Individualismo, Estado e Economia de Mercado: Uma Análise
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O progresso geral da sociedade é impulsionado quando os mais talentosos desejam destacar-se, ajudando, dessa forma, o avanço coletivo.
Individualismo e Instituições Sociais
Este conceito não parte do pressuposto de que o ser humano seja egoísta ou deva sê-lo. Parte, apenas, do fato incontestável de que os seres humanos seguem valores distintos ou parciais da sociedade, e, algumas vezes, até conflitantes. O sistema de objetivos do indivíduo deve ser soberano, não devendo estar sujeito aos ditames alheios. Esse ponto de vista não exclui a existência de fins sociais ou a possibilidade de uma coincidência de objetivos individuais. Quando os indivíduos se aliam com a finalidade de realizar objetivos que possuem em comum, são conferidas às organizações formadas por eles para este fim, como, por exemplo, o Estado, uma esfera separada e limitada, dentro da qual seus objetivos serão supremos. Os limites dessa esfera são determinados pelo grau de consenso dos indivíduos acerca de objetivos específicos; e a probabilidade de que eles concordem a respeito de alguma ação diminui à medida que se amplia o âmbito da mesma. Porém, não é possível estender de modo contínuo a esfera de ação comum sem reduzir, ao mesmo tempo, a liberdade do indivíduo. Embora o Estado só controle diretamente o uso de uma grande parte dos recursos disponíveis, os efeitos de suas decisões sobre a parte restante do sistema econômico se tornam tão acentuados que, de forma indireta, ele passa a controlar quase tudo. Sendo assim, os objetivos individuais cuja realização não dependa do Estado serão poucos, pois quase todos serão abrangidos pela escala de valores que orienta o Estado.
Democracia e Justiça Social
Mercado e Propriedade
A Economia de Mercado é o sistema social baseado na divisão do trabalho e na propriedade privada dos meios de produção. O Estado não interfere nas atividades dos cidadãos, as quais são dirigidas pelo mercado. O Estado protege a vida, a saúde e a propriedade do indivíduo contra a agressão violenta ou fraudulenta por parte de inimigos internos e externos. Assim, o mercado cria e preserva o ambiente onde a economia de mercado pode funcionar com segurança. O indivíduo, por vontade própria, se integra num sistema de cooperação. O mercado o orienta e lhe indica a melhor maneira de promover o seu próprio bem-estar, bem como o das demais pessoas. O mercado comanda tudo. O mercado é um processo impulsionado pela interação das ações dos vários indivíduos que cooperam sob o regime da divisão do trabalho. Não há nada no mercado que não seja humano. O fato de o Estado ou da municipalidade possuírem e operarem algum tipo de instalação industrial não altera as características essenciais da economia de mercado. E, portanto, dependem dos consumidores que lhes podem dar ou negar preferência. Precisam empenhar-se para obter lucros ou, pelo menos, para evitar prejuízos.