Grandes Mestres da Pintura Clássica Italiana (Século XVI)

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A pintura clássica italiana do século XVI é o culminar e a plena maturidade da pintura renascentista. Roma substituiu Florença como centro artístico, tornando-se o berço do classicismo. Veneza foi outro importante foco artístico.

1. Leonardo da Vinci (1452-1519)

Exemplo perfeito do humanismo renascentista. Suas contribuições no campo da pintura incluem:

  • A definição da linguagem clássica, buscando a beleza visual e a correção formal, a proporção, o equilíbrio e a harmonia.
  • A introdução de uma percepção sensorial da natureza, com novas técnicas de representação da realidade, determinadas pela luz e distância. Exemplos notáveis são o "sfumato", um claro-escuro suave com contrastes de luz e sombra, e a perspectiva atmosférica, que esbate os contornos e grada a luz e a cor dos objetos conforme a distância.

Suas pinturas são poucas, mas extremamente relevantes. Destacam-se suas obras: A Virgem das Rochas, A Última Ceia e La Gioconda.

2. Michelangelo (1475-1564)

Atuou na pintura, escultura e arquitetura. É um dos principais representantes do Classicismo e iniciador do Maneirismo. Suas convicções pessoais estão ligadas ao Neoplatonismo e à sua visão particular dos ideais do classicismo.

  • Concentra-se na figura humana, buscando reproduzir um mundo de tipos ideais. Suas figuras possuem grande perfeição anatômica, forma e plasticidade poderosas, com composições que exaltam a substância e o culto ao nu. Seus personagens exibem força expressiva e tensão interior (a famosa Terribilità).
  • Aplica à pintura um tratamento escultórico, representando o ponto culminante da linha plástica. Exalta os valores volumétricos e do desenho, com menor preocupação com o espaço e uso da cor para realçar o volume, empregando cores de alta intensidade.

A abóbada da Capela Sistina é um verdadeiro reflexo de seu estilo clássico. Nela, desenvolve um grande programa de imagens de profundo significado simbólico, relacionado com a Gênese, a redenção e o destino humano. Sua composição é muito organizada e clara, com mais de 300 grandes figuras.

No afresco do Juízo Final, na parede frontal da Capela Sistina, desenvolve o tema da condenação. Esta obra representa uma renúncia à beleza física, à perfeição da forma clássica e ao equilíbrio, interessando-se apenas em transmitir uma mensagem. É uma clara definição do Maneirismo, centrada na figura de Cristo. Utiliza um chiaroscuro dramático e esmagador, priorizando um movimento exaltado.

3. Rafael Sanzio (1483-1520)

Faz uma síntese criativa que combina harmoniosamente as várias opções e tendências da pintura renascentista, aplicando-as a uma linguagem do classicismo puro.

  • Incorpora o empirismo de Leonardo e o idealismo racional e linear de Michelangelo.
  • Sua linguagem formal é o protótipo do classicismo.
  • Desenvolve um idealismo imaterial através da beleza sensível.
  • Realiza pinturas religiosas, temas profanos, históricos e retratos.

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