John Warden e o Poder Aéreo: Estratégia e Manobras

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John Warden e o Poder Aéreo

John Warden foi um teórico que elaborou uma interpretação teórico-prática da Estratégia Aérea, que se materializou durante o primeiro conflito do Golfo Pérsico. Ganhou notoriedade em 1991 como um dos responsáveis pelo planeamento dos ataques aéreos ao Iraque na Operação Tempestade do Deserto. Desenvolveu um paradigma centrado no ar e na liderança, oposto à doutrina da AirLand Battle, que relegava o poder aéreo a um papel de apoio. No livro «The Air Campaign», Warden parte da noção de que o poder aéreo tem uma capacidade única para alcançar os fins estratégicos da Guerra com a máxima eficácia e um mínimo de custos.

A velocidade, alcance e flexibilidade associados aos recentes desenvolvimentos tecnológicos (meios furtivos - stealth, precisão dos armamentos e aviões não tripulados) permitem atacar a totalidade das capacidades e vulnerabilidades do inimigo de forma decisiva.

Para Warden, a superioridade aérea pode ser definida como a posse de um controlo suficiente do céu para levar a cabo ataques aéreos — conduzidos ou não por seres humanos — sobre o inimigo sem oposição séria e, por outro lado, para estar livre de perigosas incursões inimigas.

Tipos de Manobras do Poder Aéreo

  1. Interdição: "qualquer operação concebida para abrandar ou impedir o fluxo de homens e materiais da fonte para a frente, ou transversalmente por detrás da linha da frente". Deve-se procurar impedir que os aviões levantem voo, pois o combate aéreo entre aviões, além de imprevisível, é dispendioso, moroso e pouco eficaz. Assim, atacar a infraestrutura de apoio e/ou os próprios aviões quando ainda em terra será a melhor opção.

    Sistemas terrestres de defesa antiaérea: podem ser fáceis de contornar, pelas suas limitações de movimento e dificuldade em abranger defensivamente a totalidade territorial.

  2. Apoio Aéreo Próximo: operações aéreas em apoio das forças terrestres autonomamente, se existir um número suficiente de tropas e artilharia disponível.

Centros de Gravidade do Inimigo

O inimigo é constituído por cinco anéis concêntricos:

  1. Liderança: elementos de liderança de um inimigo ou as comunicações relacionadas com ele.
  2. Elementos Orgânicos Essenciais (Bens Essenciais), como eletricidade e combustíveis.
  3. Infraestruturas: sistemas de transporte e indústria.
  4. População.
  5. Forças Militares no Terreno.

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