Maquiavel, Hobbes e Locke: Conceitos Essenciais de Política
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Maquiavel: Princípios de Poder e Governo
Regra Metodológica
Analisar a sociedade como ela é, e não como gostaria que fosse.
Relação Metafórica: Leão e Raposa
Para um príncipe se manter no poder, ele precisa ter a força de um leão (para amedrontar) e a astúcia de uma raposa (agilidade).
Virtù e Fortuna
Fortuna: A honra, a riqueza, a glória e o poder.
Virtù: Virilidade, coragem.
Assim, o homem que possuísse virtù no mais alto grau seria beneficiado com os presentes da cornucópia da fortuna. Para possuir a fortuna, é necessário ter virtù.
Estratégias de Governo
- Fazer as coisas ruins de uma vez e as coisas boas aos poucos.
- O príncipe deve conquistar o poder.
Ser Temido e Amado
O príncipe deve ter essas qualidades em determinados momentos para ter maior controle sobre seus povos. Ele deve estar acima da lei, da moral e da ética para governar. Deve ser temido, mas não odiado, pois o ódio causa a raiva do povo e, assim, pode derrubá-lo, como na Revolução Francesa.
Não Contratualista
Estado de Natureza
Caracterizado pela batalha por algo, devido à ausência de contrato social, o que leva o homem a crer que pode fazer tudo.
Thomas Hobbes: O Contratualista do Poder Absoluto
Estado de Natureza
- Todos os homens são iguais.
- Capazes de fazer o que querem uns com os outros.
- São perversos (instinto natural).
- "O homem é o lobo do próprio homem" (o homem é seu maior inimigo).
- Estado de guerra de todos contra todos.
O homem natural de Hobbes não era um selvagem, apenas não era sociável; a natureza do homem não muda. O indivíduo hobbesiano não almeja os bens, mas sim a honra.
Contrato Social
- Os súditos firmam o contrato, e o soberano não; antes do contrato, não existia soberano.
- Os súditos renunciam a parte de sua liberdade original, o que gera respeito mútuo entre os homens.
- Transferem para o soberano sua capacidade de autogovernar.
- O soberano terá um poder absoluto para fazer com que os homens vivam em paz.
- Os homens não podem contestar o poder absoluto do soberano, mas o Estado deve garantir sua segurança. Se o soberano não proteger o súdito, este não lhe deverá mais nada.
John Locke: O Contratualista da Liberdade e Propriedade
Princípios Fundamentais
Defensor da liberdade e das tolerâncias religiosas. Defende que apenas o consentimento expresso dos governados é a única fonte de poder político legítimo.
Estado de Natureza
- Para Locke, os homens viviam originalmente em um estágio pré-social caracterizado pela liberdade e igualdade.
- Situação real de um pós-guerra.
- A propriedade já existia no Estado de Natureza, sendo uma instituição anterior à sociedade, um direito natural do indivíduo que não pode ser violado pelo Estado.
Contrato Social
- Os homens concordam, livremente, em se constituir em uma sociedade política organizada (Sociedade Civil).
- Os direitos são protegidos pelas leis.
- O Estado deve zelar pelos direitos naturais: Vida, Liberdade e Propriedade Privada.
Finalidade do Governo
Para Locke, todo governo não possui outra finalidade além da conservação da propriedade.
Direito de Resistência
Quando o executivo e o legislativo violam a lei estabelecida e atentam contra a propriedade privada, o governo deixa de cumprir sua finalidade, tornando-se ilegal e degenerando em tirania (exercício do poder além do direito, para interesse próprio).
Caso haja tirania, Locke apoia a revolução, o que resulta na dissolução do estado civil e no retorno ao Estado de Natureza.