Inflamação Crônica: Causas, Sintomas e Tratamento
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Inflamação Crônica
Enquanto a inflamação aguda envolve reações exsudativas, onde células e proteínas plasmáticas deixam os vasos sanguíneos e invadem os tecidos, a inflamação crônica (resposta inflamatória que persiste por mais de alguns dias ou semanas) é caracterizada por respostas proliferativas, onde as células são estimuladas a se multiplicar.
Desenvolvimento da Inflamação Crônica
A inflamação crônica pode se desenvolver de duas maneiras, dependendo dos estímulos:
- Substituindo uma resposta inflamatória aguda não resolvida.
- Desenvolvendo-se na ausência de uma resposta aguda (primária), como quando um agente infeccioso é de baixa toxicidade.
Características da Inflamação Crônica
A resposta inflamatória crônica é caracterizada por:
- Proliferação de: Fibroblastos, Elementos vasculares.
- Infiltração de células redondas: Linfócitos, Plasmócitos e Macrófagos.
A inflamação crônica está frequentemente associada com destruição irreversível do parênquima normal (cicatriz). Isso pode resultar em perda de função. A inflamação crônica pode não ser percebida pelo paciente, levando à perda do órgão afetado por ausência de diagnóstico. Isto ocorre por falta dos sinais proeminentes na inflamação aguda: tumor, calor, rubor, dor.
Transição de Aguda para Crônica
Um processo inflamatório agudo pode tornar-se crônico? Sim. Como exemplo temos o abscesso crônico: infecção supurativa envolve bactérias piogênicas. Estas incluem estafilococos, bacilos gram-negativos, meningococos, pneumococos e gonococos.
Quando estas infectam a pele ou um órgão sólido: Abscesso: acúmulo localizado de pus, exsudato inflamatório, tecido necrótico.
Fatores que Contribuem para a Cronicidade:
- Drenagem inadequada
- Mobilidade (impede o processo reparativo)
- Presença de tecido necrótico (se agir como irritante)
- Irritação mecânica (sapatos mal-adaptados e dentaduras)
Papel dos Macrófagos e Células T
As células mais importantes na inflamação crônica são os macrófagos e as células T.
Ativação dos macrófagos resulta em:
- Aumento do tamanho da célula
- Aumento do número de lisossomos e enzimas lisossomais
- Aumento de rugosidades da membrana
- Formação de pseudópodos
- Aumento da quimiotaxia
- Maior habilidade para fagocitar microorganismos e matéria particulada
- Metabolismo de glicose aumentado
- Melhor capacidade para matar microorganismos ingeridos
- Aumento da capacidade de apresentação de antígenos aos linfócitos