Manejo e Prevenção de Complicações Pós-Operatórias

Classificado em Medicina e Ciências da Saúde

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Controles Pós-Operatórios

Controle e Equilíbrio Hemodinâmico

  • Monitorização contínua da atividade elétrica do coração (PA, PVC).
  • Investigar e observar criteriosamente sinais de sangramento.

Controle e Balanço Hídrico

  • Monitorar rigorosamente o balanço hídrico (ingesta e diurese).
  • Observar sinais de desidratação ou sobrecarga hídrica.

Controle da Dor e Promoção de Conforto

  • Posicionamento adequado.
  • Administração de analgésicos conforme prescrição.

Principais Complicações Pós-Operatórias

Alterações dos Sinais Vitais

Hipertermia

  • Retirar os cobertores.
  • Resfriar o ambiente.
  • Aplicar compressas frias.

Hipotermia

  • O cliente deve ser agasalhado.
  • Sua temperatura deve ser monitorada.

Hipotensão Arterial

  • Hidratação rigorosa pela via EV.
  • Manter em posição de Trendelenburg para melhorar o retorno venoso.
  • Administrar oxigênio.
  • Nota: O corpo libera adrenalina para fazer constrição arterial.

Dor

  • Afrouxar e/ou trocar os curativos.
  • Aliviar a retenção de urina e fezes.
  • Fazer a mudança de decúbito.
  • Apoiar segmentos do corpo em coxins.

Alterações Neurológicas

Sonolência

  • A avaliação do nível de consciência deve ser sempre verificada mediante estímulos (perguntas, estímulo tátil).
  • Alterações podem indicar complicações graves, como hemorragia interna.

Soluço

  • Aspiração ou lavagem gástrica (na distensão abdominal).
  • Estimular deambulação.
  • Aquecimento e mudança de decúbito.
  • Orientar o cliente a inspirar e expirar em um saco de papel, pois o dióxido de carbono diminui a irritação nervosa.

Complicações Respiratórias

Caracterizadas por limitação na expansão pulmonar, acúmulo de secreção traqueobrônquica e dificuldade do paciente em eliminar as secreções.

Atelectasia

Colabamento dos alvéolos pulmonares pela obstrução dos brônquios por tampão mucoso (acúmulo de muco).

Manifestações
  • Aumento da frequência respiratória.
  • Dispneia.
  • Hipoventilação.
  • Cianose.
  • Agitação.
  • Alteração do nível de consciência.
Cuidados
  • Manter a ventilação artificial.
  • Melhorar a permeabilidade das vias aéreas com aspiração.
  • Estimular a tosse.
  • Estimular exercícios respiratórios (inspirar e expirar).
  • Estimular deambulação e mudança de decúbito.
  • Orientar a tossir com travesseiro se houver cicatriz no abdome.

Pneumonia

Inflamação do parênquima pulmonar (alvéolos) normalmente provocada por um processo infeccioso, geralmente de origem bacteriana (estase pulmonar).

Manifestações
  • Dor torácica.
  • Febre.
  • Tosse produtiva.
  • Calafrios.
  • Prostração.
  • Eliminação de muco purulento.
  • Dispneia.
Prevenção
  • Mudança de decúbito.
  • Promover expectoração.
Ações
  • Estimular deambulação.
  • Aumentar ingestão hídrica.

Embolia Pulmonar

Êmbolo de gordura, gasosa (de ar por bactérias) ou de coágulo sanguíneo que se desloca através da corrente sanguínea até o ramo de um vaso pulmonar (artérias e veias pulmonares), ocasionando obstrução parcial ou total.

Manifestações
  • Dor aguda no peito (comum na fase aguda).
  • Dispneia.
  • Diaforese (transpiração intensa).
  • Ansiedade.
  • Agitação.
  • Alterações de nível de consciência.
  • Pode levar à morte.
Ações
  • Prevenir o trombo.
  • Realização de exercícios físicos ativos e passivos.
  • Uso de meias de compressão.
  • Administração de medicamentos (se prescrito).
  • Estimular deambulação e mudança de decúbito.

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