Metabolismo da Glicose: Fígado, Vias e Ciclos

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Metabolismo da Glicose e o Papel do Fígado

O fígado exerce um papel regulador fundamental sobre os carboidratos (CHO) da dieta, atuando como um agente glicostático. Após a absorção, os CHO chegam ao fígado pela veia porta. As células hepáticas convertem frutose e galactose em glicose e transformam o excesso de glicose em estoques de glicogênio. Quando necessário, o fígado reverte esse estoque para glicose, mantendo os níveis sanguíneos adequados.

Vias Metabólicas da Glicose

Via Anabólica: Quando não há necessidade de energia, o excesso de glicose é estocado na forma de glicogênio no fígado e nos músculos. Via Catabólica: Quando o corpo necessita de energia, a glicose é utilizada para gerar ATP.

Fosforilação da Glicose

A fosforilação da glicose, que envolve a conversão de Glicose em Glicose-6-P pela enzima hexoquinase, é uma etapa crucial que liga as principais vias metabólicas da glicose. A Glicose-6-P é um intermediário chave para processos como a Glicogenólise, o Ciclo das pentoses, a Glicólise, o Ciclo de Krebs e a Fermentação lática.

Glicólise: O Catabolismo da Glicose

A glicólise ocorre no citossol (hialoplasma) e é uma via catabólica essencial para a liberação de energia da molécula de glicose. Este processo consiste em uma sequência de reações que degradam a glicose (6 carbonos) em duas moléculas de ácido pirúvico/piruvato (3 carbonos). A glicólise é dividida em duas fases: uma de consumo de energia e outra de geração de energia, sendo catalisada por onze enzimas diferentes.

Conceitos da Glicólise

  • O grupamento fosfato é responsável pela geração de energia a partir da glicose.
  • ATP (Adenosina trifosfato) possui 3 fosfatos, enquanto ADP (Adenosina difosfato) possui 2 fosfatos.
  • NAD (Nicotinamida adenina dinucleotídeo) transporta elétrons e gera 3 ATPs, sendo naturalmente encontrado nas células.

Descarboxilação Oxidativa do Piruvato

Este processo ocorre na mitocôndria em condições aeróbias e envolve a conversão de Piruvato em Acetil-CoA, que então entra no Ciclo do ácido cítrico. Esta etapa liga o catabolismo dos carboidratos e de alguns aminoácidos ao ciclo de Krebs. As seguintes vitaminas atuam como coenzimas essenciais:

  • Tiamina (B1): TPP (Tiamina pirofosfato)
  • Riboflavina (B2): FAD (Flavina adenina dinucleotídeo)
  • Niacina (B3): NAD
  • Ácido Pantotênico (B5): Coenzima A

Ciclo de Krebs

O Ciclo de Krebs inicia-se com a entrada do Acetil-CoA, que reage com o oxaloacetato em uma sequência de 8 reações. O produto final é o próprio oxaloacetato, que é regenerado e retorna ao ciclo, permitindo que ele prossiga indefinidamente.

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