Makarenko, LOE e a Evolução dos Sistemas Educacionais
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A. S. Makarenko: Teoria e Prática Educacional
Makarenko aplicou as ideias educacionais de Marx, mas com uma interpretação pessoal. Foi-lhe confiada a direção de um centro para crianças e adolescentes órfãos, a Colônia Gorki. Sua teoria deriva da prática, por tentativa e erro, e ele teve que adaptar seu trabalho à situação em que viveu por dois motivos:
- A terrível situação em que o país se encontrava após a revolução.
- A complexidade das crianças e adolescentes com quem trabalhou.
Ambas as experiências são tema de dois livros: Poema Pedagógico e Bandeiras nas Torres. O fim que atribui à educação é a formação do homem para uma sociedade comunista.
O Coletivo e o Trabalho Socialmente Útil
A importância do coletivo na educação é um aspecto central de seu pensamento. Makarenko parte da ideia marxista de que o trabalho é o alicerce da educação social e o instrumento para a construção da consciência coletiva. Contudo, o trabalho tem um valor prático ligado à sobrevivência do grupo e, portanto, deve ser trabalho socialmente útil.
Diferentemente da concepção de Marx e Engels, Makarenko aceitou a divisão do trabalho no design do trabalho makarenkiano, pois as tarefas realizadas pelos alunos eram muito específicas. Ele considerava que o trabalho e a educação tinham de ser separados, de modo que o dia de seus alunos incluía cinco horas de trabalho produtivo e quatro horas de ensino na escola.
Organização e Disciplina
Para que o grupo cumprisse seu papel educativo, ele precisava ser organizado em colônias. As colônias eram formadas por 7 ou 15 destacamentos. Cada membro devia cumprir determinadas tarefas. O destacamento era chefiado por um comandante, encarregado de resolver os problemas da vida cotidiana, e que se reunia com Makarenko.
A disciplina é uma questão fundamental na formação do aluno. Makarenko falava da "disciplina consciente", que é aquela considerada benéfica para si e para os outros.
LOE e a Importância da Educação na Sociedade Atual
As sociedades atuais atribuem grande importância à educação oferecida à sua juventude, na crença de que dela depende o bem-estar individual e coletivo. A educação é a melhor maneira de construir a própria personalidade, desenvolver o pleno potencial, formar a identidade pessoal e definir a compreensão da realidade.
Para as sociedades, a educação é o meio de transmitir e, ao mesmo tempo, renovar a cultura. Além disso, é a melhor maneira de garantir o exercício da cidadania democrática, responsável, livre e crítica, indispensável para a criação de sistemas avançados, dinâmicos e justos. Por esta razão, uma boa educação é a maior riqueza e o principal recurso de um país e de seus cidadãos.
O Interesse e a História da Educação
O interesse histórico na educação foi reforçado com o surgimento dos sistemas de educação contemporânea. Estas estruturas foram concebidas como instrumentos básicos para a construção de estados-nação. Posteriormente, todos os países têm dedicado cada vez mais atenção à sua educação e formação, a fim de se adaptar às novas circunstâncias.
Em cada estágio de sua evolução, os sistemas de ensino tiveram de responder a desafios prioritários:
- Segunda metade do século XX: Aplicar o direito de todos à educação.
- Final do século XX: Garantir que a educação oferecida fosse amplamente realizada em condições de alta qualidade, e que tais benefícios atingissem todos os cidadãos.
A LOE (Lei Orgânica de Educação) decretou que a educação escolar fosse acessível a todos, sem distinção de qualquer espécie. A LOGSE (Lei Orgânica de Ordenação Geral do Sistema Educativo), criada em 1990, estabeleceu 10 anos como período de escolaridade obrigatória e previu um impulso e prestígio à formação profissional, o que permitiu que a Espanha se equiparasse aos países avançados do seu ambiente.
Desde meados dos anos 90, tem-se chamado a atenção para a necessidade de melhorar a qualidade da educação recebida pela juventude.