Moldagem em Prótese Parcial Fixa: Propriedades, Classificação e Técnicas

EstrMOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL FIXA

Propriedades Principais (ADA):

• Não sofrer alteração dimensional
• Ter plasticidade
• Tempo de trabalho suficiente
• Não ter toxicidade
• Ser resistente

Classificação dos materiais:

• Rígidos: gesso Paris, pasta zincoenólica
• Termoplásticos: godiva, ceras e resinas
• Elásticos: hidrocolóides reversíveis (agar-agar), hidrocolóides irreversíveis (alginato), elastômeros: siliconas de adição, siliconas de condensação mercaptanas, poliéteres

HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL:

• Vantagens: precisão e riqueza em detalhes, hidrofílico, boa fluidez, fácil limpeza, não cheira mal nem mancha os tecidos
• Desvantagens: necessita equipamento adequado, vazamento imediato após moldagem, pois sofre contração, desinfecção difícil

HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL (ALGINATO):

• Vantagens: fácil manipulação, econômico, hidrofílico, fácil limpeza, tempo de presa pode ser acelerado ou retardado com mudança de temperatura da água
• Desvantagens: vazamento imediato, devido a sinérese, evaporação e embebição, rasga fácil, desinfecção difícil

SILICONAS DE CONDENSAÇÃO:

• Vantagens: odor e aparência agradáveis, resistência à fratura e rasgo, flexível, tempo de presa pode ser alterado com a quantidade de catalisador, permite metalização de troquéis
• Desvantagens: vazamento imediato, alto custo, a maioria hidrófobos

SILICONAS DE ADIÇÃO:

• Vantagens: excelente precisão, mínima contração, flexíveis, hidrofílico, fácil manipulação, vazamento pode ser adiado por até uma semana
• Desvantagens: alto custo, luvas de látex podem alterar a polimerização

POLIÉTERES:

• Vantagens: estáveis dentro das 15 primeiras horas, hidrofílico, manipulação difícil devido a viscosidade, alta fidelidade, elasticidade e boa resistência ao rasgo
• Desvantagens: necessita moldeira individual, devido a rigidez não é indicado para preparos com pouca estrutura dental (risco de fratura)

MERCAPTANAS:

• Vantagens: estabilidade, boa precisão, resistentes a ruptura, mínima contração, passível de desinfecção
• Desvantagens: hidrofóbicos, mancham roupa e pele, odor desagradável (enxofre)

Tipos de moldeiras:

• moldeira tipo vernes
• moldeira individual
• moldeira triple-tray
• moldeira parcial

Classificação das moldagens:

• Quanto à arcada: total, parcial, moldagem inicial ou de estudo, moldagem final ou de trabalho

MOLDAGEM INICIAL OU DE ESTUDO:

• Moldagem inicial ou de estudo: auxiliar no diagnóstico e planejamento, simulações dos preparos, prótese finalizada através da confecção de coroas provisórias ou enceramento diagnóstico
• Desinfecção do molde: spray de hipoclorito de sódio 1%
• Vazamento do gesso: deve ser realizada imediatamente após a moldagem, permitindo-se um atraso de 10 min, para evitar os fenômenos: evaporação, sinérese, embebição
• Medida de água: gesso comum: 45 a 55ml água, gesso pedra tipo III: 30 a 35ml, pesagem do gesso
• Vazamento do gesso: quanto > a relação A/P: maior tempo de presa, maior porosidade, menor resistência, quanto < a relação A/P: maior expansão de presa normal e expansão higroscópica

MOLDAGEM FINAL OU DE TRABALHO:

• Após a realização dos preparos na boca, a boa adaptação da prótese sobre o preparo depende diretamente desta etapa, sendo importante realizar o afastamento gengival
• Afastamento gengival: sulco: 0.69mm, epitélio juncional: 0.97mm, tecido conectivo: 1.07mm
• Métodos: mecânico, mecânico-químico, eletrocirúrgico, laser, curetagem rotatória

Método mecânico:

• Utilização de anéis de cobre recortados seguindo o contorno gengival, guta-percha, coroas provisórias, casquetes individuais de acrílico
• Vantagem: menos traumático, menor retração
• Desvantagem: não controla sangramento e exudato

Método mecânico: moldagem com casquete

Método mecânico-químico:

• Fios – atuam de forma mecânica + substâncias – atuam de forma adstringente ou vasoconstritoras
• Vantagens: boa hemostasia, controle de exudato, efetividade e bom tempo de trabalho
• Desvantagens: reações sistêmicas

Substâncias associadas aos fios:

• Cloreto de zinco, cloridrato de epinefrina, epinefrina racêmica a 8%, sulfato de alumíneo, cloreto de alumíneo, ácido tricloroacético a 10%

AFASTAMENTO GENGIVAL:

• Método mecânico-químico: contra-indicações para uso da epinefrina: hipertireoidismo, hipertensão, cardiopatias
• Método 2 fios, método eletrocirúrgico
• Método eletrocirúrgico
• Vantagens: boa hemostasia, efetividade, controle do exudato, e curto tempo de trabalho
• Desvantagens: potencial de agressão, requer habilidade e aparelhagem, recessão potencial, odor desagradável

TÉCNICAS DE MOLDAGEM COM ELASTÔMEROS:

• Casquete, moldeira individual, moldagem de fase única, moldagem em duas fases
• Técnica do casquete
• Técnica do casquete + moldeira individual
• Técnica de moldagem em fase única
• Técnica de moldagem em duas fases
• Desinfecção do molde: após lavagem do molde em água corrente com baixa pressão: spray de hipoclorito de sódio 1% - silicona de condensação - silicona de adição - mercaptana ou polissulfeto - poliéter - hidrocolóide reversível - hidrocolóide irreversível
• Vazamento do molde: modelo final: gesso pedra especial (tipo IV) proporção água-pó: 22 a 24ml água/ 100g pó
• Tipos de falhas e causas: superfície do molde áspera ou irregular, bolhas, espaços vazios de forma irregular, modelo de gesso rugoso ou poroso

COROAS PROVISÓRIAS:

• Definição: são próteses temporárias, confeccionadas em resina acrílica, para serem utilizadas entre a fase de preparo do dente e a confecção da prótese definitiva
• Requisitos: boa adaptação marginal no limite cervical do preparo, bom ajuste oclusal, restabelecer ponto de contato com dentes vizinhos, facilidade de limpeza, resistência e retenção, estética: anatomia, forma, contorno e cor
• Objetivos: quanto à estética, oclusão, periodonto, complexo dentino-pulpar
• Materiais utilizados: resina acrílica quimicamente ativada, resina acrílica termicamente ativada, resina composta bisacrílica, resina acrílica fotopolimerizável
• Técnicas de confecção: técnica da moldagem prévia, técnica da resina direta sobre o preparo (“bolinha”), técnica utilizando-se dentes de estoque, técnica utilizando-se matrizes pré-fabricadas, enceramento e prensagem com resina termicamente ativada
• Cimentação: cimentos temporários
• Registro da relação maxilo-mandibular: estudo da oclusão, confecção das próteses
• Registro da guia incisal: posição de trabalho no ASA
• Técnicas de registro para modelos de estudo em ASA: modelo superior: tomada do arco facial, modelo inferior: registro da RC
• Reabilitação oral: posição de montagem: RC, avaliar DV, verticuladores

PRÓTESE ADESIVA:

• Primeira geração: prótese adesiva de Rochette-1973 com retentores perfurados
• 2a geração: adesão micromecânica da superfície de metal condicionada através de ataque eletrolítico
• Situação atual: preparo mínimo sem risco de dano a polpa, carga mínima de tratamento aos pacientes, estética natural, possibilidades de uso em pacientes mais jovens
• Materiais utilizados na infraestrutura: metal: ligas: Ni-Cr, Co-Cr, resinas de laboratório, cerâmicas reforçadas
• Indicações: espaço edentado pequeno (máximo 2 dentes), dentes pilares sem cáries e periodonto saudável, superfícies de esmalte suficientes em cada pilar
• Outras indicações: ferulização de dentes com mobilidade e com doença periodontal, uso de retentores adesivos para incorporar encaixes de precisão e semi-precisão
• Contra indicações: limite de idade, tamanho do espaço edentado, condição dos dentes pilares, posição da mordida e oclusão, parafunções
• Planejamento: modelos de estudo articulados e RX, sistemas de retenção em prótese
• Retenção adesiva, retenção mecânica, planejamento e desenho da prótese
• Desenho da prótese, preparo dos nichos, confecção de canaletas e caixas proximais
• Prova da estrutura metálica, cimentação, orientações ao paciente, erro na cimentação, controle e manutenção

PROVA E CIMENTAÇÃO EM PRÓTESE PARCIAL FIXA

• Análise da prótese: teste criterioso, prova da estrutura metálica, cimentação temporária, cimentação definitiva
• Escolha do material, tipos de cimento, preparo do dente, preparo da prótese, técnica de cimentação, orientações aos pacientes