Leishmaniose: Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

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A Leishmaniose é um conjunto de doenças infectocontagiosas e zoonóticas que afetam humanos e animais. O agente etiológico compreende alguns protozoários do gênero Leishmania spp. A doença apresenta diversas formas de manifestação, de acordo com a espécie de parasita que infecta o organismo, com algumas formas atingindo apenas a pele e mucosas.

Transmissão

Na Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), a transmissão ocorre pela picada de insetos flebotomíneos (mosquitos) do gênero Lutzomyia, com período de incubação médio de 2 a 3 meses, podendo variar de 2 semanas a 2 anos. Não há transmissão de pessoa para pessoa.

Na Leishmaniose Visceral (LV), a transmissão ocorre pela picada da fêmea do flebótomo Lutzomyia longipalpis. Da mesma forma, não há transmissão de pessoa para pessoa, nem de animal para animal. O período de incubação varia de 10 dias a 24 meses, com uma média de 2 a 4 meses.

Sintomas

Na LTA, a forma clássica manifesta-se como pápulas que evoluem para úlceras e/ou placas verrucosas. A forma mucosa caracteriza-se por infiltrados e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Nas formas mais graves, pode haver dificuldade de deglutição, alteração da voz, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e, em casos extremos, morte.

Na LV, os sintomas caracterizam-se por:

  • Febre de longa duração
  • Perda de peso
  • Perda ou diminuição da força física
  • Fraqueza muscular
  • Desnutrição
  • Queda de cabelos
  • Hepatoesplenomegalia acentuada
  • Palidez na pele
  • Vários episódios de hemorragias (a amenorreia em mulheres é um exemplo)
  • Retardo no crescimento

Tratamento

O mesmo tratamento é utilizado para LTA e LV: o medicamento de escolha é o antimonial glucamina.

Prevenção

Para a LTA, as medidas incluem:

  • Diagnóstico precoce
  • Tratamento adequado dos casos humanos
  • Redução do contato homem-vetor (mosquito)
  • Uso de repelentes, mosquiteiros e telas finas em portas e janelas

Nas áreas endêmicas de LV, é fundamental reforçar as medidas de controle, especialmente no que diz respeito aos cães infectados.

Diagnóstico

Na LTA, o diagnóstico é realizado em pacientes com lesões suspeitas através da intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva e da pesquisa do parasita na borda das lesões, em material de biópsia ou em material histopatológico. Também pode ser realizado o isolamento do parasita em cultura com meios específicos. A imunofluorescência pode ser utilizada como diagnóstico diferencial para outras doenças.

Na LV, o diagnóstico é clínico-epidemiológico, com apoio de exames laboratoriais, que incluem:

  • Sorologia (imunofluorescência e ELISA)
  • Exame parasitológico: material retirado do baço e da medula óssea

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