Importância do Coeficiente de Descarga em Medidores Deprimogêneos
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Por que é necessário conhecer o coeficiente de descarga em um medidor deprimogênio? Descreva o que significa esse parâmetro e como ele é obtido.
O coeficiente de descarga (Cd) é um coeficiente que relaciona a vazão idealizada (teórica) e a vazão real.
Cd = m real / m teórico
Para a determinação da vazão real por um medidor deprimogêneo, é necessário conhecer o coeficiente de descarga, uma vez que este estabelece a relação entre a vazão real (desejada) e a teórica (calculada).
Pode-se obter o coeficiente de descarga de uma placa de orifício normatizado a partir da norma ISO 5167, utilizando a fórmula de Reader-Harris-Gallagher.
O coeficiente de descarga de uma placa de orifício é definido como a razão entre a vazão mássica real e a vazão teórica. Por que essa razão não é igual a 1?
Como o coeficiente de descarga representa a razão entre a vazão real e a teórica, afirmar que ele é 1 significa que a modelagem teórica representa completamente o que ocorre na realidade. Na prática, essa modelagem teórica é baseada em várias hipóteses simplificadoras para facilitar o trabalho matemático do equacionamento. Com isso, a razão não será igual a um.
Explique por que o coeficiente de descarga deve ser calculado iterativamente caso o número de Reynolds na placa de orifício normatizado seja menor que 104.
O cálculo do Cd, segundo a norma, é feito pela fórmula de Reader-Harris-Gallagher. Essa fórmula depende do número de Reynolds. O número de Reynolds depende da vazão mássica real, e a vazão mássica real depende do Cd. Com isso, é necessário utilizar um processo iterativo de cálculo para determinar o valor de Cd.
Nos casos de Reynolds maior que 104, o Cd é constante, com valor 0,62, então não é necessário esse cálculo iterativo. Mas nos casos em que o Reynolds é menor que 104, o Cd varia com o Reynolds, o que torna o processo iterativo necessário.
De acordo com os cálculos da placa de orifício, o coeficiente de descarga está sub ou superdimensionado? Justifique com base nas hipóteses adotadas para modelar a placa de orifício. A medição é invalidada se ele estiver subdimensionado?
Para o cálculo da placa de orifício, são levadas em conta diversas hipóteses e simplificações, como:
- Simetria radial
- Simetria angular
- Escoamento unidimensional
- Regime permanente
- Escoamento invíscido
- Escoamento ao longo de uma linha de corrente
- Ausência de curvatura nas linhas de corrente
- Velocidade uniforme
- Escoamento incompressível
Isso faz com que a vazão teórica gere uma estimativa maior do que a real, uma vez que o teórico não representa de modo preciso as perdas de escoamento do caso real. Com isso, o modelo teórico está superestimando o que ocorre na realidade; no entanto, através do fator Cd, ele é corrigido para representar a vazão real.
A aferição da pressão por manômetro em U e digital em paralelo (na mesma linha de seção transversal) fornece algum problema?
Pelo princípio de Pascal, indica-se que os pontos nessa condição estão na mesma pressão, já que eles estão na mesma linha transversal. Como o experimento foi feito ainda em tomadas de canto, os efeitos que a perda de carga poderia causar não ocorrem no sistema, já que a velocidade próxima à parede é desprezível.
Uma ligação em T influenciaria a medição?
A ligação em T não influencia, pois essa perda causada por ela é muito pequena, partindo do ponto que o líquido está parado no tubo.