Inglaterra no Século XVII: Partidos Políticos e o Grande Incêndio de Londres

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Partidos Políticos na Inglaterra do Século XVII

Os Whigs: um dos partidos foi formado por um grupo de parlamentares que ficou conhecido como Whigs, uma palavra depreciativa para designar vaqueiros ou boiadeiros. Em linhas gerais, pode-se dizer que defendiam posições mais liberais, como a liberdade religiosa, o controle do poder monárquico e as causas sociais inglesas.

Os Tories: Conservadorismo e Poder Real

Os Tories: apelidados de Tories, palavra irlandesa que significa “ladrões”, este partido tinha um perfil mais conservador e estava ligado ao poder real e à Igreja Anglicana. A principal preocupação dos Tories era a causa dos produtores e do comércio (SILVA, 2005, p. 161).

De um lado, havia o lado mais liberal, os Whigs, que controlavam as ações do rei, defendiam a liberdade religiosa e valorizavam as ações sociais. Há dois fatos importantes: o primeiro é que esses partidos surgiram a partir das tropas fiéis ao rei, os Cavaliers e os Roundheads, e das forças contrárias ao Rei na dinastia dos Stuart durante o reinado de Charles I; o outro fato é o contexto político atual, já que os partidos dos Whigs e dos Tories, indiretamente, influenciaram os atuais partidos Democrata e Republicano, respectivamente.

O Grande Incêndio de Londres e a Reconstrução

O Início do Desastre: Setembro de 1666

Na manhã de domingo, no dia 1º de setembro de 1666, o prefeito de Londres foi acordado pela notícia de que havia um incêndio em Pudding Lane, perto de sua casa. “Ora! Até uma mulher pode apagá-lo mijando!”, disse ele, voltando a dormir. O descaso do prefeito se justificava pelos constantes incêndios em Londres, causados pela construção de edifícios e casas de madeira, além da curta largura entre as ruas. Mas esse incêndio era diferente.

A Propagação e as Consequências do Fogo

O desastre que mudou a face de Londres começou numa padaria perto da cidade e continuou por três dias, até Charles II mandar explodir todos os prédios que estivessem no caminho das chamas, interrompendo sua propagação. No total, cerca de treze mil casas e 87 igrejas, incluindo a catedral medieval de São Paulo, foram consumidas pelas chamas, deixando duzentas mil pessoas sem teto.

A Reconstrução de Londres por Christopher Wren

O desastre, porém, proporcionou uma oportunidade ímpar para Charles II demonstrar o poder da Restauração na Inglaterra. Entre diversos projetos de reconstrução da cidade, ele escolheu um apresentado pelo arquiteto e professor de astronomia Christopher Wren. Wren concebeu ruas largas e retilíneas, dirigidas para o novo ponto central da cidade: a Catedral de São Paulo, reconstruída com um domo em estilo neoclássico para rivalizar com a Basílica de São Pedro, em Roma (esse mesmo estilo seria seguido posteriormente na construção do Capitólio, em Washington). Por decreto, as casas passaram a ser construídas apenas com pedras e materiais não inflamáveis. Wren supervisionou a reconstrução da cidade e, quando os trabalhos terminaram, Londres havia sido enriquecida com 53 igrejas e uma catedral.

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