A Justiça em Platão e Rousseau: Uma Análise Filosófica

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Os pré-socráticos se focavam na cosmologia; tal foco era em torno da natureza. Com a chegada dos sofistas, o foco se modificou para o campo do homem, tornando-o inteiramente o centro e criando uma relação, uma dialética, um jogo de linguagem entre os homens.
Resposta: Verdadeiro

Conceito de Justiça em Platão: A finalidade do homem em Platão é procurar transcender a realidade, buscando um bem superior em relação àquele que perdeu. Para se atingir este bem, o homem necessita viver numa "cidade perfeita": A República. Platão ensina que, para se conseguir a felicidade, deve-se renunciar aos prazeres e às riquezas, dedicando-se à prática da virtude. O que vemos aqui é que, em Platão, os conceitos de felicidade e justiça caminham juntos. Podemos definir felicidade da seguinte maneira: seguir sua própria natureza; e a definição de justiça se dá da seguinte forma: fazer aquilo que é próprio de cada um. Platão afirma que a justiça é a base para todas as virtudes; o sábio é uma pessoa virtuosa, logo, o sábio deve, por excelência, ser alguém justo. Voltando à questão das virtudes, vale lembrar que a alma humana possui três virtudes: a temperança, a coragem e a sabedoria, sendo a justiça a base dessas três virtudes, que, seguindo a mesma linha, constituirá três almas: a apetitiva, a irascível e a racional, que culmina numa distribuição harmônica de atividade na alma conforme a razão, constituindo a virtude fundamental: a justiça. Este último argumento é o ponto central de ligação entre os conceitos de sabedoria e justiça. O conceito de dar a cada um aquilo que lhe é próprio assume uma postura central dentro da organização da república platônica. Em Platão, não encontramos uma definição fechada de justiça. Ele procura trabalhar o conceito de justiça envolvendo todo o comportamento do ser humano; portanto, podemos dizer que a definição de justiça em Platão assume um caráter antropológico. Ele analisa como seria o comportamento do homem justo e do homem injusto para se chegar a descrever suas virtudes.

Justiça em Rousseau: Rousseau deixou claro que as leis sábias e justas só poderiam ser redigidas por verdadeiros deuses. No entanto, ele se afasta um pouco das ideias divinas, quando entende que, se a vontade de Deus só nos chega por homens escolhidos, a verdade se apresenta deturpada. Assim, é melhor que os homens procurem conhecer a justiça pelos seus próprios sentimentos e pela razão.

Estado: O Estado, para Rousseau, é a composição orgânica passiva, resultante da vontade geral. É um ente moral que existe como fruto do pacto social.

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