Materialismo e Positivismo: Correntes Filosóficas Essenciais
Classificado em Filosofia e Ética
Escrito em em português com um tamanho de 3,04 KB
Materialismo: Conceitos e Evolução Histórica
O Materialismo é a filosofia que reconhece apenas a existência de substâncias corporais.
Surgiu pela primeira vez na Grécia, com o pensamento atomístico, onde filósofos defendiam a tese de que todos os princípios das coisas eram os átomos e o vazio.
O materialismo renasce no pensamento moderno, impulsionado pela mão de cientistas mecanicistas e pela Revolução Científica. Hobbes, um materialista claro, apresenta e afirma a ideia de que corpo e substância são sinônimos.
Por outro lado, Hegel e Marx são representações importantes do materialismo. A sua contribuição foi o materialismo histórico e dialético. Segundo Marx, as produções espirituais do homem estão determinadas pela estrutura económica e social.
Marx chamou o modo de produção de infraestrutura de um período, e as instituições jurídicas e políticas de superestrutura.
Para o materialista, a verdadeira filosofia nada mais é do que a natureza que existe independentemente da filosofia. Os seres superiores não são mais do que reflexos fantásticos forjados por nós mesmos.
O marxismo situa o homem de forma concreta na história da sociedade. É ele quem aprende o valor da práxis e da ação como meio de libertação social.
Positivismo: Conhecimento Científico e Princípios
O Positivismo é a corrente de pensamento que defende que o único conhecimento válido é o conhecimento científico.
Foi Auguste Comte quem deu nome a esta corrente. A sua filosofia tinha a intenção de efetuar a reforma social com base na ciência. Comte afirmou a Lei dos Três Estados, que descreve a evolução do pensamento humano, passando pelo estado teológico, metafísico e, finalmente, o positivista.
A filosofia positivista, de base empirista, mantém os seguintes princípios:
- 1. Crítica à Metafísica: Uma atitude crítica à filosofia tradicional, rejeitando a metafísica.
- 2. Fenomenalismo: A defesa do fenomenalismo, rejeitando a concepção de essências ocultas por trás dos fenómenos.
- 3. Nominalismo: Uma orientação nominalista no conhecimento, afirmando que o conhecimento não é de coisas abstratas ou universais, mas sim de coisas individuais.
- 4. Unidade do Método Científico: A defesa da unidade do método científico, tendo a física como modelo (fisicalismo).
Este reducionismo do método da física às ciências humanas encontrou oposição em filósofos alemães. Dilthey, por exemplo, apontou a diferença entre ciências naturais e humanas, com o propósito de compreender os fenómenos passados, e não apenas explicá-los.
Por fim, nas décadas de 20 e 30, surgiu o Neopositivismo, que centrou a sua filosofia na análise da linguagem.