Lesões Cervicais Não Cariosas: Diagnóstico e Tratamento
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Abrasão:
Essa lesão é decorrente do atrito da atividade funcional anormal associada, geralmente, a fatores mecânicos, como cerdas duras de escovas dentais, técnica de escovação incorreta, dentifrícios abrasivos, uso incorreto de escovas interdentais e do fio dental. A área da lesão se apresenta em forma de um "V", de aspecto liso e brilhante.
Erosão:
Os agentes etiológicos da lesão de erosão são principalmente as mudanças do estilo de vida e dos hábitos alimentares nas últimas décadas. A lesão característica é lisa, com contornos arredondados, sem pigmentação, e acomete principalmente as superfícies linguais e/ou palatinas dos dentes anteriores e oclusais e linguais e/ou palatinas dos posteriores.
Abfração:
Essa lesão decorre de forças oclusais traumáticas que provocam flexões dentais e que alteram o esmalte, a dentina e o cemento, distante do local da oclusão traumática. Caracteriza-se pela perda de estruturas dentais em forma de fenda, na região do colo, em que o fator primordial é a carga excessiva de oclusão. As fendas tendem a ser perpendiculares ao longo do eixo do dente de formato angular característico, sendo os pré-molares os dentes mais acometidos. Esse tipo de lesão ocorre com maior frequência em regiões cervicais vestibulares de dentes com bom suporte periodontal, e até mesmo em superfícies dentais subgengivais.
Diagnóstico Diferencial:
O diagnóstico diferencial com relação às lesões cervicais não cariosas deve ser detalhado, para que não se realize apenas a restauração das lesões, mas também a eliminação do fator causal.
Técnica do Sanduíche Aberto:
Se dá no uso de resina em esmalte e CIV em cemento, pois na raiz (cemento) a raiz não possui tanta aderência e por isso o uso na mesma não é tão indicado; Classe 5 em raiz deve-se usar o fio de afastamento ou o grampo 212 para restaurar e CIV onde tem cemento; A cavidade na coroa é mais fácil pois não preciso me preocupar tanto com o afastamento do tecido. Se tem uma lesão cervical na coroa o melhor material é resina composta; Em cavidade meio a meio até pode usar CIV em toda cavidade (coroa e cemento) mas essa técnica do sanduíche aberto (resina em esmalte e CIV em cemento) fica bem mais estético, por isso é mais indicado.
A erupção pós-eruptiva é a fase em que o dente está irrompendo e então ainda está em fase de mineralização, onde ele adquire minerais provenientes da saliva. Muito importante o selante pois nessa fase o dente está mais susceptível à cárie pois ainda não está totalmente mineralizado.
O bisel deve ser feito no cavo superficial vestibular para melhor estética e retenção da resina, pela maior área de condicionamento ácido conferida.
Em classe III a forma de conveniência deve envolver borracha ortodôntica (2 dias antes do preparo) para facilitar o acesso, ou cunha, matriz de aço para proteção do dente vizinho e isolamento absoluto. O preparo deve ser o menor possível englobando toda a lesão.
Diferença da Técnica de Sanduíche Aberta e Fechada:
- Fechada: Quando o CIV fica totalmente coberto por Resina Composta.
- Aberta: Uma faixa do CIV fica exposta na boca.
Qual deve ser o material usado para o forramento uma vez que o material restaurador será resina composta? Colher de dentina, brocas esféricas carbide, 2, 4, 6 e 8.
O material para o forramento deve ser o CIV;
há uma união da resina ao CIV devido ao embricamento mecânico entre o agente adesivo e as micro retenções feito na superfície do dente. Diminui a quantidade de resina composta, diminui a contração de polimerização e cria uma interface ácido-resistente pela liberação de flúor.
Paciente apresentou uma fratura na borda incisal. Como é possível saber se fazer uma restauração de resina ou somente dar um acabamento?
Deve avaliar a lesão, se foi uma fratura ou um desgaste por alguma interferência, como perda do guia canino, neste caso podemos passar algum disco para tirar a interferência; e se for uma fratura, fazer restauração de resina. Após 6 meses deve-se fazer uma reavaliação para ver se há interferência na oclusão.