Inovação em PMEs: Desafios e Soluções

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Primeiramente, é necessário combater a desinformação sobre o conceito de inovação, que pode justificar a dissonância entre o número de PMEs que afirmam inovar e o reduzido volume de vendas de novos produtos ou serviços. O conceito de inovação – que implica a criação de valor – é frequentemente confundido com outros construtos do processo de inovação, como a invenção, a ideia ou a criatividade – aos quais não é inerente a produção de valor, incluindo o sucesso comercial. Para um tecido empresarial mais informado e alinhado com as boas práticas internacionais, há pelo menos duas ações a considerar: a formação e a implementação de processos de gestão da inovação – para os quais existem inclusive uma norma nacional e uma internacional.
Em um segundo momento, é necessário considerar os limites impostos pela natureza e cultura vigente na maioria das empresas portuguesas. Na gestão da inovação, as empresas são classificadas entre as puramente “mecanicistas” – tipicamente mais tradicionais e orientadas para aumentos de eficiência operacional e para a manutenção do *status quo* – e as “orgânicas”, que se caracterizam por uma elevada tolerância ao risco, estruturas hierárquicas fluidas, elevados níveis de cooperação entre colaboradores e uma orientação clara para o crescimento disruptivo.
Nas empresas mecanicistas, a inovação é naturalmente inibida pela cultura e valores explícitos ou implícitos. Já as orgânicas têm mais facilidade em produzir inovação, pelas suas condições estruturais e culturais. A maior parte das empresas posiciona-se algures neste espectro.
Para aumentar o nível de inovação nacional, é fundamental identificar onde se encontra cada empresa e quais são os fatores que poderão estar a inibir ou a promover a inovação. Para este fim, surge um novo questionário que pretende medir o potencial inovador das empresas portuguesas, de forma a obter um diagnóstico real do panorama de inovação do país. Apenas com gestores mais informados, alinhados com as normas nacionais e internacionais e conscientes das limitações das suas organizações, será possível tirar partido da nossa real capacidade para inovar e obter resultados tangíveis e significativos.

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