Poder Marítimo: A Influência de Alfred Mahan na Geoestratégia Naval
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Poder Marítimo - Alfred Mahan (1840-1914)
As teses de Mahan sobre a supremacia naval e poderio naval
Baseiam-se na competição pelo domínio dos mares travada durante o século XVIII entre a França e o Reino Unido. Mahan defendia a necessidade de concentrar as atenções nas zonas do Rimland que sejam:
- Aptas a uma aliança com o poder marítimo;
- Que contenham recursos indispensáveis;
- Sirvam de buffer no confronto entre as potências.
Influência de Mahan na História Naval
A obra de Mahan teve influência sobre os eventos que marcaram a parte naval da Guerra Hispano-Americana e nas batalhas do Atlântico. As suas doutrinas navais influenciaram todas as Potências no período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
A Importância do Poder Naval Segundo Mahan
Mahan enfatiza a importância do poder naval – particularmente a sua mobilidade e a sua capacidade de controlar o comércio em alto mar por meio de “pontos de estrangulamento” estrategicamente dispostos. Exemplos disso são a Inglaterra e a estratégia imperialista dos EUA.
Os Cinco Fatores do Poder Marítimo
Mahan entende o poder marítimo como a soma de forças e fatores, instrumentos e circunstâncias geográficas que cooperam para conseguir o domínio do mar, garantir o seu uso e impedi-lo ao adversário. Para o autor, o desenvolvimento do poder marítimo depende da consideração de cinco fatores principais:
1. Posição Geográfica
Destaca-se a importância do acesso a mares livres e a rotas de navegação, tomando como caso paradigmático a posição insular da Inglaterra.
2. Configuração física e extensão de território
Sobretudo a permeabilidade das fronteiras, a natureza dos solos e dos recursos, o clima e a existência de hidrografia navegável.
3. Efetivo Populacional
Remete para a capacidade produtiva tanto a nível nacional como regional, os esforços comerciais marítimos a nível internacional e regional considerando a existência ou não de mercados. Este compreende ainda a fração da população que se dedica a atividades marítimas.
4. Psicologia nacional
Propensão e vocação marítima da população, assim como na aptidão para o comércio na tentativa de obter lucros nos recursos do mar, captando o potencial do comércio marítimo.
5. Características do Governo
Competência, visão e coragem das elites políticas na condução do povo no sentido do mar, avaliando simultaneamente a sua capacidade em perceber o potencial geográfico, as vantagens e atributos do próprio Estado em relação ao mar.