Max Weber e a Análise do Capitalismo: Conceitos Fundamentais

Classificado em História

Escrito em em português com um tamanho de 3,66 KB

A Sociologia de Max Weber

De acordo com Max Weber, a Sociologia deveria estudar o sentido da ação humana individual, que deve ser buscado pelo método da interpretação e da compreensão. Weber preocupava-se ainda com a responsabilidade social dos cientistas sociais e defendia a busca da neutralidade na vida acadêmica e na investigação científica.

As teorias de Weber exerceram grande influência sobre as Ciências Sociais a partir da década de 1920. Em uma de suas obras mais conhecidas, ele procurou demonstrar a existência de uma estreita ligação entre a ética protestante e a ascensão do capitalismo.

As Fases Históricas do Capitalismo

O desenvolvimento do capitalismo pode ser compreendido através de diferentes fases:

  • Pré-capitalismo (do século XI ao século XV): O comércio e a produção artesanal começam a se expandir, mas o trabalho assalariado ainda é uma exceção. Predominam o trabalho independente dos artesãos, donos dos meios de produção (oficinas, ferramentas e matéria-prima). Nos campos, prossegue o trabalho servil, que começa a ser substituído pelo trabalho assalariado e por formas de arrendamento da terra.
  • Capitalismo Mercantil (do século XV ao século XVIII): O trabalho independente ainda predomina, mas o regime assalariado se expande. A maior parte do lucro concentra-se nas mãos dos comerciantes.
  • Capitalismo Industrial (do século XVIII ao século XX): Com a Revolução Industrial, o capital passa a ser investido basicamente na indústria, que se torna a atividade econômica dominante. O trabalho assalariado firma-se definitivamente.
  • Capitalismo Financeiro (a maior parte do século XX): Os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas por meio de financiamento à agricultura, à pecuária, à indústria e ao comércio.
  • Sociedade Pós-industrial (do fim do século XX ao século XXI): O capital financeiro continua a dominar os outros setores da economia, como na fase anterior. Com a globalização e o desenvolvimento das redes de computadores, grandes massas de capital passam a ser aplicadas nos países que oferecem a maior lucratividade, retirando-se deles no menor sinal de crise.

Conceitos Econômicos Essenciais

  • Mercantilismo: Doutrina econômica que floresceu na Europa do século XVI ao XVIII. Os mercantilistas acreditavam que a riqueza de uma nação e seu poder de guerra estavam ligados à sua economia e às suas reservas em ouro e prata.
  • Lucro: É a base da sociedade capitalista. A obsessão pelo lucro e a ideologia vão influenciar também o comportamento dos homens na sociedade. Se, por um lado, o capitalista busca o lucro a qualquer preço e para isso tem de competir com outros capitalistas, o trabalhador também terá de competir com outros trabalhadores para conquistar uma melhor posição no mercado de trabalho. A consequência é que as pessoas vão se comportar como se fossem inimigos.
  • Mais-Valia: Diferença entre o valor adicionado pelos trabalhadores (incorporado às mercadorias produzidas) e o salário que recebem. A mais-valia, definida desta maneira, é em tudo semelhante ao trabalho gratuito que escravos ou servos entregavam a seus senhores. É uma forma disfarçada de transferência de um excedente para a classe dominante.
  • Socialismo: Sistema político-econômico no qual o trabalhador era subordinado, com baixos salários e enormes jornadas de trabalho.

Entradas relacionadas: