Metas OMS e Saúde Bucal no Brasil: Desafios e Estratégias

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Metas da OMS para Saúde Bucal

Ano 2000

12 anos: Até 3 dentes cariados, perdidos ou obturados.

5-6 anos: 50% livres de cárie.

18 anos: 85% com todos os dentes.

35-44 anos: Redução de 50% no edentulismo, 75% com +/- 20 dentes.

+65 anos: Redução de 25% no edentulismo, 50% com 20 dentes funcionais.

Ano 2010

12 anos: Até 1 dente cariado, perdido ou obturado.

5-6 anos: 90% livres de cárie.

18 anos: 100% com todos os dentes.

35-44 anos: Redução de 2% no edentulismo, 96% com +/- 20 dentes.

+65 anos: 5% de edentulismo.

SB-Brasil (2003)

Gengiva: 22% dos adultos e 8% dos idosos com gengiva saudável.

Cárie: 1 dente decíduo cariado em 18/36 meses (27%), 5 anos (60%).

Índice CPO (cariados, perdidos, obturados):

2,8 (12 anos); 6,2 (adolescentes); 20,1 (adultos); 27,8 (idosos).

Municípios sem água fluoretada: 49% mais cárie.

Brasil atingiu metas da OMS 2000 para crianças de 12 anos.

SB-Brasil (2010)

Ampla e completa pesquisa. CPO reduzido em 26% em 7 anos.

Crianças de 12 anos: 44% sem cárie (2003: 31%). Brasil entra no grupo de países com baixo índice de cárie.

Adolescentes: Redução de 30% no CPO, redução de 27% para 13% na perda de dentes.

35-44 anos: Redução de 20% para 16% no CPO, aumento do acesso ao atendimento, menos dentes extraídos.

Idosos: 3 milhões com prótese total, 4 milhões com prótese parcial.

5 anos: 2,3 dentes cariados, redução de 17%.

Ações Educativas em Saúde Bucal

O profissional deve considerar os aspectos psicológicos dos pacientes, suas angústias e depressões frente às situações de mudança, bem como as resistências desenvolvidas.

Um programa educativo se efetiva com base em 4 passos fundamentais:

  • 1- Conhecer as reais necessidades educativas da população;
  • 2- Estabelecer estratégias de ação e executá-las com a comunidade;
  • 3- Avaliar o que foi feito;
  • 4- Manter ao longo do tempo os ganhos conquistados e o entusiasmo para com a saúde oral.

O processo de compreensão das necessidades educativas de uma comunidade inclui uma noção sobre seus costumes, valores, atitudes sociais, condição econômica e suas práticas com relação à saúde. Outro passo é avaliar o que foi feito, a fim de concluir se os recursos foram bem aplicados, se as pessoas passaram a ter hábitos mais saudáveis, se o padrão de enfermidades bucais está sendo modificado.

Para transformar um paciente desmotivado em paciente motivado, o profissional poderá atuar em diferentes níveis: nível cognitivo, afetivo e psicomotor.

  • O nível cognitivo é o nível do conhecimento, da informação. Todas as explicações sobre as enfermidades devem ser apresentadas de forma lógica, clara e direta para que o paciente possa ter esclarecidas suas dúvidas. Estas informações no nível cognitivo devem respeitar o nível cultural de cada paciente.
  • Afetivo é o nível em que se estabelece uma relação de confiança, onde o profissional demonstra que toda a sua preocupação é com a saúde do paciente. O objetivo central do tratamento, a promoção de saúde bucal, deve ficar bem evidente, gerando um clima de colaboração para o resultado final do tratamento.
  • O nível psicomotor é o de atuação mecânica por parte do paciente. O treinamento e execução de atividades, como por exemplo, o controle da placa bacteriana através da escovação.

É importante para o paciente que está em um processo de mudança de comportamento sempre relacionar o conteúdo novo com a realidade, explicando o que se pretende com a ação educativa, utilizando exemplos e definindo os termos desconhecidos.

Definindo Grupos e Métodos

Em cada comunidade é preciso estabelecer:

  • Quais os problemas de saúde bucal mais prevalentes;
  • Quais os problemas de saúde bucal mais graves ou severos;
  • Quais os grupos etários e sociais mais atingidos;
  • Qual a quantidade de pessoas atingidas.

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