Lúpus Eritematoso Sistêmico e Fibromialgia: Compreensão e Tratamento Fisioterapêutico
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Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica inflamatória do tecido conjuntivo, com manifestações multissistêmicas e de etiologia desconhecida. Geralmente é desencadeado por alterações do sistema imunológico, apresentando períodos de exacerbação e remissão. Acomete mais mulheres jovens e gestantes, que são mais suscetíveis devido às mudanças hormonais.
Etiologia do Lúpus
Doença rara que acomete 5 a 10 vezes mais mulheres que homens, geralmente entre 15 e 35-45 anos (na fase reprodutiva). Fatores ambientais (luz solar, estresse, certos medicamentos e vírus), problemas com o sistema imunológico e predisposição genética são fatores envolvidos.
Critérios Diagnósticos do Lúpus
Os critérios diagnósticos incluem: Eritema Malar, Lesões discoides, Fotossensibilidade, Úlceras orais, Artrite (em duas articulações, não erosiva), Serosite (pleurite ou pericardite), Distúrbio renal, Distúrbio neurológico (convulsões) e Distúrbio hematológico.
Quadro Clínico do Lúpus
O quadro clínico é variável, podendo ser agudo ou insidioso, leve ou grave, intermitente ou persistente. Sintomas comuns incluem anorexia, fadiga, perda de peso, falta de apetite, febre, náuseas e cefaleia.
Tratamento Fisioterapêutico para Lúpus
O objetivo da fisioterapia é manter as habilidades para as atividades funcionais, dependendo da capacidade física do indivíduo. Isso envolve considerar alterações na função cardiorrespiratória, força muscular e flexibilidade. Recomenda-se trabalhar manobras respiratórias, exercícios que enfatizem força e resistência, exercícios aeróbicos de baixo impacto, fortalecimento isométrico e isotônico dos músculos adjacentes às grandes artérias e manutenção da Amplitude de Movimento (ADM).
Objetivos da Fisioterapia no Lúpus
- Repouso orientado em fase aguda.
- Aumento e manutenção da força muscular.
- Treino de equilíbrio e marcha.
- Prevenção de osteoporose e fraturas.
- Orientações gerais sobre a doença e sua evolução.
Fibromialgia
A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por queixa dolorosa musculoesquelética difusa e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas. As áreas comuns de dor incluem: subocipital, trapézio, supraespinhal, glúteo, trocânteres/cervical, condrocostal, epicôndilo lateral e joelho.
Prevalência da Fibromialgia
A prevalência em indivíduos acima de 18 anos é de 2% para ambos os sexos; 3,4% para mulheres e 0,5% para homens. Pessoas acima de 50 anos apresentam maior prevalência em mulheres. No Brasil, a predominância é do sexo feminino, com idade média entre 52 e 57 anos.
Etiologia da Fibromialgia
A etiologia é desconhecida, embora alguns estudos sugiram envolvimento genético.
Quadro Clínico da Fibromialgia
O quadro clínico é marcado por dor difusa, sono não reparador (fadiga logo ao despertar), rigidez matinal, mesmo após dormir 8 a 10 horas. Apresenta de 11 a 18 pontos dolorosos, espasmos musculares e sensibilidade ao frio.
Tratamento Fisioterapêutico para Fibromialgia
O tratamento fisioterapêutico visa o controle da doença através de exercícios leves de alongamento para melhorar a flexibilidade, e exercícios de baixa intensidade como aeróbicos (caminhada, hidroginástica, bicicleta). Associado aos exercícios, utilizam-se recursos como eletroterapia, massoterapia e terapia manual.