Método Halliwick: Benefícios e Aplicações na Hidroterapia

Classificado em Desporto e Educação Física

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Método Halliwick

Criador: James McMillan (1949)

Conceito: Desenvolvido em 1994, o Método Halliwick é uma abordagem terapêutica e recreacional que enfatiza a independência do paciente na água, adaptando-se às suas formas e densidades individuais.

Conceitos Básicos

  • Baseado nos princípios de Hidrostática e Hidrodinâmica (Arquimedes e Bernoulli).
  • Aplicável a todas as idades e deficiências (física, mental ou sensorial).
  • Enfatiza a independência do paciente na água.
  • Adapta-se às formas e densidades individuais.
  • Abrange desde a entrada até a saída do paciente da piscina.

Benefícios

  • Melhora aspectos físicos, pessoais, recreacionais, sociais e terapêuticos.
  • Promove interação e igualdade.
  • Garante segurança e prazer.
  • Aumenta a autoestima e felicidade através de atividades lúdicas.
  • Foca nas habilidades, não nas deficiências.
  • Proporciona independência e liberdade de movimentos (ADM).
  • Melhora a postura, marcha e respiração.

Uso de Flutuadores

O Método Halliwick desaconselha o uso de flutuadores, pois:

  • Impedem o controle da respiração dentro da água.
  • Interferem no controle motor, propulsões e deslocamentos.
  • Inibem o aprendizado de habilidades como submergir, rolar e controlar o equilíbrio.
  • Causam um falso senso de segurança e dependência.
  • Podem ser perigosos e inseguros.
  • Não auxiliam na integração social.
  • São menos adaptáveis que a ajuda do terapeuta.
  • Restringem a liberdade de movimento para usuários de órteses.
  • Dificultam atividades lúdicas em grupo.

Pacientes aprendem a controlar o equilíbrio sem ajuda, promovendo maior autonomia.

Programa de 10 Pontos do Método Halliwick

1ª Fase: Adaptação

  • 1. Adaptação Mental: Acostumar o paciente ao ambiente aquático, à flutuação e turbulência, e seus efeitos no equilíbrio. O terapeuta deve transmitir segurança, manter contato visual e físico, e identificar as melhores entradas e saídas da piscina.
  • 2. Desligamento: Executar a posição vertical, mover o paciente sem apoio físico, permitindo a diminuição progressiva do suporte do terapeuta. Pacientes aprendem a manter uma posição segura para a respiração e a controlar a expiração durante a imersão facial.

2ª Fase: Restauração do Equilíbrio

  • 3. Rotação Transversal: Rotação ao redor do eixo transverso do corpo (de deitado para em pé).
  • 4. Rotação Sagital: Rotações ao redor do eixo sagital do corpo (para os lados, ao redor do eixo da coluna vertebral).
  • 5. Rotação Longitudinal: Rotação ao redor do eixo longitudinal (360°, em ambos os lados na vertical).
  • Rotação Combinada: Combinação de todas as rotações.

3ª Fase: Inibição de Movimentos

  • 6. Empuxo: O paciente compreende a força de flutuação, perde o medo de afundar e experimenta a sensação de ser"empurrado para cim". Atividades como mergulhar e resgatar objetos estimulam essa compreensão.
  • 7. Manutenção do Equilíbrio: Utilizando as habilidades aprendidas, o paciente flutua por um tempo e aprende a controlar-se na água contra a turbulência gerada pelo terapeuta, mantendo-se estático.
  • 8. Turbulência e Deslize: Movimento passivo do corpo através da água, com o terapeuta deslizando o paciente e criando turbulência na região cervical. Manter quadril e joelho em extensão é crucial.

4ª Fase: Facilitação de Movimentos

  • 9. Propulsões Básicas - "Sculling": Deslizar em decúbito dorsal na superfície da água, utilizando movimentos simétricos das extremidades superiores (flexão-extensão de punho) próximos aos quadris.
  • 10. Nado Simplificado: Nado de costas, com flexão e extensão simétricas de punhos, cotovelos e ombros, completando a última etapa do Método Halliwick.

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