Lesão Celular: Reversível, Irreversível, Adaptações e Morte

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Lesão Celular e Adaptações

Lesão Celular Reversível: Ocorre quando a célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantém-se viva, recuperando-se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa.

Lesão Celular Irreversível: Ocorre quando a célula torna-se incapaz de recuperar-se mesmo depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular, que pode ser por um ou dois possíveis mecanismos: necrose e apoptose.

Alterações Celulares

Degeneração: É um processo regressivo reversível, resultante de lesões não letais, em que são manifestadas alterações morfológicas e funcionais da célula.

Atrofia: É uma forma de resposta adaptativa da célula a novas condições impostas pelo organismo. Ela consiste na redução do tamanho celular resultante da perda de proteínas e outros materiais celulares (assim como de organelas). A redução das células se reflete também na redução do tecido ou órgão afetado. A função da atrofia é reduzir a demanda energética da célula, isto é particularmente útil em casos de isquemia ou privação de nutrientes, por exemplo. As alterações atróficas podem causar lesão e morte celular, assim como podem também ativar o programa de suicídio celular (apoptose). Contudo, é importante ressaltar que uma célula atrófica não está morta, apesar de ter funcionalidade reduzida.

Morte Celular: Quando a lesão é irreversível, ocorre morte celular.

Alterações Progressivas

Hipertrofia: É o aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares, o que provoca aumento das células e órgãos afetados.

Hiperplasia: O aumento do número de células num órgão ou num tecido.

Regeneração: É a capacidade das células de se renovarem.

Metaplasia: É uma alteração reversível quando uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra de outro tipo celular.

Neoplasia: É a alteração celular que acarreta em um crescimento exagerado das células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle, autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares, podendo ser maligna ou benigna.

Necrose e Apoptose

Necrose: Morte acidental das células ou de um tecido, por causas fisiológicas (isquemia, isto é, obstrução arterial), traumatismos graves ou agentes infecciosos (fungos, bactérias e vírus).

Processo passivo (independente de ATP)

Caracterizado por uma destruição massiva da célula:

  • Colapso da membrana plasmática e, por conseguinte, das membranas dos organelos.
  • Libertação dos componentes intracelulares.
  • Geralmente, os restos celulares são difíceis de serem fagocitados, por falta de emissão de sinais, pelas células do sistema imunológico.

Apoptose: Apoptose ou Morte Celular Programada é um modo de "autodestruição celular programada" que requer energia e síntese proteica, exercendo o papel oposto ao da mitose. Ela tem por objetivo garantir a manutenção de tecidos e órgãos, evitando que células com problemas ou desnecessárias comprometam o funcionamento adequado do organismo. Além disso, a apoptose também ocorre quando o organismo é invadido por patógenos ou o DNA é lesionado.

Na apoptose, a célula morre em razão de um conjunto de mudanças coordenadas, portanto, é um processo ativo. Nessa situação, diversas alterações na célula possibilitam uma série de eventos moleculares e bioquímicos regulados geneticamente. Ocorre:

  • Remodelamento de órgãos e tecidos durante o desenvolvimento. Exemplo: Morfogênese normal das mãos e dos pés. Falhas na apoptose nesse processo resultam em dedos com membranas semelhantes às encontradas em aves.
  • Resposta imune.
  • Involução da glândula mamária após o período de aleitamento.
  • Mal de Alzheimer é desencadeado por apoptose excessiva, que se inicia provavelmente por causa da quantidade de neurônios alterados.
  • Câncer pode ser resultado de uma falha na apoptose.

Necrose: Perda da integridade da membrana, lise total da célula, desintegração das organelas celulares; Não requer energia, quebra do DNA (desordenada); Afeta grupo de células, induzidas por estímulos patológicos, desencadeia processo inflamatório, destruição.

Apoptose: Sem perda da integridade da membrana, diminuição do volume, fragmentação em corpos apoptóticos, requer energia, quebra do DNA (ordenada); Afeta células individuais, induzida por estímulos fisiológicos, sem processo inflamatório, fagocitose por células vizinhas.

Distúrbios Hemodinâmicos

Distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico.

Alterações hídricas intersticiais: Edema.

Alterações no volume sanguíneo: Hiperemia, hemorragia e choque.

Alterações por obstrução intravascular: Embolia, trombose, isquemia e infarto.

Edema

Acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial (fora da célula), sendo assim, houve algum desequilíbrio entre as pressões para que acontecesse este acúmulo de água fora da célula ou vaso.

Sabendo que a pressão hidrostática envia água de dentro para fora do vaso e a oncótica envia água de fora para dentro, percebe-se que houve aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão oncótica.

A pressão oncótica (enviar água de fora para dentro do vaso) diminuída, não conseguiu vencer a pressão Hidrostática (enviar água de dentro para fora), sendo assim, a água se acumulou fora do vaso.

Se a pressão oncótica não estivesse diminuída, talvez não se instalasse o edema, pois tal pressão iria enviar a água para o interior do vaso, diminuindo o edema.

O excesso de água estaria no sangue e seria descartada pela urina.

Hiperemia

Aumento do volume de sangue em uma região por intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso, este quadro faz com que haja:

  • Aumento do calor local.
  • Aumento da pulsação local, por conta do aumento de sangue local.
  • Eritema: Vermelhidão local, por conta da intensificação da circulação.

Oposto de isquemia (diminuição da oferta de sangue local). Está presente na inflamação e em processos alérgicos, pois há necessidade de aumentar a quimiotaxia local e combater o agressor.

Hiperemia Arterial: Aumento da presença de fluxo sanguíneo arterial (sangue vermelho vivo, rico em oxigênio, nutrientes e ferro).

Hiperemia Venosa: Impedimento do fluxo venoso por causas obstrutivas locais ou por causas gerais, ou seja, o sangue venoso não consegue seguir em frente, ou retornar ao coração, se instalando em determinada região. Isso faz com que haja o aumento da quantidade de sangue venoso no local.

Trombose e Embolia

A trombose é a oclusão (bloqueio) de um vaso sanguíneo por coágulos. As veias transportam sangue pobre em oxigênio, de todo o corpo novamente para o coração. Todas as veias da metade inferior do corpo conduzem sangue à veia cava inferior, enquanto que as veias da metade superior conduzem sangue à veia cava superior. Estes dois troncos venosos descarregam na aurícula direita do coração. Daqui, o sangue é bombeado para o ventrículo esquerdo e depois para o pulmão, através da artéria pulmonar. No pulmão, o sangue recebe oxigênio, regressando depois ao lado esquerdo coração (aurícula e ventrículo) pelas veias pulmonares, de onde é bombeado através da aorta para abastecer o corpo de oxigênio.

Sintomas da trombose venosa:

  • Inchaço da barriga da perna ou da parte inferior da perna.
  • Dor, principalmente quando se transportam pesos.
  • Por vezes, uma cor arroxeada.
  • Tensão da pele = "pele brilhante".
  • Sensibilidade na barriga da perna.
  • Sensibilidade nas plantas dos pés.

Embolia

O trombo (coágulo) que está a obstruir a veia pode soltar-se e deslocar-se através do sistema venoso para a veia cava inferior e, daqui, para o lado direito do coração e para o pulmão. No sistema pulmonar, o lúmen dos vasos sanguíneos torna-se menor, pelo que o trombo pode ficar alojado numa artéria pulmonar, bloqueando a corrente sanguínea e interrompendo a troca de oxigênio na área alimentada pela artéria pulmonar afetada.

Pode acontecer também o sangue subir novamente para o lado direito do coração, provocando uma falha cardíaca induzida por pressão (chamada coração pulmonar agudo).

Uma embolia pulmonar é, portanto, potencialmente perigosa e deve ser evitada.

Quando ocorre uma embolia pulmonar, é feita uma busca da trombose que causou o problema. Geralmente, encontra-se nas pernas ou nas veias pélvicas.

Sintomas de embolia:

  • Falta de fôlego.
  • Dores no peito quando se respira.
  • Tosse com sangue.
  • Perda da consciência e colapso.

Etiopatogênese

  • Aumento da pressão hidrostática intravascular.
  • Diminuição da pressão oncótica do plasma.
  • Obstrução linfática.
  • Aumento da permeabilidade capilar.

Hemorragia

A hemorragia é definida como a perda súbita de sangue em virtude da ruptura dos vasos sanguíneos por conta de algum trauma.

A gravidade da hemorragia depende do tipo de hemorragia, da quantidade de sangue perdida, do seu devido estancamento e da taxa de coagulação que o indivíduo apresenta.

Diante a perda de sangue (seja ela pequena, média ou grande) o organismo promove uma resposta de mecanismo compensatório na tentativa de parar (estancar) esta perda.

Hemorragia Interna

Pode ocorrer um sangramento interno intenso na cavidade abdominal, na cavidade torácica, no aparelho digestório ou nos tecidos que circundam ossos grandes, como osso da coxa e da pélvis, que estejam fraturados. É um sangue não visível, por isso é bastante importante que seja diagnosticado/identificado precocemente para reduzir a perda.

Inflamação

Quando o organismo sofre alguma agressão, ele inicia um processo de combate para não agravar o quadro. Se o agressor for vírus, bactéria, fungo ou qualquer outro agente, ele tenta ao máximo inativar e destruir este agente agressor.

O processo inflamatório é uma resposta natural do organismo contra uma lesão, com o objetivo de destruir os agentes agressores.

O sistema imunológico e os mediadores químicos auxiliam neste processo. São eles os grandes responsáveis pela boa instalação de um processo inflamatório. Sem eles não há como combater o agressor.

O processo inflamatório não é promovido pelos agressores, mas sim pelo organismo agredido.

O processo inflamatório obedece rigorosamente à uma sequência exata de eventos para que tudo aconteça da melhor forma possível. Estas fases permitem que o corpo atraia o sistema imunológico para o local da agressão. Sem essas fases seguidas, não é possível combater o agressor e não se tem sucesso na finalização do processo inflamatório.

Fase Irritativa

É quando inicia o processo de contato com o agressor (vírus, fungo, bactéria ou corte).

A partir da agressão, o corpo inicia a liberação de substâncias (mediadores químicos) para auxiliá-lo neste processo.

Ocorrem modificações nos tecidos agredidos que irão auxiliar no processo inflamatório e desencadear as outras fases inflamatórias.

Se não fosse pela fase irritativa, não se instalaria/começaria o processo inflamatório.

Mediadores Químicos

Substâncias envolvidas na resposta inflamatória, responsáveis por modular os eventos vasculares e celulares.

Essas substâncias são sintetizadas localmente pela célula no local da inflamação.

Dentro desse grupo estão algumas mais conhecidas:

  • Histaminas: oferece vasodilatação.
  • Heparina: anticoagulante.
  • Prostaglandinas: aumento da permeabilidade vascular.
  • Citotaxinas: aumenta a quimiotaxia.

Quimiotaxia

É definida como meio de atração de mediadores químicos e leucócitos para o local da agressão.

Se não fosse pela quimiotaxia, o corpo não conseguiria combater o agressor e o dano aumentaria cada vez mais.

Para que haja boa quimiotaxia, é preciso que alguns acontecimentos estejam presentes, facilitando todo o processo.

Estes acontecimentos são necessários para instalação correta do processo inflamatório:

Hiperemia > vasodilatação local > aumento da permeabilidade > aumento da pressão hidrostática > quimiotaxia (atração de leucócitos e mediadores químicos) > aumento de edema.

Fase Vascular

Na fase vascular há sempre a necessidade de vasodilatação para acomodar a quantidade aumentada de sangue no local (Hiperemia).

As alterações hemodinâmicas e de permeabilidade vascular no local da agressão acontecem para facilitar a quimiotaxia e a boa instalação do processo inflamatório.

É nesta fase que os mediadores químicos são atraídos para o local e se não houver aumento da permeabilidade, estes mediadores químicos não conseguem sair de dentro do vaso e se deslocar para o local da agressão.

Com o aumento da permeabilidade e do deslocamento dos mediadores químicos inicia o combate do agressor.

Alteração Exsudativa

Fase caracterizada do processo inflamatório e é formada por exsudato, oriundo do aumento da permeabilidade vascular.

Exsudato é um líquido amarelo acastanhado que emerge das feridas, dificultando a cicatrização. Quanto maior for a quantidade de exsudato, menor será a cicatrização e maior o processo inflamatório, podendo chegar a necrose.

O nível de exsudato comanda para qual fase o processo desencadeará. Se houver maior cicatrização e menor processo inflamatório, o processo irá para a fase produtiva reparativa. Se houver menor cicatrização e maior processo inflamatório, irá para a fase degenerativa necrótica.

A ferida com muito exsudato impede sua cicatrização adequada, dificultando a reparação tecidual. Se há dificuldade em reparar, aumenta o processo inflamatório.

Fase Degenerativa Necrótica

Composta por células com alterações degenerativas. O tecido não cicatrizou e aumentou a quantidade de exsudato, induzindo aumento do processo inflamatório.

Derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas consequentes das três fases anteriores.

Houve agressão e o corpo não conseguiu combater, levando a diminuição da cicatrização, aumento do exsudato e aumento da inflamação.

Fase Produtiva Reparativa

Aumento na quantidade dos elementos teciduais - principalmente células, aumentando a cicatrização, resultado das três fases anteriores.

O objetivo é destruir o agente agressor e reparar o tecido agredido (cicatrizar), aumentando apoptose - morte seguida de renovação.

Conforme o tecido vai cicatrizando, o nível de exsudato vai diminuindo e o processo inflamatório, automaticamente também diminui.

Isso significa que houve boa quimiotaxia e o organismo (leucócitos e mediadores químicos) conseguiu vencer o agressor.

Se houve boa reparação, não houve aumento do processo inflamatório, estimulando a apoptose e inibindo a necrose.

Diabetes

É através da glicose que as funções celulares acontecem. Porém, a glicose precisa entrar dentro da célula para proporcionar tal feito. Se ela se mantém fora da célula, algo de errado está acontecendo = Diabetes.

A glicose para ser utilizada pela célula precisa ser transportada para dentro dela.

Para ser utilizada como fonte de energia, a glicose não pode ficar fora da célula, no sangue. Uma pequena fração de toda glicose precisa estar no sangue para manter a glicemia sanguínea adequada para funcionamento cerebral. Porém, todo restante precisa estar dentro da célula obrigatoriamente.

Para que esse restante vá para dentro da célula, precisa de uma carona que a levará para seu devido lugar. Esse transporte é feito pela INSULINA, que é produzida no pâncreas.

Em quantidades adequadas de insulina, a glicose é transportada, se não, toda a glicose fica parada no sangue, pois não tem o transporte para dentro da célula, aumentando assim os níveis de glicose no sangue = Diabetes.

  • Célula Beta: produz insulina.
  • Célula Alfa: Produzem glucagon.
  • Célula Delta: Produzem Somatostatina.
  • Ácino Pancreático: Produzem suco pancreático.
  • Eritrócito: Irrigam o pâncreas.
  • Ducto: canal de ligação entre o pâncreas e intestino.

Sequência:

Alimento > estômago > glicose absorvida pelo intestino > levada para o sangue > insulina > dentro da célula.

A produção de insulina obedece a quantidade de alimento ingerido, para que tenha sempre a glicemia equilibrada.

A glicose vem do intestino e a insulina vem do pâncreas. As duas se encontram no sangue e vão em direção às células, para estocar a glicose. Se a insulina guarda/poupa a glicose, ela diminui a glicose sanguínea, portanto ela exerce um papel hipoglicemiante sanguíneo.

Sem insulina não se diminui a glicemia. Esse é um papel exclusivo da insulina.

Insulina: transporta glicose para dentro da célula, estocando em forma de glicogênio muscular e hepático.

Glicogênio: Estoque de glicose.

Glucagon: transporta glicose de dentro da célula para o sangue, gastando essa poupança (glicogênio) que a insulina fez.

Quando não se tem um bom controle glicêmico, toda a glicose se mantém na corrente sanguínea e este quadro é chamado de diabetes, que é definida como erro do metabolismo da glicose ou aumento da quantidade de açúcar no sangue por falta absoluta ou relativa da insulina.

  • Falta absoluta = diabetes tipo 1.
  • Falta relativa de insulina = diabetes tipo 2.

Metaplasia

Quando uma pessoa se expõe muito ao sol sem o uso correto de filtro solar, a pele desta pessoa fica avermelhada e sensível. Com o tempo, após anos de exposição, a pele desta pessoa torna-se mais resistente ao sol, não sofrendo mais com pequenas exposições ao sol.

A pele de pessoas que são expostas ao sol constantemente são diferentes/alteradas.

Este processo de alteração é METAPLASIA. Embora tenha alteração do tecido para aguentar mais a agressão, ela se mantém na sua função.

Exemplos: Boca: Uso constante de aparelhos fixos, Pés: Sapato de salto muito apertado etc.

Em metaplasia, as alterações acontecem localmente, não afetando as células que não sofreram agressão/estímulos.

Exemplo: onde o sol não incide, as células não sofrem metaplasia.

Displasia

Os estímulos vieram de muitos anos, muito mais intensos e muito mais frequentes, com isso as alterações são mais complexas.

Há em displasia proliferação celular excessiva, acompanhada de ausência ou escassez de diferenciação. As células anteriormente sofreram METAPLASIA, se alteram para aguentar as agressões, estavam suportando as agressões e mantendo funcionais e com diferenciação.

Diante a continuação dos estímulos/agressões, este tecido metaplásico perde diferenciação modificando, sofrendo DISPLASIA = variação do tamanho e forma com perda de diferenciação.

As células perdem a capacidade de executarem as funções que executavam anteriormente, iniciam um processo de "não identificarem" mais com células locais.

Não há menor possibilidade de um tecido que não sofreu agressão apresentar displasia. Ele precisa OBRIGATORIAMENTE, sofrer agressões para tornar-se metaplásico.

Após tamanhas e constantes agressões, este tecido metaplásico não suportando perde a diferenciação e sofre DISPLASIA.

Displasia é um tecido pré-cancerígeno. Tecido que apresenta grandes alterações morfológicas e funcionais.

Sempre que houver um quadro displásico é sinal de que houve descuido e abuso total do indivíduo com estímulos.

Hipertrofia e metaplasia acontecem antes (pré).

Hiperplasia e displasia acontecem depois (após).

Neoplasia

Quadro onde não necessariamente houve metaplasia e displasia. Pode haver quadros antes e estimular o desenvolvimento de neoplasia, mas também pode não haver.

A displasia pode desencadear um quadro neoplásico - Fumo constante.

Neoplasia pode acontecer de forma hereditária, sem necessariamente ter acontecido displasia anteriormente - Ex: Câncer de mama.

A neoplasia acontece devido a exposição extrema a alguns agentes agressivos ou herdados ou ainda genéticos, quando a célula agredida perde a diferenciação, não obedecendo mais aos estímulos fisiológicos, sendo assim seu crescimento é autônomo, independente e descontrolado.

Quando esta perda de diferenciação acontece, há mutação do DNA nessas células que foram agredidas. Não há neoplasia sem mutação de DNA, levando às próximas células a herdarem essa mutação genética.

A partir da mutação, diante a mitose e meiose as células são replicadas com o DNA modificado.

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