Lógica: Guia Completo
Classificado em Filosofia e Ética
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Definição de Lógica
Deriva da palavra logos (palavra, pensamento, discurso). A primeira definição de lógica foi deixada por Aristóteles e é uma ferramenta para pensar. É a ciência que estuda, estabelece e define os princípios e as regras segundo os quais o nosso pensamento se deve orientar. Estuda as condições de coerência entre o pensamento e o discurso. É a disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos válidos e inválidos, mediante a identificação das condições necessárias à operação que conduz da verdade de certas crenças à verdade de outras.
- Lógica formal – analisa a verdade dos argumentos dedutivos.
- Lógica informal – debruça-se fundamentalmente sobre a validade dos argumentos não dedutivos.
Utilidade da Lógica
Clarificar e analisar o pensamento da linguagem; assegurar a eficácia demonstrativa do pensamento; garantir a correção formal de raciocínio e a coerência do discurso; definir os conceitos, ordenar as noções, obter conclusões formalmente seguras, evitar sofismas (erros de raciocínio) e ambiguidades, detetar erros no desenvolvimento das argumentações. O uso da lógica é imprescindível para o Homem pensar.
Estrutura do Argumento
Conjunto de proposições devidamente articuladas (premissas + conclusão) no qual as premissas procuram defender, sustentar ou justificar a conclusão (ou tese).
Verdade e Validade
A verdade (e a falsidade) é uma característica das proposições e a validade (e a invalidade) é dos argumentos.
Indicadores de Premissa
Porque, dado que, como foi dito, visto que, devido a, a razão é que…
Indicadores de Conclusão
Logo, por conseguinte, por isso, consequentemente, segue-se que, infere-se que, conclui-se que, é por essa razão que, daí que, isso prova que…
Argumentos Dedutivos
- Se as premissas de um argumento dedutivo bem construído forem consideradas verdadeiras, a conclusão tem que ser verdadeira (é necessariamente verdadeira).
- Um argumento dedutivo não pode dizer mais na conclusão do que nas premissas (a informação contida na conclusão já está, pelo menos implicitamente, contida nas premissas).
- Quem aceita as premissas de um argumento dedutivo tem de aceitar a conclusão, a menos que seja incoerente.
Argumentos Indutivos
- Se as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira.
- É dito mais na conclusão do que nas premissas, isto é, a conclusão contém a informação não presente, nem implicitamente, nas premissas.
- Quem aceita o que diz as premissas não tem necessariamente de aceitar o que diz a conclusão. O facto de a conclusão conter mais informação do que a dada nas premissas faz do argumento indutivo um instrumento precioso de previsão, mas a conclusão é apenas provável. Por isso, aceitar as premissas e negar a conclusão não implica contradição.
Proposições Categóricas
A proposição categórica é o enunciado que estabelece uma relação de afirmação ou de negação entre termos, podendo tal relação ser considerada verdadeira ou falsa. Uma proposição categórica é constituída pelo sujeito, predicado e cópula.
Classificação das Proposições
- A: Universal Afirmativa
- I: Particular Afirmativa
- E: Universal Negativa
- O: Particular Negativa
Inferências por Oposição
- Contrárias: A e E
- Subcontrárias: I e O
- Contraditórias: A e O / I e E
- Subalternas: A e I / E e O
Inferências por Conversão
- Conversão Simples: E, I
- Conversão por Limitação ou Acidente: A (conversão é trocar o sujeito com o predicado)
Exemplos:
- Simples: Nenhum português é chinês – Nenhum chinês é português.
- Por limitação: Todos os portugueses são humildes – Alguns humildes são portugueses.
Termos do Silogismo
- Termo maior: presente na 1ª premissa.
- Termo médio: presente na 1ª e 2ª premissa.
- Termo menor: presente na 2ª premissa.
Silogismo Categórico
Modo – diz respeito à classificação das proposições quanto à quantidade e qualidade.
Figura – posição do termo médio nas premissas
1ª fig. – SuPre; 2ª fig. – PrePre; 3ª fig. – SuSu; 4ª fig. – PreSu
Regras do Silogismo
- O silogismo tem apenas 3 termos.
- O termo médio nunca pode entrar na conclusão.
- O termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão.
- Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
- A conclusão deve seguir sempre a parte mais fraca.
- De duas premissas negativas nada se pode concluir.
- De duas premissas particulares nada se pode concluir.
- De duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão negativa.