Marquês de Pombal: Reformas Económicas e Reconstrução de Lisboa
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As Reformas Económicas do Marquês de Pombal
O Marquês de Pombal caracterizou-se por promover o desenvolvimento económico, apoiando-se na burguesia.
Medidas Económicas Implementadas:
- Fundação de importantes companhias comerciais;
- Fundação e/ou reabertura de manufaturas (incluindo as do tempo do Conde da Ericeira);
- Apoio a pequenas oficinas.
Contexto Económico e as Medidas Pombalinas
A adoção de medidas mercantilistas durante o reinado de D. José I deveu-se à crise económica que se começou a evidenciar na fase final do reinado de D. João V, provocada por diversos fatores:
- A redução das remessas de ouro do Brasil que chegavam a Portugal e que já não cobriam os gastos com as importações;
- A debilidade das manufaturas portuguesas, acentuada, em parte, pelo Tratado de Methuen, e a incapacidade de fazer face à concorrência económica dos ingleses no mercado interno e no mercado colonial português.
O Projeto Urbanístico de Lisboa Pós-Terramoto de 1755
Após o terramoto de 1755, o futuro Marquês de Pombal assumiu o comando das operações e destacou-se pela sua capacidade de liderança no plano de reconstrução da cidade de Lisboa.
Rodeado por uma equipa de técnicos, com particular destaque para os engenheiros Eugénio dos Santos e Manuel da Maia e o arquiteto Carlos Mardel, foi estabelecido um plano urbanístico revolucionário para a época. Evidencia-se o traçado racional e geométrico das ruas, largas e retilíneas, com passeios para os peões, orientadas a partir da praça central, em frente ao Tejo.
A grande praça, até então designada Terreiro do Paço, assumiu o nome de Praça do Comércio e acolheu os edifícios destinados aos ministérios do Governo. Ao centro, símbolo do poder absoluto do rei, ergue-se a estátua equestre de D. José I, da autoria do escultor Machado de Castro.
A construção de edifícios destinados à habitação caracterizava-se pela simplicidade e funcionalidade da arquitetura. De traçado uniforme e austero, o urbanismo pombalino reflete o poder absoluto do rei, na medida em que a uniformização arquitetónica não permitia a distinção social.
Este plano urbanístico constitui um projeto inovador, sendo o melhor exemplo da aplicação do racionalismo na organização do espaço urbano.