Matriz Energética Brasileira: Fontes e Destaques

A melhor fonte de dados refere-se a relatórios anuais da Agência Internacional de Energia - AIE (http://www.worldenergyoutlook.org). Publicação anual, com projeções e estudos para os próximos 25 anos. A AIE é um organismo autônomo com a participação de países membros.

Países Membros da AIE

Principais Análises do Atlas Energético Mundial

Eficiência Energética

• Foco nas fontes: petróleo, carvão, gás natural, energias renováveis e energia nuclear.
• Anualmente, analisa a situação energética e estratégica de um país grande produtor ou consumidor de energia (2016: Índia).
• O que as previsões climáticas para os próximos anos interferem nas necessidades energéticas globais?
• O nexo entre água e energia, dada a pressão crescente exercida sobre os recursos hídricos, e o acesso à água, cada vez mais polêmico.

Panorama Global da Energia Mundial

Energia do Mundo

Principais Tendências de Futuro

Os mercados de eletricidade, gás natural e carvão têm de se adaptar ao crescimento das fontes renováveis (1/3 da produção mundial em 2035) e ao decréscimo da energia nuclear.

Visando atingir simultaneamente objetivos econômicos, ambientais e de segurança energética, as escolhas serão cada vez mais complexas e por vezes contraditórias.

Matriz Elétrica Brasileira (Ano Base 2016)

Destaques de Energia por Fonte (Ano Base 2014)

Energia Eólica

• A produção alcançou 12.210 GWh em 2014, equivalente a um aumento de 85,6% em relação a 2013.
• A potência instalada para geração eólica no país expandiu 122,0%.
• O parque eólico nacional cresceu 2.686 MW, alcançando 4.888 MW ao final de 2014.
• Atualmente em 6.691 MW.

Biodiesel

• Em 2014, o montante de biodiesel produzido no país atingiu 3,5 milhões de m³ (aumento de 17,2% no biodiesel disponibilizado no mercado interno).
• O percentual de biodiesel adicionado compulsoriamente ao diesel mineral cresceu para 6% a partir de julho de 2014 e 7% em novembro de 2014.
• A principal matéria-prima foi o óleo de soja (69,2%), seguido do sebo bovino (17,0%).

Cana-de-Açúcar e Etanol

• A produção de cana-de-açúcar alcançou 631,8 milhões de toneladas (montante 2,5% inferior ao registrado no ano anterior).
• Paralelamente, a produção de açúcar se reduziu e a produção de etanol cresceu 3,3%.
• Em 2014, a produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina, registrou acréscimo de 1,9%.

Petróleo e Derivados

• A produção nacional de petróleo cresceu 11% em 2014 (93% são de origem marítima).
• O crescimento na produção de petróleo é resultante em grande parte pela entrada em operação de quatro plataformas na Bacia de Campos e da extração do pré-sal.
• Pelo lado do consumo, foi registrado crescimento de 3,5% de óleo diesel e de 5,3% de gasolina automotiva.
• O setor de transporte respondeu por 77,1% do consumo final energético de óleo diesel.

Gás Natural

• A participação do gás natural na matriz energética nacional atingiu o patamar de 13,5%.
• Na geração a gás natural, houve um acréscimo de 17,5% à geração de energia elétrica.
• 43% do gás natural é destinado à geração de energia elétrica.

Carvão

• Na geração elétrica, o carvão utilizado é predominantemente de origem nacional, cujos estados produtores são PR, SC e RS (destaque para Candiota).
• A demanda de carvão para geração de energia elétrica aumentou em 9,4% em 2014 em relação ao ano anterior.

Energia Elétrica

• A geração de energia elétrica no Brasil aumentou 3,4% em comparação ao ano de 2013.
• A principal fonte de geração de energia elétrica é hidráulica, embora tal fonte apresente redução (percentual) a cada ano.
• A geração elétrica a partir de não renováveis representou 26,9% do total nacional, contra 23,3% em 2013. Atualmente em 30%.
• Importações líquidas de 33,8 TWh, somadas à geração nacional, asseguraram uma oferta interna de energia elétrica de 624,3 TWh, montante 2,1% superior a 2013.
• O Brasil dispõe de uma matriz elétrica de origem predominantemente renovável, com destaque para a geração hidráulica que responde por 65,2% da oferta interna.
• As fontes renováveis representam 70% da oferta interna de eletricidade no Brasil, que é a resultante da soma dos montantes referentes à produção nacional mais as importações (que são de origem renovável).
• Em 2014, a capacidade total instalada de geração de energia elétrica do Brasil alcançou 133.914 MW, acréscimo de 7.171 MW. Atualmente em 139.495 MW.

Para discussão: A capacidade instalada do Brasil é crescente e superior à demanda. O que explica os riscos de racionamento, como o apresentado no ano passado?