Memorial do Convento: Resumo e Análise de Personagens
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Enredo Principal: A Promessa e o Início da História
O Rei D. João V e a Rainha D. Maria Ana anseiam por filhos para garantir a sucessão real. Certa noite, recebem a visita do Frei António de São José, que os anima com a previsão de um filho em breve, desde que o rei cumpra a promessa de erguer um convento dedicado à ordem dos frades franciscanos em Mafra.
A narrativa é então introduzida pela presença de Baltasar Mateus, um homem humilde, soldado dispensado da Guerra de Sucessão Espanhola, que caminha até Lisboa na esperança de receber uma pensão por danos de guerra. Assim que chega à cidade, encanta-se pela jovem Blimunda, uma moça vidente que consegue ver a vontade das pessoas e que perdeu a mãe devido ao castigo imposto pelo Tribunal da Santa Inquisição, que a queimou na fogueira. Eles se relacionam com o auxílio do Padre Bartolomeu, amigo da família.
Em seguida, o Padre Bartolomeu confia a Baltasar o plano de construir um objeto voador, a célebre “Passarola”. O Padre arranja para Sete-Sóis (apelido que recebeu por só conseguir ver pela manhã) trabalho na construção do objeto. Após a partida do Padre Bartolomeu para a Holanda, Sete-Sóis e Blimunda vão para Mafra. Lá, trabalham com seus pais, antes de Baltasar começar a construção do Convento de Mafra.
Personagens Principais
Baltasar Mateus (Sete-Sóis)
Ex-soldado na Guerra de Sucessão do Trono Espanhol, onde perdeu a mão. Apaixonado por Blimunda, amigo do Padre Bartolomeu, compartilha com estes a construção da Passarola. Açougueiro e construtor do Convento de Mafra. Morre na fogueira da Inquisição.
Blimunda (Sete-Luas)
Mulher vidente, apelidada de Sete-Luas. Apaixonada por Baltasar Mateus e amiga do Padre Bartolomeu, ajuda na construção da Passarola. Tem o dom de ver a vontade das pessoas. Procura Baltasar, que desapareceu, e o encontra após nove anos, já condenado à morte.
Padre Bartolomeu de Gusmão
Padre amigo de Blimunda, de sua mãe e de Baltasar. Tem o projeto de construir um objeto voador: a Passarola. Vive em busca de novidades que o façam voar. Depois disso, desequilibra-se psicologicamente. Foge para a Espanha, perseguido pela Inquisição.
D. João V
Rei de Portugal, casado com D. Maria Ana Josefa. É um homem extremamente hedonista e megalomaníaco, tendo como passatempo a construção de uma réplica da Basílica de São Pedro. Ordenou a construção do Convento de Mafra não por fé, mas sim por vaidade.
D. Maria Ana Josefa
Rainha, mulher de D. João V, anseia, no início da narrativa, por um filho. É submissa, inexpressiva e de grande temor aos ditames da Igreja. Sente grande atração por seu cunhado, D. Francisco, com quem sonha todas as noites.