com o porrete na mão”.

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