Imunologia Essencial: Autoimunidade, Vacinas e Soroterapia
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Autoimunidade
1. Hipóteses para Doenças Autoimunes
Duas hipóteses para a ocorrência de doenças autoimunes são:
- Falha no processo de autotolerância (linfócitos B e T autorreativos).
- Mimetismo antigênico entre patógeno e hospedeiro.
2. Doenças Autoimunes e Seus Mecanismos
Os mecanismos envolvidos nas doenças autoimunes são os mesmos conhecidos na hipersensibilidade. Abaixo, quatro exemplos e seus principais mecanismos imunológicos:
Diabetes Tipo I
Autoanticorpos contra células beta do pâncreas.
Hipotireoidismo
Autoanticorpos contra proteínas da tireoide.
Artrite Reumatoide
Autoanticorpos contra as próprias imunoglobulinas do tipo IgG, formando imunocomplexos.
Lúpus Eritematoso Sistêmico (Lúpus)
Autoanticorpos contra hemácias e/ou plaquetas, e DNA, formando imunocomplexos.
3. Diferenças entre Diabetes Tipo 1 e Tipo 2
Diabetes Tipo 1
As células pancreáticas são reconhecidas por autoanticorpos, que ativam o sistema complemento e a Citotoxicidade Celular Dependente de Anticorpos (ADCC) para destruir essas células. São justamente as células produtoras de insulina. Portanto, a pessoa deve tomar injeções diárias de insulina, já que não a produz mais. É uma doença autoimune.
Diabetes Tipo 2
Os receptores celulares, por onde a insulina produzida pelo pâncreas entra nas células, desgastam-se ou perdem a função com o decorrer da idade, deixando muita insulina livre na circulação. Por isso, a presença de glicose na urina pode indicar essa doença, e o indivíduo deve manter a alimentação controlada.
4. Tratamentos para Doenças Autoimunes
O principal tratamento envolve corticoides, que são drogas imunossupressoras. Elas visam manter o sistema imune mais fraco ou amenizado. No entanto, esse tipo de tratamento aumenta o risco de infecções e tumores para o indivíduo.
Vacinação e Soroterapia
5. Proteção Imunológica: Passiva vs. Ativa
Proteção Passiva
Envolve a administração de anticorpos prontos, como na soroterapia e na amamentação.
Proteção Ativa
Resulta do estímulo com o antígeno (atenuado ou inativo) para gerar uma resposta imune (RI) e memória imunológica.
6. Classificação das Vacinas
As vacinas são classificadas em:
- Atenuadas ou Vivas
- Inativadas ou Mortas
- Vacinas de DNA
- Produtos de Patógenos (ex: toxoides)
7. Vacinas Atenuadas vs. Inativadas: Vantagens e Exemplos
Vacinas Atenuadas (Vivas)
- Menor número de reforços ou nenhum.
- Estimulam bem a resposta imune celular e humoral.
Exemplos: BCG, Febre Amarela, Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba).
Vacinas Inativadas (Mortas)
- Maior número de reforços.
- Sem risco de reversão da doença ou de transmissão.
Exemplos: Hepatite B, Tríplice Bacteriana (difteria, tétano e coqueluche).
8. Vias de Administração de Vacinas
As principais vias de administração são:
- Oral
- Intradérmica
- Intramuscular
- Subcutânea
Essas diferenças existem porque cada local de administração pode ativar melhor uma determinada resposta imune (humoral, celular ou ambas).
9. O Papel dos Adjuvantes em Vacinas
Os adjuvantes têm o papel de potencializar a resposta imune (RI). Normalmente, são associados às vacinas com antígenos inativados e toxoides.