Manejo Integrado de Pragas (MIP)
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1. Controle Biológico: É um fenômeno natural que consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos naturais (predadores, parasitoides). Estes, por sua vez, mantêm as pragas em equilíbrio. Os procedimentos básicos do controle biológico são: clássico (introdução), natural (conservação) e aplicado (multiplicação).
2. Antixenose: Ocorre quando o cultivar é menos utilizado pelo inseto para alimentação, oviposição ou abrigo que os outros cultivares em igualdade de condições (resposta negativa Cultivar → inseto).
3. Controle Autocida: Técnica do macho estéril e a manipulação genética de pragas, com o objetivo de afetar a reprodução. As pragas são utilizadas contra membros da mesma espécie com liberação contínuas e inundativas de machos estéreis.
4. Controle Cultural:
- Rotação de cultura: Reduz populações de pragas por consequência de alternância das culturas.
- Aração do solo: Destruição de larvas e pupas que se desenvolvem no solo, expondo os mesmos aos raios solares ou aos implementos agrícolas.
- Poda: Empregada em plantas perenes como meio de controle de certas pragas, é bastante útil em fruticultura.
- Adubação e irrigação: Uma planta equilibrada nutricionalmente apresenta maior resistência ao ataque de pragas e a irrigação contribui para redução de pequenos insetos por meio de lavagem.
5. (NDE): É a densidade populacional da praga que causa prejuízos à cultura iguais ao custo de adoção de medidas de controle.
6. Controle Comportamental: É a utilização de substâncias que alteram o comportamento do inseto com o objetivo de reduzir sua população, é importante conhecer a fisiologia do inseto. É vantajoso por não apresentar riscos de intoxicação e nem resíduos tóxicos, evitando desequilíbrios biológicos. Sendo utilizado controle com hormônios endócrinos, neurormônios e feromônios com ação intraespecífica. Com semioquímicos os aleloquímicos que tem ação interespecífica.
7. Fatores que afetam a manifestação da resistência:
- Planta: idade, parte atacada e condição fisiológica.
- Inseto: espécie, biótipo, idade, fase, tamanho da população.
- Ambiente: temperatura, umidade, nutrientes, época de plantio, cultura precedente.
Vantagens: facilidade da utilização, não tem custo adicional, harmonia com ambiente, persistência, redução da infestação, não interfere nas demais práticas culturais, compatibilidade com outros programas.
Limitações: tempo prolongado para sua obtenção, limitação genética da planta, ocorrência de biótipos, características de resistência conflitantes.
1. Defina MIP: Compreende a utilização dos mais variados métodos de controle, sendo necessário entender e planejar o agrossistema em relação ao custo/benefício da implementação do MIP e que se conheça a tolerância da cultura aos danos das pragas.
2. Aplicações desordenadas: Resistência de pragas a diversos inseticidas; aparecimento de pragas secundárias; efeitos adversos sobre a população de inimigos naturais; efeitos tóxicos.
3. Macho estéril: É utilizado para controle da própria espécie, único modo de erradicar uma praga em curto prazo. Realizado com liberações contínuas e inundativas de machos estéreis em uma população. Entretanto, deve ser isolado e protegido contra imigrações de outros locais.
4. Implementação MIP:
- Reconhecimento das pragas mais importantes.
- Avaliação dos inimigos naturais.
- Estudo dos fatores climáticos que afetam a dinâmica populacional da praga e seus inimigos naturais.
- Determinação do nível de dano econômico e de controle.
- Avaliação populacional.
- Avaliação dos métodos mais adequados para incorporar num programa de manejo.
5. Nível de dano econômico (NDE): É a densidade populacional da praga que causa prejuízos à cultura iguais ao custo de adoção de medidas de controle. Nível de equilíbrio é a densidade média durante um longo período de tempo. Nível de controle ou de ação é a densidade populacional em que medidas de controle devem ser adotadas para impedir que a população atinja o NDE.
6. Métodos de controle manual: Catação manual, barreiras e armadilhas. Métodos culturais: destruição de restos da cultura, preparo do solo, época de plantio e colheita, cultura no limpo, rotação de cultura, poda, adubação e irrigação, plantio direto e outros sistemas de cultivo. Métodos físicos: fogo, inundação, drenagem e temperatura.
6. Controle biológico clássico: Importação e colonização de parasitoides ou predadores visa o controle de pragas exóticas pela liberação de pequeno número de insetos, medida em longo prazo, nas culturas perenes ou semiperenes. Controle biológico natural: população que ocorre naturalmente; conservação de parasitoide e predadores através de manipulação do meio ambiente, inseticidas seletivos e em épocas corretas, redução de doses de produtos químicos, evitar práticas culturais inadequadas, manutenção do hábitat ou fontes de alimentação. Controle biológico aplicado: liberação de parasitoides ou predadores após a sua criação massal em laboratório. Vantagens: protege a biodiversidade; especificidade, não causando desequilíbrio; não deixa resíduos e nem afeta polinizadores; aumenta o lucro do agricultores; reduz dependência de petróleo. Desvantagens: especificidade; exige conhecimento.
7. Predadores: É um organismo de vida livre durante todo o ciclo de vida e que mata a presa, geralmente maior que a presa e requer mais de um indivíduo para completar seu ciclo. Parasitoide: mata o hospedeiro, exige somente um indivíduo para completar o desenvolvimento, adulto tem vida livre, podem ser parasitoides de ovos, pupas e adultos. Parasitoide primário (desenvolve sobre hospedeiros não parasitados); Hiperparasitoide (desenvolve-se sobre outro parasitoide); Ectoparasitoide (desenvolve-se externamente insere as peças bucais através do tegumento da vítima); Endoparasitoide (desenvolve-se internamente no hospedeiro); Multiparasitismo (mais de uma espécie de parasitoide ocorre no hospedeiro, porém somente um indivíduo sobrevive); Superparasitismo (vários indivíduos de uma espécie de parasitoide se desenvolvem num hospedeiro); Adelfoparasitismo (parasitoide parasitam indivíduos da própria espécie); Cleptoparasitismo (parasitoide ataca hospedeiros já parasitados por outras espécies, há competição entre outras duas espécies).
8. Resistência de plantas: Método ideal de controle, pois permite a manutenção da praga em níveis inferiores ao de dano econômico, vantajoso por não prejudicar o meio ambiente e não há custo adicional ao agricultor, podendo ser utilizada no MIP. Tipos. Antibiose em que o inseto alimenta-se normalmente do cultivar, mas este exerce um efeito adverso sobre sua biologia, causa mortalidade na fase imatura, prolongamento do período de desenvolvimento, redução no tamanho, peso, fecundidade, fertilidade e oviposição dos insetos. Antixenose (não preferência) sendo menos utilizado pelo inseto para alimentação, oviposição ou abrigo. Tolerância: o cultivar é menos danificado que os demais, sob um mesmo nível de infestação, são mais tolerantes aos ataques. Essa tolerância pode ser causada pela maior capacidade da planta em compensar a área destruída, menor retirada de hormônios de crescimento, maior vigor ou área foliar, maior rigidez dos colmos. Tem como vantagem reduzir a possibilidade de aparecimento de biótipos e desvantagem não reduzir a população da praga e pode estar sujeita às variações ambientais.
Serviço quarentenário: Evitar a entrada de pragas exóticas e impedir a disseminação das nativas, executado pelo SERVIÇO DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA.