Inflação: Tipos, Teorias e Impactos na Economia
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Tipos de Inflação
Inflação de Demanda
Ocorre devido ao excesso de demanda em relação à oferta. Pode ser causada por:
- Aumento da renda disponível;
- Expansão dos gastos públicos;
- Expansão do crédito e redução das taxas de juros;
- Expectativa dos agentes econômicos.
Inflação de Custos
Ocorre devido a pressões de custos e consequente repasse para os preços. Pode ser causada por:
- Aumento da taxa de juros;
- Desvalorização cambial;
- Aumento dos preços de produtos importados;
- Aumento do custo da mão-de-obra;
- Aumento de impostos.
Inflação Inercial
Está associada aos mecanismos de indexação da economia (reajuste de preços a partir da constatação da inflação). A previsão de inflação faz aumentar preços, câmbio, salários, ativos financeiros, etc. A inflação torna-se rígida mesmo sem haver inflação de demanda ou de custos.
Teorias da Inflação
Teoria Monetarista
Segundo a teoria monetarista, a causa básica da inflação é a emissão superior de moeda às necessidades da economia.
MV = PQ
- M: Volume de moeda;
- V: Velocidade de circulação da moeda;
- P: Nível de preços da economia;
- Q: Quantidade produzida pela economia.
Exemplo: M=200, V=1, Q=100. Então, 200x1 = Px100, logo P = 2.
Teoria Keynesiana
Segundo a teoria keynesiana, a inflação está associada ao excesso de gastos públicos. Os preços dos fatores de produção (mão-de-obra, máquinas, etc.) aumentam, provocando aumento dos custos e causando inflação. Choques de oferta (quebra de safra, aumento dos preços do petróleo, etc.) também causam inflação.
Teoria Estruturalista
Segundo esta teoria, os setores da economia crescem a ritmos diferentes, causando excesso de demanda em mercados cuja oferta não tem capacidade de resposta. Existe a tese da incompatibilidade distributiva, onde diferentes grupos sociais tentam aumentar a participação no PIB, fazendo com que a soma das tentativas seja superior ao tamanho do PIB.
Teoria Inercialista
Segundo esta teoria, os mecanismos de indexação constituem uma parcela importante na explicação do processo inflacionário, dada a correção automática dos principais preços da economia (salários, câmbio, ativos financeiros, etc.). Como solução, propõe-se o congelamento de preços e salários e a troca da moeda.
Estruturas de Mercado
Concorrência Perfeita
Existe oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), tornando o preço desse fator constante.
Monopólio
Apenas uma empresa, sem substitutos próximos. A empresa tem poder e há barreiras para novas empresas.
Monopsônio
Há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos.
Oligopólio
Pequeno número de empresas, produto homogêneo ou diferenciado. Poder com interdependência e barreiras para novas empresas.
Oligopsônio
Existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores (ex.: indústria de laticínios).
Concorrência Monopolística
Grande número de empresas, produto diferenciado, pouca margem de manobra e sem barreiras.
Monopólio Bilateral
Ocorre quando um monopsionista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator.
Indicadores Econômicos
Aumento do IPC
O consumidor gasta mais dinheiro para manter o mesmo padrão de vida. A inflação é o termo usado para descrever esta situação.
Diminuição do IPC
O consumidor gasta menos dinheiro para manter o mesmo padrão de vida.
Inflação
Processo de aumento contínuo e generalizado nos níveis de preços.
Deflação
Queda persistente do nível geral de preços.
Bens Intangíveis
Representados por todos os tipos de serviços, como cortes de cabelo, consultas médicas e faxina.
Bens Tangíveis
Representados por todos os tipos de produtos, como alimentos e produtos de confecção.
PIB per capita
Obtido com a divisão do PIB pelo número de pessoas na economia. Indica a proporção de riqueza gerada correspondente a cada habitante do país.
Produção e Fatores de Produção
Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para venda no mercado.
Inputs: Compra de insumos - mão-de-obra, capital físico, área (terra), matéria-prima.
Outputs: Venda de produtos no mercado.
Fatores de Produção Fixos: Permanecem inalterados quando a produção varia (ex.: capital físico e instalações).
Fatores de Produção Variáveis: Alteram-se com a quantidade produzida (ex.: mão-de-obra e matéria-prima).
Produto Total (PT): Quantidade total produzida em determinado período.
Produto Médio: Relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção em determinado período.
Produto Marginal: Variação do produto dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção em determinado período.
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento Econômico: Crescimento contínuo da renda per capita ao longo do tempo. Ênfase em questões de curto prazo ou conjunturais, relacionadas com políticas de estabilização (nível de atividade, emprego e preços).
Desenvolvimento Econômico: Conceito qualitativo. Melhora dos indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia). Estratégias de longo prazo para crescimento econômico equilibrado e autossustentado.
Fontes de Crescimento: Elementos da Função de Produção Agregada (Capital e Mão de Obra):
- Aumento da força de trabalho (crescimento demográfico/imigração);
- Aumento do estoque de capital (capacidade produtiva);
- Melhoria na qualidade da mão-de-obra (educação/treinamento);
- Melhoria tecnológica, aumentando a eficiência na utilização do capital;
- Eficiência organizacional (interação eficiente dos insumos).
Estratégias de Desenvolvimento
Industrialização: Estratégia de substituição de importações (décadas de 50/60).
Abertura Comercial: Poupança elevada, investimento em educação e políticas fiscais cuidadosas, com orçamento do governo relativamente pequeno em relação ao PIB (ex.: Tigres Asiáticos - Coreia, Taiwan, Hong Kong e Cingapura).
Restrição do elevado crescimento populacional (renda per capita).