Lubrificação de Motores Antigos: Guia Completo
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História da Lubrificação em Motores Antigos
Motores Antigos (Século XX)
Devem ser utilizados óleos monograde de viscosidade elevada (SAE 50 ou 60) e com grande untuosidade, e sem aditivos ou com percentagens muito baixas.
Os construtores pretendiam com isto conseguir uma estanquicidade elevada ao nível dos cilindros e corrigir as folgas elevadas de funcionamento ao nível de apoios de bielas e cambota (isto é devido ao processo de fabrico). A lubrificação era muito pouco hidrodinâmica e muito untuosa.
Motores Construídos até aos Anos 50
Óleos minerais monograde, de grande untuosidade, com pequenas quantidades de aditivos antioxidantes, anticorrosivos e detergentes, ou sem nenhum aditivo.
Nestes motores, os resíduos da combustão que se acumulavam no topo dos pistões eram importantes para conseguir uma boa estanquicidade destes. Normalmente não havia filtro. As mudanças de óleo eram frequentes (2000 a 3000 km) e deviam ser utilizados óleos diferentes no Verão e no Inverno.
Há fabricantes que ainda conservam estes óleos nos catálogos. Quanto mais antigos forem os motores, maior deverá ser a viscosidade e untuosidade do óleo.
Motores Construídos entre os Anos 50 e 80
- Óleos minerais multigrade 20W30 ou 20W50 (com alguma aditivação).
- É necessário um óleo que não seja muito dispersante, sobretudo se a filtragem for parcial, ou por centrifugação. Nos motores desta época, o óleo fazia a decantação no fundo do cárter.
- As viscosidades não podem ser baixas para que a bomba consiga levar o óleo o mais longe possível no motor, evitando micro ruturas no filme se se verificar uma falha de pressão.
- É necessário que não tenham grandes quantidades de aditivos antidesgaste, pelo menos nos primeiros 2 a 3000 km de utilização do motor.
- Devem ser ainda bastante untuosos e ter alguma capacidade de se volatilizarem com a temperatura, permitindo assim a lubrificação em certos pontos do motor inacessíveis ao óleo.
- Não devem ter a mínima quantidade de fósforo.
Entre os Anos 80 e 90
- Começa a fluidez a ter de aumentar, aumenta também a percentagem de todos os tipos de aditivos, em particular os detergentes-dispersivos e os de redução de desgaste.
- Pequenas quantidades de aditivos antidesgaste começam a ser muito utilizados. A grafite primeiro, seguida do molibdénio e do tungsténio líquido.
- Todos os outros aditivos (antioxidantes, antiespuma, etc.) aumentam a sua percentagem nos óleos de motor.