Implantação de Povoamentos Florestais: Guia Prático

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Implantação de povoamentos florestais:

Escolha do local de plantio: Respeitar a aptidão agrícola e as Áreas de Preservação Permanente (APP) e a reserva legal.
Escolha da espécie: Considerar o mercado consumidor, as exigências de clima e solo, a finalidade do plantio, o tempo de rotação da cultura, a produtividade e rentabilidade do plantio, o custo de implantação e a qualidade do produto para o mercado.
Rotação ou período de rotação: Tempo planejado, medido em anos, entre o estabelecimento e a colheita do povoamento florestal.
Ciclo de corte: Período programado para o corte final ou o intervalo planejado entre dois cortes de regeneração no mesmo povoamento florestal.
Remoção da vegetação: Considerar a densidade da vegetação e a topografia do terreno. Métodos: Manual (foice e enxada), Mecanizado (máquinas agrícolas), Químico (herbicidas) e Uso de fogo.
Talhões: Devem ser dimensionados com no máximo 300 m de largura e comprimento variando de 500 a 1000 m. Talhões são áreas geralmente retangulares, divididas por estradas ou faixas de terra sem vegetação, denominadas aceiros (que também servem como proteção dos talhões contra incêndios).
Aceiros: São faixas de terreno sem vegetação, onde o solo mineral é exposto.
Após a limpeza ou roçada do terreno, é feita a locação da área de plantio, dos aceiros, das curvas de nível, das linhas de plantio e das covas. Sistemas de alinhamento: Esquadria (quadrado ou retângulo) – para áreas planas. Quincôncio (triângulo) – para áreas em declive.
Destoca: Operação cara e demorada que consiste na remoção de tocos, sendo mais indicada para plantios extensivos.
Combate à formigas: Iscas granuladas (utilização não é recomendada em períodos chuvosos). Brometo de metila e os sistemas de termonebulização (usados com sucesso, inclusive nos períodos chuvosos). Formicidas em pó. Principais: Sauva, quenquém, cabeça de vidro.
Preparo do solo: Fornecer condições adequadas para o plantio e posterior estabelecimento das mudas no campo. Redução da competição pelas ervas daninhas. Melhoria das propriedades físicas do solo. Operação influenciada pelas: Condições físicas do solo, Topografia, Cobertura vegetal existente.
Preparo do solo - convencional: Pode consistir em uma aração e duas gradagens.
Aração: Tem como objetivo a destruição dos restos da soqueira ou da cultura anterior e a incorporação e decomposição dos restos culturais existentes.
Arado: Realiza a inversão da camada do solo, ou o revolvimento propriamente dito do solo, deixando a superfície irregular.
Gradagem: Tem o objetivo de romper blocos de terra e nivelar o terreno. Pouco antes do plantio, deve ser feita nova gradagem com o objetivo de controlar plantas daninhas e preparar o nivelamento do terreno para a sulcação.
Grade: Destorroadora/niveladora que regulariza a superfície deixada pelo arado, nivelando-a.
Preparo do solo - cultivo mínimo: Subsolagem diretamente nas linhas de plantio.
Calagem: No caso do eucalipto, como fonte de Ca e Mg, recomenda-se a aplicação de calcário dolomítico, nas doses de 1 a 2,5 t/ha.
Espaçamento: O espaçamento adotado para o plantio influencia: O crescimento das árvores, a qualidade da madeira produzida, a idade de corte/os desbastes, as práticas de manejo e, consequentemente, os custos de produção.
Espaçamento: Maior espaçamento diminui o custo com a aquisição de mudas, mas aumenta o número de capinas ou roçadas necessárias, Volume, Diâmetro e Altura.
Qualidade das mudas: Tempo de viveiro: idade até 90 a 100 dias, 15 a 25 cm de altura, Diâmetro de colo > 2mm, Bom sistema radicular.
Adubação: Sugere-se a aplicação de 10 kg de N/ha e de 20 kg de K2O/ha. Buscar o adubo formulado que melhor atenda: NPK 6-30-6, com doses variando de 100 a 150 g/muda.
Aplicação: Mecanizada: em filete contínuo. Manual: em coveta lateral.
Cobertura: Primeira: 75 e 90 dias após o plantio. Segunda: 6 e 9 meses após o plantio.
Sistema de talhadia: É o sistema de manejo dos brotos das cepas de um povoamento florestal desbastado. Sistema usado para diminuir os custos de implantação de uma nova plantação e quando o propósito deste novo ciclo é o de gerar madeira de menores dimensões.
Coroamento: Prática da limpeza ao redor da muda e preparo para adubação. Deve ser realizado assim que possível, através de uso de herbicidas de pré-emergentes ou mecanicamente, com enxada.
Tratos silviculturais: Visam uma melhoria das condições de crescimento de indivíduos isolados ou alterações das condições ambientais em povoamentos para melhorar a estabilidade biológica. Desbaste, Poda (desrama): Madeira livre de nós, Facilita o acesso à floresta, Reduz os incêndios florestais.

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