A Independência dos EUA e seu Impacto na Europa e América Latina

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A Independência dos Estados Unidos e sua Influência na Europa

Origens da Colonização Americana

A Espanha, com vastos domínios, reivindicava grande parte do continente americano. Os puritanos opunham-se aos anglicanos. Homens que haviam sido perseguidos tornaram-se os primeiros colonizadores.

A Espanha focou-se no sul, deixando as latitudes do norte e o ambiente selvagem. Os britânicos, em sua busca por colônias, estabeleceram-se no norte. Muitos dos primeiros colonos eram pessoas marginalizadas ou prisioneiros, enviados para as colônias como forma de punição ou exílio.

A Guerra de Independência Americana

Causas e Tensões Iniciais

A Inglaterra, como potência colonial, começou a ver seus interesses atacados pelos colonos americanos. Ela via as colônias como um mercado para produtos industriais (chá, têxteis, etc.). Após a Guerra dos Sete Anos (ou Guerra Franco-Indígena), vencida pelos britânicos, a França e a Inglaterra tinham territórios na América do Norte.

As 13 colônias americanas não tinham representação no Parlamento Britânico, o que gerava grande insatisfação. A Inglaterra, em dificuldades econômicas, impôs altos impostos sobre as colônias, ignorando a oposição dos colonos.

O Boston Tea Party e a Escalada

Em 1774, um navio carregado de chá chegou a Boston. Os colonos, que se recusavam a pagar os impostos sobre o chá, impediram o descarregamento da carga. Após vários dias, membros da Associação dos Rebeldes, conhecidos como Filhos da Liberdade (Sons of Liberty) – grupo que já se opunha aos impostos britânicos há anos – invadiram o navio e lançaram o chá ao mar.

A tensão atingiu o auge. Os britânicos reagiram enviando uma frota a Boston, com ordens para não agravar a população, temendo uma revolta. Os colonos, disfarçados de indígenas, jogaram cerca de 300 caixas de chá no mar, um ato que intensificou a tensão e foi visto como um levante.

O Início do Conflito e a Declaração

O principal líder dos colonos era George Washington. A frota britânica chegou a Boston, representando uma ameaça, mas sem atacar diretamente. Em 1774, os americanos realizaram o Primeiro Congresso Continental na Filadélfia, onde decidiram boicotar os produtos britânicos.

Em 1775, foi criada uma comissão para formular os princípios da independência. Em 1776, uma nova conferência na Filadélfia, com a maioria da burguesia, resultou na Declaração de Independência.

Apoio Internacional e Vitória Final

Os britânicos não renunciaram, e a guerra inicialmente lhes foi favorável, explorando as divisões entre as colônias. No entanto, em Saratoga, em 1777, os britânicos foram derrotados e capitularam.

Os britânicos tentaram aplicar o tipo de guerra europeia. Em 1778, a França e, em fevereiro de 1779, a Espanha, aliaram-se aos rebeldes americanos.

Apesar de algumas derrotas, os colonos, com o apoio franco-espanhol, obtiveram uma vitória decisiva em Yorktown em outubro de 1781, levando à capitulação britânica. A Inglaterra reconheceu a independência das colônias com o Tratado de Versalhes (1783). Este tratado também redefiniu territórios coloniais:

  • Inglaterra: Cedeu Senegal e Louisiana.
  • França: Recebeu São Pedro e Miquelon.
  • Espanha: Recuperou a Flórida e Menorca, mas não Gibraltar.

O Primeiro Presidente dos EUA

O primeiro presidente dos EUA foi George Washington.

Thomas Jefferson e os Ideais da Revolução

Entre os teóricos da revolta, destaca-se Thomas Jefferson, que defendia o direito dos povos de governar a si mesmos. Ele foi o terceiro presidente dos EUA, servindo entre 1801 e 1809, e é considerado um dos Pais Fundadores da Nação.

Influência do Iluminismo

Os filósofos do Iluminismo, como Montesquieu e Rousseau, influenciaram os ideais da revolução, assim como as ideias econômicas de Adam Smith.

Impacto na Europa e América Latina

A França celebrou o triunfo americano, que inspirou a Revolução Francesa, um movimento transcendental. A Espanha, embora relutante em aceitar os ideais de independência, não conseguiu conter sua disseminação. Um paradoxo notável foi a chegada das tropas de Napoleão à Espanha, trazendo consigo os princípios da Revolução Francesa.

Na América Latina, a independência dos EUA ecoou, aproveitando-se das Guerras Napoleônicas na Espanha. Muitos nativos que estudaram carreira militar na metrópole tornaram-se defensores da independência dos estados do sul.

A revolta na América Latina, impulsionada por figuras como os líderes locais e criollos que visitaram a metrópole em 1812, culminou no fim dos três grandes impérios coloniais na região: França, Espanha e Inglaterra.

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