A Influência Africana na Formação do Brasil

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Matriz Lusa

Importância da Criação das Embarcações

Portugal foi a primeira nação, muito diferente de toda a Europa. País de pescadores e navegadores, desenvolveram tecnologias com ajuda de árabes e judeus.

A invasão romana na península ibérica "comeu a alma" do povo dali. A invasão árabe ensinou muito à Europa.

Tradição do Espírito Santo: menino é coroado guia do mundo, banquete gratuito, soltavam-se os presos.

Em 1288, o português tornou-se língua oficial, a primeira universidade foi formada e Lisboa converteu-se em metrópole internacional. A centralização sobre o sagrado deu lugar à centralização econômica.

A ancestralidade portuguesa remonta aos povos celtas e gregos até a invasão romana, que impôs um latim vulgar que viria a configurar o português e o espanhol. Foi o primeiro país a ter fronteiras delimitadas e estáveis na Europa, tendo como única alternativa lançar-se ao mar para sua sobrevivência, já que à sua retaguarda estava seu inimigo espanhol. Outros povos, como judeus e a grande influência dos muçulmanos, trouxeram a experiência comercial e a tecnologia matemática, que foram combustíveis para as futuras expedições, além do pensamento filosófico grego, difundido também pelos árabes. Em 1288, o português tornou-se a língua oficial. Posteriormente, Dom Henrique iniciou uma campanha para explorar o potencial técnico naval, aproveitando a sofisticação do pensamento resultante deste processo, dando início às grandes navegações.

Matriz Afro

A África nunca foi uma realidade homogênea em termos humanos ou culturais.

Os negros formaram a massa substancial da força de trabalho que construiu o Brasil.

Ciclo da Guiné, depois Bantus.

Os Povos Bantus tinham uma longa história, produziam âmbar, criavam gado, eram agricultores e dominavam a metalurgia. Antes da chegada dos europeus, já se organizavam em estados, conheciam o comércio, a moeda e a escravidão.

O sagrado está presente em todos os aspectos da vida Bantu: mundo visível e invisível, um Deus criador de tudo, o princípio sem princípio de todo e qualquer princípio.

Culto aos ancestrais: trazem fertilidade, afastam os perigos.

O homem é o centro da criação, critério do bem e do mal. A ética negro-africana é antropocêntrica e vital.

Reino do Congo: aristocracia, homens livres e escravos. O rei possuía um ato incestuoso, capacidade de governar todas as famílias e o poder do feiticeiro.

Quando europeus e africanos se encontraram, ambos já sabiam muito bem o que era escravidão.

No século XVIII, houve uma alteração na proporção de escravos no Brasil.

Iorubás: povos, não nação. Eram chamados de Nagôs.

Arte africana: quatro pilares: pessoas, comunidade, natureza e criação.

O negro é o componente mais criativo da cultura brasileira.

Brasil Crioulo

O Brasil, nos séculos XVI e XVII, possuía a maior riqueza do mundo.

Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram províncias culturais negras.

Civilização do açúcar.

A partir de agora, veremos como a "mestiçagem", constituinte e constitutiva do nosso povo, se dá em cada região geográfica do país, que Ribeiro prefere denominar de "área cultural".

A área cultural do Brasil Crioulo abrange do estado de Pernambuco à Bahia, com uma quantidade enorme de negros vindos do continente africano para serem escravos na lavoura de cana-de-açúcar. Darcy ressalta que, durante quatro séculos (período da escravidão), vieram 100 milhões de negros da África. Deste total, apenas 12 milhões foram incorporados ao processo produtivo.

O restante morreu no trajeto, dadas as condições precárias dos "navios negreiros", ou não suportava as condições de trabalho. O autor afirma que o "negro era igual a carvão": quando um morria, colocava-se outro no lugar, sem alterar o funcionamento do sistema agroexportador da colônia, sustentado por escravos. É importante salientar que o negro era uma mercadoria (com valor-de-uso e valor-de-troca) muito valiosa, inclusive sendo, segundo Darcy, nas transações econômicas ocorridas no interior da colônia portuguesa, a "mercadoria equivalente universal" de todas as outras mercadorias.

O Brasil Crioulo mostra não apenas os aspectos nefastos da colonização e escravidão. Pelo contrário, foi a partir dessa tragédia humana e social que a cultura negra se tornou tão vigorosa a ponto de impor padrões culturais no processo de miscigenação. Essa "negrada" (palavra utilizada pelo autor não em tom pejorativo) deixou de "serem eles para tornarem-se nós, os brasileiros". A cultura africana vive em cada um de nós, é a "seiva" que nos torna mais belos como povo. As influências africanas podem ser percebidas em tudo que o brasileiro cria: na culinária, na religião, nas palavras e expressões de afeto usadas nas relações íntimas (Ex.: Cafuné e Dengo), na dança, na música e na arte.

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