Literatura Espanhola: Barroco ao Realismo

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Barroco

No estilo barroco, procurou-se romper o equilíbrio entre forma e conteúdo que foi alcançado na Renascença. Destacam-se duas correntes principais:

Culteranismo: Liderado por Góngora, o culteranismo enfatizava a forma sobre o conteúdo, utilizando uma linguagem complexa e repleta de ornamentos, o que tornava a compreensão mais difícil.

Conceptismo: Em contraste com o culteranismo, o conceptismo, com Quevedo como um de seus expoentes, priorizava o conteúdo. Buscava-se expressar muitas ideias com poucas palavras, utilizando termos com múltiplos significados. Eram frequentes os jogos de palavras, antíteses e paradoxos.

Narrativa (Cervantes)

Cervantes escreveu romances de diversos subgêneros, como:

  • Romances Picarescos: Narram as aventuras de um pícaro, um anti-herói de baixa condição social que busca sobreviver em um mundo hostil.
  • Romances Bizantinos: Contam a história de dois amantes separados que enfrentam diversos obstáculos até finalmente se reencontrarem.
  • Romances Mouriscos: Ambientados na Espanha muçulmana, retratam a convivência entre mouros e cristãos, com ênfase na cortesia e na nobreza de caráter.
  • Romances Pastorais: Apresentam um mundo idealizado (locus amoenus), onde pastores idealizados vivem amores não correspondidos e se expressam em uma linguagem refinada.
  • Romances Sentimentais: Exploram o tema do amor com uma análise psicológica profunda dos personagens.
  • Romances de Cavalaria: Narram as aventuras de um cavaleiro andante que enfrenta batalhas e monstros, sempre em nome de Deus e de sua amada.

Cervantes, que viveu entre o Renascimento e o Barroco, combinou todos esses subgêneros em sua obra-prima, Dom Quixote. Ele também escreveu novelas exemplares, que tinham como objetivo ensinar algo útil ao leitor.

Dom Quixote foi publicado em duas partes, a primeira em 1605 e a segunda em 1615. Durante esse período, foi publicado o Quixote de Avellaneda, uma continuação apócrifa que desagradou profundamente Cervantes.

A intenção original de Cervantes era fazer uma paródia dos romances de cavalaria, que na época eram muito populares, mas de baixa qualidade literária.

Teatro (Lope de Vega)

No início, o teatro era representado nos templos e frequentado por todas as classes sociais. No século XVII, as peças começaram a ser encenadas nas praças das vilas, e surgiram as primeiras companhias de teatro estáveis. As mulheres não podiam atuar, e os papéis femininos eram interpretados por homens. Surgiram também os primeiros teatros, chamados de "corrales", que geralmente ficavam nos pátios das casas. O povo assistia às peças de pé, e os nobres, das varandas.

O teatro do século XVII foi um sucesso imediato, graças às inovações introduzidas por Lope de Vega. Muitos dramaturgos seguiram o exemplo de Lope, que se baseava na observação do público para criar suas comédias. Ele misturava comédia e tragédia, argumentando que a vida não é só alegria nem só sofrimento. Lope rompeu com as três unidades clássicas:

  • Unidade de tempo: Antes, a ação da peça não podia durar mais de 24 horas; com Lope, a duração passou a ser variável.
  • Unidade de espaço: Antes, a ação se desenvolvia em um único lugar; com Lope, podia ocorrer em diferentes locais.
  • Unidade de ação: Antes, havia apenas um tema central; com Lope, podiam ser abordados vários temas.

Essas mudanças tornaram as peças mais dinâmicas e divertidas. Lope também alterou a estrutura da obra, que passou de cinco para três atos, divididos em cenas. Introduziu o personagem do "gracioso", geralmente o criado do protagonista, e incluiu canções e danças na trama.

Os temas abordados por Lope eram conservadores. Os reis eram sempre idealizados, e a honra era um tema recorrente.

Ilustração

A Ilustração questionou os valores tradicionais da sociedade, buscando acabar com:

  • O obscurantismo, as superstições e as crenças sem base racional.
  • Os privilégios da Igreja e da nobreza.

A observação e a experiência, e não o princípio da autoridade, tornaram-se a base do novo pensamento. Só eram aceitas as ideias que pudessem ser demonstradas pela razão.

Os iluministas propunham reformas para alcançar o progresso e uma maior justiça social, como:

  • Reforma Agrária: Abolir as leis que proibiam a venda de propriedades da Igreja e da nobreza, estabelecer um sistema de irrigação e permitir o acesso dos camponeses à cultura.
  • Reformas Educacionais: Tornar a educação um direito, e não um privilégio.

Também buscavam melhorar as comunicações, a indústria, etc. Os iluministas apoiavam o poder absoluto dos reis para realizar suas reformas, que eram feitas de cima para baixo, sem a participação do povo ("tudo para o povo, mas sem o povo"). Por isso, esse tipo de governo ficou conhecido como despotismo esclarecido.

Os iluministas defendiam a tolerância religiosa e a separação entre o poder religioso e o poder estatal. Queriam a independência da ciência e da filosofia em relação à Igreja.

Nas últimas décadas do século XVIII, o desejo da burguesia por representação política originou na França um amplo movimento revolucionário que culminou com a Revolução de 1789.

A Ilustração na Espanha

Meios de difusão:

  • Viagens à França.
  • Tertúlias (reuniões de intelectuais).
  • Tradução de livros (principalmente franceses).
  • Surgimento dos primeiros jornais.

Embora na Espanha o movimento iluminista tenha tido menor repercussão do que na França, foram criadas muitas instituições com o objetivo de elevar o nível cultural do povo:

  • Museu do Prado, em Madrid.
  • Biblioteca Nacional.
  • Jardim Botânico.
  • Primeira escola de veterinária em Madrid.
  • Primeira escola de engenharia de estradas, canais e portos.

Romantismo

O Romantismo foi um movimento social e artístico que abrangeu a primeira metade do século XIX e se espalhou pela Europa e América. Seu principal objetivo era o exercício do direito à liberdade, tanto individual quanto coletiva, em oposição às regras sociais e políticas.

Os artistas românticos rejeitavam as regras tradicionais. A paixão substituiu a razão, e as obras tornaram-se muito subjetivas. Misturavam gêneros, combinavam verso e prosa e utilizavam diferentes estruturas métricas no mesmo poema.

O homem romântico era um ser atormentado e infeliz, com um espírito aristocrático e refinado. Criticava o materialismo da sociedade e idealizava a Idade Média. Alguns, diante de tamanha desordem, chegavam ao suicídio.

Formas de lidar com o desconforto:

  • Política: Ativismo político.
  • Evasão no tempo: Idealização da Idade Média.
  • Evasão no espaço: Atração pelo exótico e pelo pitoresco.
  • Suicídio: Alguns se suicidavam por causa do abismo entre seus ideais e a realidade.

Principais Temas

No Romantismo, a expressão de sentimentos e emoções pessoais era o tema central, e o gênero lírico era o mais adequado para expressá-los. Eram frequentes a denúncia social e a preocupação com os problemas dos outros. Os românticos se identificavam com personagens marginalizados, como o carrasco e o mendigo. Outros temas eram a natureza e a evocação de um passado medieval idealizado. A exaltação da liberdade também era um tema recorrente, como na "Canção do Pirata" e na "Canção do Mendigo", cujos protagonistas não respeitam as leis nem se conformam com a sociedade.

Paisagens do Romantismo

A noite, o crepúsculo, os cemitérios, as ruínas e as tempestades eram cenários apreciados pelos românticos, pois refletiam a solidão, o mistério e a tristeza que sentiam.

Lírica

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Fase 1 (1ª metade do século XIX)

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Lírica

- Bécquer

Fase 2 (2ª metade do século XIX) Romantismo tardio

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- Rosalía de Castro

Na Espanha, a lírica romântica teve duas fases:

A primeira abrange a primeira metade do século XIX e está intimamente ligada à atividade política. Os poetas discordam da sociedade, são combativos e expressam exaltação e grandeza, embora tendam a respeitar as estruturas métricas. Sua poesia é muito apaixonada.

Na segunda fase, o Romantismo tardio, aumenta a expressão de temas pessoais, a poesia se torna mais íntima e a métrica é usada com mais liberdade. O Romantismo da segunda fase é chamado de Romantismo tardio.

O Romantismo Tardio

Escrito em estilo romântico, na segunda metade do século XIX, quando o que prevalece na época é o Naturalismo. Os românticos tardios são Bécquer e Rosalía de Castro. Escrevem poesia muito mais íntima, mas com maior liberdade.

Autores

José de Espronceda

Predomina a poesia lírica. Após conhecer o Romantismo europeu, o estilo de Espronceda evoluiu da aparência estética neoclássica para uma expressão mais espontânea, na qual mistura gêneros e sistemas métricos. Na lírica, escreveu:

  • A Canção do Pirata
  • A Canção do Mendigo

Escreveu dois poemas narrativos:

  • O Estudante de Salamanca, é um extenso poema narrativo e lírico de quase 2000 versos que conta a lenda do jovem libertino e infiel Dom Félix de Montemar, claro precedente de outra figura famosa, Dom Juan Tenorio.
  • O Diabo Mundo é um poema muito longo de mais de 8000 versos e é principalmente filosófico. Nele está a elegia Canção a Teresa.

UBI SUNT: É uma pergunta que aparece com frequência nas elegias. O autor se pergunta sobre o paradeiro de várias pessoas.

Gustavo Adolfo Bécquer

As Rimas são poemas líricos; as Lendas, histórias fantásticas, principalmente de inspiração medieval, escritas em prosa.

O estilo das Rimas imita a composição da poesia popular, com uma forma simples e curta, e uma poesia cheia de emoção e sentimentos. Imitando os recursos típicos da poesia popular, é frequente o uso de paralelismos, correspondências, vocabulário simples e rimas assonantes.

Os poemas que compõem as Rimas giram em torno dos seguintes temas: o desejo de se expressar através da poesia, casos amorosos, a desolação, o pessimismo sobre a vida (questões existenciais, reflexão amarga sobre o sentido da vida e o medo da morte; ele vê a vida como algo estéril) e a solidão.

As Lendas são 28 histórias em prosa poética que partem de tradições e lendas, recriando temas do Romantismo: a solidão, o mistério, etc.

Escreveu as seguintes lendas:

  • O Raio de Lua
  • Os Olhos Verdes
  • A Montanha das Almas
  • Maese Pérez, o Organista

Johann Wolfgang Goethe

Escreveu Fausto. Fausto era um velho da ciência, sua sede de conhecimento não tem limites e descobre que a razão e os livros não o satisfizeram. Decide fazer um pacto com o diabo: em troca de sua alma, recupera a juventude e promete satisfazer seu desejo de viver a vida plenamente.

Rosalía de Castro

Em sua poesia, reflete seus sentimentos e experiências, bem como o amor por sua terra e o desejo que lhe deu a sua memória. Escreveu:

  • Nas Margens do Sar

Narrativa

O objetivo principal das narrativas do período romântico é informar o público sobre elementos que fazem parte da identidade do país. Para isso, normalmente são seguidos dois caminhos:

  • A partir da evocação do passado, muitas vezes idealizada na Idade Média ou nos séculos XVI e XVII. O resultado é um romance histórico (Enrique Gil Carrasco, M. Bembridge) e a lenda. As lendas podem ser em prosa ou verso, como as de Bécquer, as do Duque de Rivas e as de Zorrilla.
  • A observação do presente é o ponto de partida para o romance de costumes, com destaque para Fernán Caballero (Cecilia Bohl de Faber) e os artigos de costumes (Ramón de Mesonero Romanos). Ambos contam histórias onde o mais importante é a descrição de ambientes e personagens típicos da Espanha e são considerados um registro atual, posterior ao Realismo literário.

Autores

José Mariano Larra

É considerado o herdeiro da Ilustração, cujos projetos para melhorar o país defendeu e propagou através de seus artigos jornalísticos. A personalidade combativa e crítica desse autor é um bom exemplo do espírito romântico liberal.

O estilo da prosa jornalística de Larra é simples. Frequentemente empregava o uso da ironia para expor de forma bem-humorada os defeitos sociais, que visa prevenir. Como seu vocabulário é muito simples, seus artigos são aceitos por um público amplo. O tom de seus artigos recentes está se tornando mais amargo e pessimista, desiludido, possivelmente devido à impossibilidade de reformar o país.

Escreveu:

  • O Velho Castelhano: visa combater a grosseria e a falta de educação.
  • Volte Amanhã: visa combater a preguiça e a ineficácia da administração.
  • Dia dos Mortos, 1836: Desapontamento de Larra ao perceber a impossibilidade de reformar o país.

Teatro

Os autores do drama romântico se inspiraram no teatro espanhol do século XVII, do qual tomaram seus aspectos formais e temáticos.

Entre as qualidades formais de origem barroca que aparecem nas obras românticas estão:

  • O uso do verso.
  • A substituição dos atos por dias.
  • A rejeição das três unidades (tempo, espaço e ação).

Entre os temas, há uma clara preferência pelo medieval e pela honra. Repetem-se os personagens que apareciam nas obras de Lope (o galã, a dama, o ancião, etc.). O herói e a heroína do drama romântico são um símbolo de liberdade, pois desafiam as normas sociais e lutam pelo triunfo de seus sentimentos amorosos.

O nome drama romântico se refere às obras desse período, cuja característica mais marcante era a mistura entre o trágico e o cômico. A constante mudança de cenário proporciona ao drama romântico um grande dinamismo. O drama romântico era excessivo em tudo, era tão grandioso que era falso, era muito teatral.

Don Juan Tenorio

Parte 1

Don Juan volta a Sevilha para comparar o resultado de uma aposta que fez um ano antes com Don Luis Mejía. A aposta era sobre qual dos dois saberia fazer pior com mais sucesso. D. Juan ganha a aposta, pois enganou mais homens e matou mais mulheres do que seu rival. D. Juan, para terminar suas façanhas, promete seduzir uma noviça, Dona Inés (prometida de D. Luis Mejía), que está em um convento e a deixou sozinha para se casar. Sequestra-a e a leva para sua casa. Na inocência de Dona Inés, D. Juan sente um desejo de pureza, mas é forçado a enfrentar D. Luis e o Comendador, que voltam para casa. D. Juan está disposto a pedir desculpas e se humilhar, mas é ridicularizado a um grau intolerável para ele. Mata os dois e foge. Perde a possibilidade de regeneração. O destino o joga de volta na depravação.

Parte 2

Cinco anos mais tarde, em um cemitério onde repousam as vítimas de D. Juan, aparece a sombra iludida de Dona Inés, que anuncia sua morte iminente. D. Juan convida para jantar a estátua do Comendador e se esquece. Mais tarde, quando está prestes a jantar com seus amigos, ouve uma batida do Comendador; seus amigos, ao verem o fantasma, desmaiam, e D. Juan fica sozinho diante da aparição, que vem prever sua morte e devolver o convite. D. Juan vai ao banquete do Comendador; o Comendador ainda está longe de passar por um funeral, que é o seu próprio funeral; morre nas mãos de seus amigos, que ele havia desafiado antes, pois pensava que eram eles que haviam preparado tudo aquilo. Reflete no último minuto e, ao pedir perdão arrependido, obtém a salvação eterna de sua alma.

Gêneros Literários do Romantismo

Gêneros literários do Romantismo

Gênero

Autor

Obra

Lírica

José de Espronceda

Gustavo Adolfo Bécquer

Rosalía de Castro

A Canção do Pirata

Rimas

Nas Margens do Sar

Narrativa

José de Espronceda

Duque de Rivas

Gustavo Adolfo Bécquer

Enrique Carrasco Gil

O Diabo Mundo

O Estudante de Salamanca

Romances Históricos

Lendas

Sr. Bembridge

Artigos Jornalísticos

José Mariano Larra

Artigos

Teatro

Fco Martínez de la Rosa

Duque de Rivas

José Zorrilla

A Conspiração de Veneza

Don Álvaro, ou a Força do Destino

Don Juan Tenorio

O Realismo e o Naturalismo

Conhece-se como Realismo o movimento artístico que predomina na segunda metade do século XIX. A principal característica é a oposição aos temas subjetivos e fantásticos do Romantismo. Portanto, os argumentos de suas obras tratam da vida cotidiana e dos problemas sociais, culturais, políticos e econômicos produzidos pela industrialização e pelos avanços científicos e tecnológicos.

As obras realistas são consideradas naturalistas quando a finalidade de precisão aumenta e explica os tipos humanos e suas ações como resultado da herança genética ou das influências ambientais.

Os escritores desse período imitavam a atividade dos cientistas, pois a observação, a análise e a documentação detalhada são essenciais para a literatura realista.

O gênero que melhor se adapta é o romance.

No entanto, a objetividade total não é alcançada, e eles não ficam alheios aos problemas, e cada um tem sua ideologia. Distinguem-se duas posições: uma conservadora, destinada a restabelecer a religião, a família e a honra; e outra progressista, que expõe as falhas da sociedade.

Narrativa

O romance realista e a história chegaram a um alto padrão, e houve representantes de destaque. A maioria deles era regional:

  • Valera: Andaluzia
  • Pereda: Montanha de Santander
  • Galdós: Madrid
  • Clarín: Astúrias (Oviedo, em seus romances ele a chama de Vetusta)
  • Emilia Pardo Bazán: Galiza
  • Blasco Ibáñez: a horta de Valência

As principais características do romance realista são:

  • Uma descrição detalhada, objetiva e minuciosa de ambientes e personagens, embora usem recursos como a ironia, a personificação e a própria linguagem subjetiva.
  • Usando o ponto de vista onisciente, o narrador pode fazer comentários para influenciar os leitores e ter conhecimento até mesmo dos sentimentos dos personagens.
  • Prevalência do conflito temático entre o progresso e a tradição, as instituições ou classes sociais e seus costumes, especialmente a burguesia, que quer fingir que não é.
  • Usando um resultado sóbrio e simples de uma técnica muito apurada. Às vezes, incorpora gírias no diálogo.

O Naturalismo é a culminação do Realismo. Na Espanha, teve pouca influência e foi limitado a escritores como Galdós, Emilia Pardo Bazán, Clarín e Blasco Ibáñez. O pai do Naturalismo francês é Émile Zola.

Suas principais características são:

  • A reprodução de ambientes sórdidos e desagradáveis da sociedade; abundam personagens idiotas, alcoólatras, psicopatas, cujo comportamento é marcado pela herança biológica e pelas condições sociais.
  • Controle e reprodução fiel da sociedade, levando o Realismo ao extremo.

Autores

Benito Pérez Galdós

É considerado um dos melhores contadores de histórias em espanhol e o autor mais representativo do romance realista. Em seu romance de estreia, distinguem-se os Episódios Nacionais, inspirados na história da Espanha do século XIX, e os romances que surgiram da observação de seu tempo. Estes se dividem em três grupos que reúnem três momentos na reforma do romancista:

  • Romances de Tese: Apresenta em suas primeiras narrativas as consequências negativas da intolerância. O leitor pode ver o embate entre a ideologia liberal e a conservadora. Esses romances não eram totalmente realistas, pois transpareciam demais a ideologia liberal. Em seus romances, havia uma visão maniqueísta do mundo, separando o bem e o mal. Em seus romances, os bons eram os liberais, e os maus, os conservadores, e ele distorcia a realidade. Os personagens são planos, sem nuances. O romance Dona Perfecta está incluído neste grupo.
  • Romances Contemporâneos: Galdós os escreveu na plenitude de sua técnica narrativa, e neles a intenção crítica é clara. Fornece informações abrangentes sobre os problemas que a sociedade ainda não havia resolvido na época. Alguns deles são: Fortunata e Jacinta, Miau, A de Bringas, O Deserdado e Tormento.
  • Romances Espirituais: Os personagens são simpáticos e praticam as obras de misericórdia. Exemplos destes incluem: Misericórdia e Nazarín.

Leopoldo Alas, Clarín

É outro dos grandes representantes do Realismo na Espanha. Retratou com ironia a sociedade de seu tempo e foi solidário com os mais desfavorecidos e implacável com aqueles que abusavam de seus privilégios. Era altamente crítico do catolicismo tradicional.

Suas obras mais importantes são:

  • Adiós, Cordera
  • O regente
  • Seu único filho.

No esposa do juiz, inserida passagens de naturalistas, especialmente quando se fala da crise que enfrenta o protagonista.

THE REGENT

O tema do romance é o retrato moral e social de uma cidade monótona provincial, Oviedo-Vetusta e, por extensão, da Espanha da época: a hipocrisia, a falsa piedade, convenções sociais, o poder da igreja, corrupção do clero e da aristocracia são alguns dos problemas relatados pelo Clarín.

Argumento

Conta a história de Ana Ozores (órfão ainda criança e criado por uma tia devoto e intransigente), que muito jovem para casar com um homem mais velho do que ela (Don Victor Quintanar), que é o governante da audiência. Por isso, sendo chamado a mulher do juiz. O marido quase ignorou, ocupado em seu trabalho e hobbies (caça e aves). A crescente insatisfação (privação emocional), emocionais e físicas (deficiências sexual) de Anne oscila entre seu confessor (Fermin Pas) que se apaixona por ela e Mesia Alvaro (um sedutor experiente que deseja adicionar à sua longa lista de conquistas). No final todos os abandono.

Os pontos a salientar

  • A psicologia dos personagens, especialmente os retratos de Ana e Fermin. Ana é uma sensível, o homem jovem sonhador, frustrada em seu casamento e afogou-se pelo meio ambiente. Dom Fermín é o mestre espiritual da cidade e representa a ambição pelo poder.
  • A descrição exaustiva (detalhado) Vetusta da cidade, representando a empresa em Espanha na época. cidade provinciana, corrupta que afeta o comportamento dos personagens e sob cuja influência o protagonista sucumbe. A pressão da cidade de Anna e outros personagens no romance do naturalismo.
  • A estrutura perfeita do romance, que é dividido e ambas as partes:

Parte 1 (capítulo 1-15) em três dias, do ambiente e da psicologia dos personagens a um ritmo muito lento.

Parte 2: (Cap. 16-30) em três anos, os conflitos na primeira parte, a um ritmo acelerado.

  • A técnica narrativa usada neste romance porque combina os pontos de vista estético moderno: o narrador onisciente, objetivo, o monólogo interior, etc.

Emilia Pardo Bazán

Ele era um escritor de vasta cultura, ele lecionou e conduziu estudos críticos de diversos autores. Foi o melhor conhecedor de Emile Zola, o pai do naturalismo francês. Naturalismo introduzida em Espanha, os princípios aplicados apenas em parte porque suas crenças religiosas impediu de admitir que as atividades humanas eram o resultado de condições ambientais ou genéticos.

O melhor de sua produção literária são seus contos e romances, sobretudo, Los Pazos de Ulloa. Escrever sobre o meio ambiente rural galego.

Gêneros literários do realismo e ELNATURALISMO

Sexo

Autor

Trabalho

Pré-realista

Palacio Valdés

P. Antonio de Alarcón

Cecilia Bohl Faber de

La hermana San Sulpicio

3 picos chapéu

La Gaviota

Letra

Ramon de Campoamor

Doloras

Narrativa

Juan Valera

Benito Pérez Galdós

Emilia Pardo Bazán

Leopoldo Alas (Clarín)

Vicente Blasco Ibáñez

Pereda

Pepita Jiménez

Doña Perfecta

Fortunata e Jacinta

Misericórdia

Eventos Nacionais

Los Pazos de Ulloa

O regente

Cañas y barro

Arroz e tartan

O barraco

O sabor da Pátria será

arriba Peñas

Sutileza

Teatro

Manuel Tamayo y Baus

José Echegaray

Um novo drama

O grande Galeotti

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