**A Mente Humana: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente**

Classificado em Psicologia e Sociologia

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A Mente Humana: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente

Consciente

Refere-se às experiências que a pessoa, analisada, consegue perceber, que inclui lembranças e ações intencionais, costumamos nos identificar com ela.

Pré-Consciente

Parte do material que não está consciente no momento, mas pode ser facilmente trazido à consciência, se refere ao que você não está pensando, mas pode ser trazido à consciência em caso de necessidade. Ele não se difere muito da consciência, pois os pensamentos transitam rapidamente entre os dois níveis.

Inconsciente

Refere-se a processos mentais de que a pessoa não está consciente, e permanecem no inconsciente porque se fosse contrário, o material produziria demasiada angústia, costuma-se ser visto como um material reprimido a se tornar consciente. Em seu meio geralmente é composto por traumas e desejos não satisfeitos. O inconsciente torna-se o depósito de lixo daquilo que a consciência joga fora, e costuma ser perturbador e menos civilizado que a consciência. Os freudianos dizem que esses desejos são negados, porque negamos que os temos.

Efeitos da Motivação Inconsciente

O comportamento é determinado por uma combinação de forças conscientes e inconscientes, quando estas seguem de modo uniforme, a pessoa pode ser compreendida racionalmente, como se apenas a consciência determinasse o comportamento, no entanto forças inconscientes podem interferir na força consciente, o que produz um comportamento irracional. Freud voltava-se para quando essas duas forças entravam em conflito, e com isso foram surgindo os sintomas físicos.

Sonhos

Freud defende que os sonhos disfarçam a realização de um desejo reprimido. Exaltava os sonhos como "estrada real para o inconsciente". O sono é protegido pelo sonho, que disfarça o inconsciente sobre formas simbólicas menos ameaçadoras. Isso ocorre porque durante o sonho o inconsciente procura emergir, provocando angústia, o que ameaça acordar quem está sonhando. O relato do sonho é denominado como Conteúdo Manifesto. A interpretação do sonho (Ao decifrar os símbolos oníricos) é denominado como Conteúdo Latente.

O Id, o Ego e o Superego

O id é primitivo, fonte dos impulsos biológicos (consciente), o ego é a parte racional da personalidade que lida com o mundo real (é a estrutura mais consciente da personalidade, mesmo não sendo totalmente consciente), o superego consiste nas regras e ideais da sociedade que foram interiorizadas pelo indivíduo (tendo parte consciente, porém com uma grande parcela ainda inconsciente). Na metáfora do trânsito, o id é o motor do carro, o ego é a direção e o superego representa as normas da estrada.

Conflito Intrapsíquico

É quando as estruturas de personalidade não coexistem pacificamente. O id exige satisfação imediata das pulsões, enquanto o superego ameaça com culpa quando de tenta satisfazer algum impulso imoral. Portanto, existe um conflito intrapsíquico. O ego tenta reprimir os desejos inaceitáveis, mas nem sempre consegue. Os materiais psíquicos têm energia, e essa energia procura devolver à consciência o material reprimido. Quanto mais energia estiver ligada a esse conflito intrapsíquico, menos energia haverá para se lidar com a realidade cotidiana. Freud entendia esse fenômeno como hipótese energética. A repressão de pensamentos ou impulsos inaceitáveis requer energia psíquica. A força do impulso que procura expressão não deve exceder a força repressiva, caso contrário a repressão fracassará e o material se tornará consciente.

Angustia

É um sinal de que o ego pode falhar na sua tarefa de adaptação à realidade e manter a personalidade integrada. A angústia neurótica indica que os impulsos do id podem irromper (superar a repressão) e ser expressos. A angústia moral indica medo que o superego responda com culpa. A angústia ante um perigo real indica que o mundo externo ameaça um perigo real.

Mecanismos de Defesa

São adotados quando a expressão direta do id é inaceitável para o superego, ou perigosa no mundo real. O ego utiliza várias estratégias para resolver o conflito intrapsíquico.

  • Negação: Primitivo por meio do qual o indivíduo não toma conhecimento de algum aspecto de realidade ou de si, mesmo que seja penoso ou provoque angústia.
  • Formação Reativa: Quando um impulso é inaceitável é reprimido e o seu oposto é desenvolvido de uma forma exagerada.
  • Projeção: O impulso inaceitável da própria pessoa é vivenciado como pertencente a outra pessoa.
  • Deslocamento: Distorce o objeto da pulsão, o impulso é percebido como pertencente da pessoa, apenas o objeto é distorcido.
  • Identificação: Processo de misturar a própria identidade com a de outra pessoa, ou tomá-la de empréstimo.
  • Isolamento: Seus pensamentos com algum fato desagradável são dissociados de outras ideias, impedindo-se assim o acesso à sua consciência.
  • Racionalização: Supõe a produção de razões plausíveis, embora falsas, para uma ação, a fim de afastar seus verdadeiros motivos.

Áreas da Psicologia

  • Clínica
  • Organizacional e do Trabalho
  • Educacional
  • Social

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