Indústria 4.0 e os Desafios para o Brasil
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Indústria 4.0: A Quarta Revolução Industrial e os Desafios para o Brasil
O termo Indústria 4.0 surgiu na feira de Hannover em 2011, sendo utilizado para denominar o projeto alemão de promover um grande salto de competitividade por meio da aplicação de novas tecnologias no mundo da manufatura.
Seu principal objetivo era promover o revigoramento do tecido industrial germânico e o fortalecimento das suas exportações de equipamentos e soluções “inteligentes”.
Pensamento Desenvolvimentista
Prioriza o poder econômico e produtivo dos países no cenário internacional, considerando três condicionantes:
- Contexto específico: características exclusivas do país onde a intervenção é realizada;
- Tempo histórico: ter conhecimento sobre a fase de desenvolvimento do país em que estão sendo praticadas políticas ativas;
- Contexto internacional: no decorrer do tempo, o cenário internacional contribui para concluir se as políticas intervencionistas devem ser adotadas ou rejeitadas, de modo a facilitar ou dificultar a ação de um Estado específico.
Para os desenvolvimentistas, a atuação do Estado deve ser ativa e não somente corretiva. O conceito “desenvolvimentista” descreve um Estado que combina taxas de crescimento elevadas e sustentadas com alterações na estrutura do sistema produtivo.
A intervenção se faz necessária para apoiar e proteger a indústria nascente. É defendido por John Stuart Mill e, posteriormente, por Friedrich List que, ao se instalar em um país, é provável que a indústria tenha custos mais elevados que os vigentes em países onde a atividade já se encontra consolidada.
Portanto, a não intervenção do governo levaria à manutenção de uma divisão internacional do trabalho. Logo, quanto mais tardio for o processo de industrialização do país, maior será o nível de intervenção do Estado para garantir o desenvolvimento das forças produtivas.
Política Industrial no Brasil
De acordo com a tese de José Tavares de Araújo Jr., uma das contribuições da literatura recente que restaurou a reputação acadêmica da noção de política industrial foi a de haver substituído as antigas teses de proteção à indústria nascente e promoção de campeões nacionais por modelos teóricos que procuram esclarecer os vínculos entre inovação, estratégias de competição e incentivos governamentais (Acemoglu et al., 2013; Aghion et al., 2012; Cohen, 2006; Edquist e Chaminade, 2006).
Com base nesses modelos, é possível estudar um dos aspectos centrais dos padrões contemporâneos de organização industrial, que tem sido a interação entre o custo crescente da inovação tecnológica e a fragmentação da produção nas indústrias de montagem, advinda do declínio radical nos custos de transação ocorrido nos últimos 30 anos em virtude das novas tecnologias de informação. Para competir nesse ambiente, as empresas de qualquer país precisam dispor de recursos materiais e institucionais para lidar com ambos os fenômenos. Do lado dos investimentos em P&D, acentuaram-se as três características principais descritas no artigo clássico de Arrow (1962):
- as economias de escala e escopo inerentes a essas atividades;
- o grau de incerteza quanto aos resultados a serem obtidos;
- o risco de que as inovações geradas pela empresa sejam apropriadas rapidamente pelos concorrentes.