Modernidade e Pós-Modernidade: A Sociedade do Espetáculo
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Modernidade e Pós-Modernidade: Tudo que é sólido desmancha no ar (Marchal Berman). Tarsila do Amaral: Os Operários retrata trabalhadores de fábricas no contexto da industrialização e urbanização. Tarsila capta a fisionomia das pessoas, expressando o desgaste, o cansaço e as obrigações impostas pelas condições econômicas, em paralelo com a crítica de Chaplin aos Tempos Modernos e ao fordismo.
Karl Marx: No contexto da economia do século XIX, Marx destaca que no artesanato e na manufatura, o trabalhador controlava o processo produtivo, enquanto na produção fabril, o trabalhador é controlado pelo modo de produção.
Como o trabalhador passa a ser controlado:
- Relógio
- Tempo racionalizado (Edgard Decca: "o relógio passa a ser introjetado no coração de cada trabalhador")
- Tempo como valor moral
- Tempo útil em oposição ao tempo ocioso
- Tempo como valor monetário ("tempo é dinheiro")
- Aceleração do modo de produção e consumo
Andy Warhol: Sua lata de sopa representa o reconhecimento do produto, antecipando a Pop Art com suas pinturas joviais e coloridas.
Cultura de Massa (Década de 1950): Baseia-se no consumo de produtos culturais fabricados em série, satisfazendo o gosto médio da população por meio de telenovelas, propaganda, cinema, etc.
Richard Hamilton (1956): Questiona o que torna os lares modernos tão diferentes e atraentes. O sistema econômico impulsiona mudanças comportamentais. A mídia divulgava o "American Way of Life", mostrando uma imagem de abundância que encantava a população em geral, projetando uma sociedade feliz e próspera, embalada por tecnologia, conforto e consumo.
Guerra Fria: Guerra de Imagens
- Capitalistas: Retratavam uma vida brilhante, com carros, bens de consumo e democracia, criticando o mundo socialista como cinza e sem graça.
- Socialistas: Enfatizavam a superioridade na educação, moradia e emprego, prometendo fartas colheitas e tecnologia nas áreas militares e espaciais, criticando a desigualdade capitalista.
Marilyn Monroe: Uma imagem fabricada de mulher bonita e rica, escondendo sua depressão e fragilidade, mostrando apenas o que o público desejava ver.
Década de 1960: Jovens denunciavam as hipocrisias dos sistemas político e ideológico. A imagem de felicidade não era universal. A Primavera de Praga (1968) no bloco socialista e Maio de 68 no bloco capitalista, com repercussões em Londres, Los Angeles, São Paulo e Rio de Janeiro, culminaram em manifestações pacifistas contra a Guerra do Vietnã e em Woodstock (1969).
Pós-Modernidade: Caracterizada por mudanças significativas na vida do homem. Novos valores como a educação familiar e a solidez do casamento perdem espaço para o mercado, o consumo e o espetáculo.
A Sociedade do Espetáculo (Guy Debord, 1931-1994): Em seu livro "A Sociedade do Espetáculo" (1967), influenciado por Marx, Debord critica o espetáculo do mercado no bloco capitalista e o espetáculo do Estado no bloco socialista. Para ele, a primeira fase da dominação da economia (Marx) era "ser para ter", enquanto a fase atual se transformou em "ter para parecer".
Fetichismo da Mercadoria (Marx): "O fetichismo é uma relação social entre pessoas mediada por coisas. O resultado é a aparência de uma relação direta entre as coisas e não entre as pessoas. As pessoas agem como coisas, e as coisas, como pessoas."
Jean Baudrillard (1929-2007): Pensador francês da "Geração 68", questionou o jogo de imagens da Guerra Fria. Em "Simulacros e Simulação" (1981), aborda a força da imagem na sociedade contemporânea, o mundo simulacional e o simulacro como uma realidade inventada, uma fábrica de ilusões.