Modelos Clássicos de Comunicação: De Laswell a Jakobson
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Modelos de Comunicação
1. Modelo de Laswell (1948)
Neste modelo, o falante inicia o processo. Em seguida, a mensagem é construída pelo texto, abrangendo som e significado. O canal pode ser artificial (ex: telefone) ou natural (ex: ar). O ouvinte contrapõe-se ao falante. Temos, assim, um processo de fala que causa um efeito no ouvinte ou em indivíduos externos ao processo.
2. Modelo de Shannon e Weaver (1949)
Este modelo, oriundo da Teoria da Informação, começa com a fonte de informação, seguida pelo transmissor, que é uma máquina que apenas transmite o sinal, sem conteúdo. O sinal é transmitido através do canal. Se o transmissor for um rádio, o canal será o ar. O ruído pode afetar o funcionamento do canal. Se houver várias frequências sem que uma se destaque no recebimento, ocorre o ruído branco, pois não há solução de frequência. Por fim, temos o recetor, que é uma máquina. O recetor capta o sinal, mas não o significado. Este modelo surgiu no contexto de explicar o conceito de máquinas.
Teoria da Informação
Nasceu na década de 40 nos EUA e é uma teoria do campo da informática que pretende estudar e desenvolver artefatos (máquinas) capazes de armazenar o máximo de informação no menor espaço possível.
3. Modelo de Schramm (1954)
Este modelo apresenta duas vertentes:
- A) Processo Técnico: Em primeiro lugar, temos uma fonte, depois um codificador (máquina) e, em seguida, um sinal é captado. Depois, temos o descodificador (máquina) e, por fim, o destino. Aqui, o codificador e o descodificador são máquinas que trabalham na codificação através de algoritmos, indicando um avanço para a computação.
- B) Campos de Experiência: O campo de experiência não é apenas o que o indivíduo sabe sobre tudo, mas o que pode fazer com essa informação, englobando tudo o que diz respeito ao codificador.
- C) Comunicação Circular: Há um círculo onde a fonte e o destino são o mesmo indivíduo. O codificador transmite a mensagem ao descodificador, que a interpretará. Numa fase, o indivíduo pode ser a fonte, mas na seguinte pode ser o destino.
4. Modelo de Katz e Lazarsfeld (1955)
Este modelo foca-se na informação e comunicação de massas e em como a sociedade funciona. Em primeiro lugar, temos uma fonte que transmite uma mensagem. Depois, temos a mídia (televisão, rádio, etc.), o que leva ao surgimento de líderes de opinião. Estes líderes formatam a opinião que será levada ao público. Exemplo: comentadores são líderes de opinião se conseguirem que o público aceite e siga as suas opiniões (nem todos os comentadores o são). Para ser líder de opinião, é preciso ter a capacidade de construir uma imagem de influência. Não basta ter uma fonte sólida e fidedigna; é necessário prender o público.
5. Modelo Westley-Maclean
Modelo relacionado com a comunicação de massas. Em primeiro lugar, temos eventos, que passam por um advogado (mediador) que filtra o evento. O evento chega ao público conforme o mediador deseja. Por vezes, o evento passa diretamente para o canal sem ser filtrado, como quando vemos notícias em direto.
6. Modelo de Convergência de Kinsaids (1979)
Existem duas realidades: a física e a psicológica, sendo esta última não visível. Haverá uma espécie de tradução da realidade física para a realidade psicológica. O indivíduo recebe através dos sentidos (órgãos sensoriais), o que leva à interpretação que ocorre dentro da mente. Essa interpretação conduz à compreensão, que depende da crença. A crença é aquilo que consideramos que faz sentido, e tudo isto condiciona a nossa ação perante o mundo físico (externo) e coletivo. Este modelo relaciona dois indivíduos diferentes.
7. Modelo de Comunicação de Jakobson (1960)
Modelo direcionado para a linguagem na comunicação. O emissor é um indivíduo humano que envia uma mensagem (texto) a um recetor. Para que a mensagem ocorra, é necessária uma contextualização. Deve haver um contacto, que é o canal, e precisamos de um código para comunicar. Este modelo fundamenta as funções da linguagem, que correspondem a cada um destes elementos:
- Se o foco for no canal, a função é fática.
- Se o foco for no recetor, a função é apelativa.
- Se o foco for no código, a função é metalinguística.
- Se o foco for na mensagem, a função é poética.